Da Literatura: MARIA AGUSTINA

03-07-2011
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Agustina Bessa-Luís está muito doente. E a revista Egoísta dedicou-lhe um número especial, cuja capa se vê ao alto, onde colaboram (entre outros) Maria Velho da Costa, Almeida Faria, Inês Pedrosa, Fernando Pinto do Amaral, Lídia Jorge, Eduardo Prado Coelho, Patrícia Reis, Francisco José Viegas, Mário de Carvalho e Frederico Lourenço. Há um portfolio de fotografias de Augusto Brázio, desenhos de Alberto Luís, o marido (que cedeu retratos da colecção particular), e reproduções de Rembrandt. Na contracapa vem o poema que Agustina escreveu para um fado de Mísia. É uma homenagem singela, com seu quê de premonitório. A parte que me encanita vem logo a abrir, quando Mário Assis Ferreira, em editorial sob a forma de carta aberta, declara: «[...] cara Agustina, venho anunciar-lhe que gostaria de a homenagear com a criação de um prémio literário que tenha o seu nome.» Esta parte parece-me justa. Porém, tenho dificuldade em aceitar que o Prémio Fernando Namora, criado em 1996, para honrar a memória do autor de Domingo à Tarde, seja agora rebaptizado, como propõe Mário Assis Ferreira, «com a auréola» de Agustina, «um preito de louvor, uma outorga de excelência que só se comunga entre pares. Se calhar sou eu que sou conservador, mas não estou a ver o Goncourt a ser rebaptizado de Houellebecq. Em alternativa, uma bolsa para escritores (ficcionistas) com o nome de Agustina, seria uma bela homenagem. Atribuída por decisão de júri e com a duração de um ano, uma bolsa com essas características perpetuaria o nome da Sibila. Etiquetas: Cena literária

Agustina Bessa-Luís está muito doente. E a revista Egoísta dedicou-lhe um número especial, cuja capa se vê ao alto, onde colaboram (entre outros) Maria Velho da Costa, Almeida Faria, Inês Pedrosa, Fernando Pinto do Amaral, Lídia Jorge, Eduardo Prado Coelho, Patrícia Reis, Francisco José Viegas, Mário de Carvalho e Frederico Lourenço. Há um portfolio de fotografias de Augusto Brázio, desenhos de Alberto Luís, o marido (que cedeu retratos da colecção particular), e reproduções de Rembrandt. Na contracapa vem o poema que Agustina escreveu para um fado de Mísia. É uma homenagem singela, com seu quê de premonitório. A parte que me encanita vem logo a abrir, quando Mário Assis Ferreira, em editorial sob a forma de carta aberta, declara: «[...] cara Agustina, venho anunciar-lhe que gostaria de a homenagear com a criação de um prémio literário que tenha o seu nome.» Esta parte parece-me justa. Porém, tenho dificuldade em aceitar que o Prémio Fernando Namora, criado em 1996, para honrar a memória do autor de Domingo à Tarde, seja agora rebaptizado, como propõe Mário Assis Ferreira, «com a auréola» de Agustina, «um preito de louvor, uma outorga de excelência que só se comunga entre pares. Se calhar sou eu que sou conservador, mas não estou a ver o Goncourt a ser rebaptizado de Houellebecq. Em alternativa, uma bolsa para escritores (ficcionistas) com o nome de Agustina, seria uma bela homenagem. Atribuída por decisão de júri e com a duração de um ano, uma bolsa com essas características perpetuaria o nome da Sibila. Etiquetas: Cena literária

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