No primeiro dia de Lisboa, depois de uma ausência sob pretexto mascarado, fui ouvir “falar de blogues” pela primeira vez.O tema “fêmea-macho” na escrita de blogues esteve em cima da mesa com assuntos mais desinteressantes do que o seu contrário, mais frívolos do que úteis. De acordo com o panorama de “clientes” masculinos que os blogues escritos por mulheres têm, segundo descrito por uma das palradoras, há quem ande aqui a tentar perceber como é que elas pensam. Para além de não valer a pena a tentativa (há falsos mistérios mais interessantes), e fazendo o esforço para concretizar esse panorama de forma, pelo menos, verosímil, cedo me irritei com o pensamento ou, melhor dizendo, com a falta dele. Dentro da minha normalidade, não concebo sequer a hipótese de ir ler um blogue de uma sujeita qualquer com esse fim básico. O bom trabalho de campo é-me mais agradável.Além deste inicio, ouvi fervorosamente a natural necessidade de dizer que elas também conseguem falar de “cosias sérias” para além do sapato, do bâton, do sonasol e por aí. Naturalmente que sim e, neste ponto, Francisco José Viegas disse o que interessou das duas horas adornadas por penas – de galinha, bem entendido.Lutaram para ultrapassar o vão de escadas e a esfregona, óptimo e ainda bem que assim é. Não queiram é aliar a igualdade com a delicadeza, como é norma. E a isto Francisco José Viegas não teve grande contra-ataque.Escrevam muito, minhas queridas (não sou casado). De vez em quando leio-vos mas de manhã nunca. A minha escolha é o Portugal dos Pequeninos.
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No primeiro dia de Lisboa, depois de uma ausência sob pretexto mascarado, fui ouvir “falar de blogues” pela primeira vez.O tema “fêmea-macho” na escrita de blogues esteve em cima da mesa com assuntos mais desinteressantes do que o seu contrário, mais frívolos do que úteis. De acordo com o panorama de “clientes” masculinos que os blogues escritos por mulheres têm, segundo descrito por uma das palradoras, há quem ande aqui a tentar perceber como é que elas pensam. Para além de não valer a pena a tentativa (há falsos mistérios mais interessantes), e fazendo o esforço para concretizar esse panorama de forma, pelo menos, verosímil, cedo me irritei com o pensamento ou, melhor dizendo, com a falta dele. Dentro da minha normalidade, não concebo sequer a hipótese de ir ler um blogue de uma sujeita qualquer com esse fim básico. O bom trabalho de campo é-me mais agradável.Além deste inicio, ouvi fervorosamente a natural necessidade de dizer que elas também conseguem falar de “cosias sérias” para além do sapato, do bâton, do sonasol e por aí. Naturalmente que sim e, neste ponto, Francisco José Viegas disse o que interessou das duas horas adornadas por penas – de galinha, bem entendido.Lutaram para ultrapassar o vão de escadas e a esfregona, óptimo e ainda bem que assim é. Não queiram é aliar a igualdade com a delicadeza, como é norma. E a isto Francisco José Viegas não teve grande contra-ataque.Escrevam muito, minhas queridas (não sou casado). De vez em quando leio-vos mas de manhã nunca. A minha escolha é o Portugal dos Pequeninos.