nonas: Estertor, poema inédito de António Manuel Couto Viana

21-01-2012
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ESTERTORAmei o meu PortugalDei-lhe a minha poesiaE assisto ao seu finalDia após dia.Não há ninguém que lhe acudaCom verdade combatente.Só avisto quem o iludaSó avisto quem lhe mente.Pobre povo, onde, a raizDo que foi o “nobre povo”?Não escutes quem te dizQue está a erguer-te de novo.Portugal, perdeste a estradaDo império e do brasão.Hoje não és nada, nada…Nem pra quem estenda a mão.Morreu em Évora-Monte,E a coroa ao abandonoServiu pra cingir a fronteDa república no trono.Já ninguém sabe de nósNem nos conforta a saudade,Calou-se a voz dos avós:A que me foi mocidade. António Manuel Couto Viana(30.04.2010)Notas: Poema declamado pelo actor Vítor de Sousa, após a missa de corpo presente, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em 10 de Junho de 2010.A fotografia é de Couto Viana com José Mendo em Tetuão, a 8 de Setembro de 1950.Este perfeito e brilhante poema é o seu testamento poético, espiritual e político.Etiquetas: Couto Viana, Cultura, Poesia

ESTERTORAmei o meu PortugalDei-lhe a minha poesiaE assisto ao seu finalDia após dia.Não há ninguém que lhe acudaCom verdade combatente.Só avisto quem o iludaSó avisto quem lhe mente.Pobre povo, onde, a raizDo que foi o “nobre povo”?Não escutes quem te dizQue está a erguer-te de novo.Portugal, perdeste a estradaDo império e do brasão.Hoje não és nada, nada…Nem pra quem estenda a mão.Morreu em Évora-Monte,E a coroa ao abandonoServiu pra cingir a fronteDa república no trono.Já ninguém sabe de nósNem nos conforta a saudade,Calou-se a voz dos avós:A que me foi mocidade. António Manuel Couto Viana(30.04.2010)Notas: Poema declamado pelo actor Vítor de Sousa, após a missa de corpo presente, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em 10 de Junho de 2010.A fotografia é de Couto Viana com José Mendo em Tetuão, a 8 de Setembro de 1950.Este perfeito e brilhante poema é o seu testamento poético, espiritual e político.Etiquetas: Couto Viana, Cultura, Poesia

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