antologia do esquecimento: MINISTÉRIO DA BLOGARIA

07-07-2011
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Googlei o nome de Francisco José Viegas e apareceu-me isto: «Segundo o jornal "Expresso", Francisco José Viegas deve cerca de 42 mil euros às Finanças. São Bento desvaloriza o caso.» Em que consiste desvalorizar o caso? Por muito menos se pediram cabeças no passado. Também recordo que há tempos, em resposta a uma suspeita sobre a ida de Viegas para um governo PSD, o próprio respondeu: «Quanto a eu ser falado para ir seja lá para o que for (é uma bela maneira de algumas pessoas tentarem inutilizar-me), não vou — ponto. Garantido.» O garantido vale o que vale (na boca do novo Secretário da Cultura, "pelo visto", não vale grande coisa) e as dívidas de Francisco José Viegas não valem muito… para São Bento. Noto igualmente uma certa complacência para com estes factos em weblogs de dente arreganhado ao actual Governo. Porque será? Este caso e o já praticamente esquecido caso Bairrão são bons sinais do que nos espera nos próximos anos. Bernardo Bairrão, administrador delegado da Media Capital, grupo detentor da “televisão que Sócrates pretendia comprar”, foi convidado para Secretário de Estado. Demitiu-se das suas funções, arrumou os caixotes e partiu. No entanto, várias vozes se levantaram contra o convite. José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, assim como Nuno Vasconcellos, da Ongoing, terão pressionado o Governo a desconvidar Bairrão para a festa. E Bairrão já não foi. Mas foi o Gonçalves do Portugal anão, depois de ter comparado Passos Coelho a uma alforreca e de ter chamado pequeno Torquemada de Tomar ao homem de quem é agora adjunto. Gonçalves escrevia, antes de ir para o Governo: «Passos provoca enxaqueca porque aquilo é Sócrates sem os anos de palco que Sócrates leva». Como irá agora escrever Gonçalves? Isto não é gente para ser levada ou deixar de se levar a sério. É gente que, pura e simplesmente, não merece respeito. Ponto final.


Googlei o nome de Francisco José Viegas e apareceu-me isto: «Segundo o jornal "Expresso", Francisco José Viegas deve cerca de 42 mil euros às Finanças. São Bento desvaloriza o caso.» Em que consiste desvalorizar o caso? Por muito menos se pediram cabeças no passado. Também recordo que há tempos, em resposta a uma suspeita sobre a ida de Viegas para um governo PSD, o próprio respondeu: «Quanto a eu ser falado para ir seja lá para o que for (é uma bela maneira de algumas pessoas tentarem inutilizar-me), não vou — ponto. Garantido.» O garantido vale o que vale (na boca do novo Secretário da Cultura, "pelo visto", não vale grande coisa) e as dívidas de Francisco José Viegas não valem muito… para São Bento. Noto igualmente uma certa complacência para com estes factos em weblogs de dente arreganhado ao actual Governo. Porque será? Este caso e o já praticamente esquecido caso Bairrão são bons sinais do que nos espera nos próximos anos. Bernardo Bairrão, administrador delegado da Media Capital, grupo detentor da “televisão que Sócrates pretendia comprar”, foi convidado para Secretário de Estado. Demitiu-se das suas funções, arrumou os caixotes e partiu. No entanto, várias vozes se levantaram contra o convite. José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, assim como Nuno Vasconcellos, da Ongoing, terão pressionado o Governo a desconvidar Bairrão para a festa. E Bairrão já não foi. Mas foi o Gonçalves do Portugal anão, depois de ter comparado Passos Coelho a uma alforreca e de ter chamado pequeno Torquemada de Tomar ao homem de quem é agora adjunto. Gonçalves escrevia, antes de ir para o Governo: «Passos provoca enxaqueca porque aquilo é Sócrates sem os anos de palco que Sócrates leva». Como irá agora escrever Gonçalves? Isto não é gente para ser levada ou deixar de se levar a sério. É gente que, pura e simplesmente, não merece respeito. Ponto final.

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