Portugal e outras touradas: Encerrado

03-07-2011
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Terminada a etiquetagem, encerra hoje este blogue. Mas não sem que, antes deixe ainda aqui um mimo enviado, no mesmo sentido, pelo colaborador inestimável que foi, desde há mais de um ano, Nicolau Saião. Melhor dizendo, meio mimo, uma vez que as minhas insuficiências no que respeita à informática me impedem de o colocar aqui por inteiro. Deste modo, resta-me prometer que, em jeito de continuidade, será o restante desse mimo aquilo que abrirá o novo blogue, em meados de Setembro.Para todos, boas férias!ALENTEJO REVISITADO a meu avô Francisco I Do rosto que olha o Alentejo é o corpo mas não somente o corpo a árvore figueira junto ao mar um pássaro perto do coração Trigo que escutamos e que vemos antes de ser o pão A mão que desvenda o sítio exacto da alma vegetal animal e mineral em todos os caminhos Para sempre um país sob a luz menino imemorial II Durante tanto tempo foste o companheiro das coisas vivas Terás de encher agora os teus bosques ardentes de neblina e silencio e animais sem condição E deverás olhar as coisas mortas como se todas as manhãs elas partissem Tudo o que tens e que tiveste outrora a paz que em vão buscaste tantos anos nesse lugar fecundo ficará Quanto oceano quanta sede quanta voz na escuridão das searas que amanhecem Alentejo um pão cortado na sombra dos candeeiros dentro das casas desertas.in Os Olhares Perdidos


Terminada a etiquetagem, encerra hoje este blogue. Mas não sem que, antes deixe ainda aqui um mimo enviado, no mesmo sentido, pelo colaborador inestimável que foi, desde há mais de um ano, Nicolau Saião. Melhor dizendo, meio mimo, uma vez que as minhas insuficiências no que respeita à informática me impedem de o colocar aqui por inteiro. Deste modo, resta-me prometer que, em jeito de continuidade, será o restante desse mimo aquilo que abrirá o novo blogue, em meados de Setembro.Para todos, boas férias!ALENTEJO REVISITADO a meu avô Francisco I Do rosto que olha o Alentejo é o corpo mas não somente o corpo a árvore figueira junto ao mar um pássaro perto do coração Trigo que escutamos e que vemos antes de ser o pão A mão que desvenda o sítio exacto da alma vegetal animal e mineral em todos os caminhos Para sempre um país sob a luz menino imemorial II Durante tanto tempo foste o companheiro das coisas vivas Terás de encher agora os teus bosques ardentes de neblina e silencio e animais sem condição E deverás olhar as coisas mortas como se todas as manhãs elas partissem Tudo o que tens e que tiveste outrora a paz que em vão buscaste tantos anos nesse lugar fecundo ficará Quanto oceano quanta sede quanta voz na escuridão das searas que amanhecem Alentejo um pão cortado na sombra dos candeeiros dentro das casas desertas.in Os Olhares Perdidos

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