A bem da Nação

30-09-2014
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Henrique Salles da Fonseca

Henrique Salles da Fonseca 30.04.10

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/Images%5Calfa_pendular2.jpg

O comboio Alfa Pendular na Estação do Oriente, em Lisboa

A secção de “Negócios” do “Sol” de 26-5-2007 publicou um quadro com os custos e duração das viagens entre Lisboa e Porto e Lisboa e Madrid, comparando os valores relativos ao automóvel, ao avião, ao comboio Alfa pendular e ao TGV.

Esses números deixaram-me algumas dúvidas, que gostava de ver esclarecidas. Os tempos de viagem apresentados para o avião são apenas, certamente, os tempos de voo. Como as pessoas normalmente não estão interessadas em contar apenas o tempo de voo, seria conveniente saber quanto é o tempo total, desde o centro da cidade até ao aeroporto, as demoras antes do embarque e, à chegada, a demora até receber a bagagem, e o percurso até à cidade do destino.

Consideremos os números, comparando apenas o Alfa e o TGV entre Lisboa e o Porto. O tempo de viagem indicado para o Alfa são 2 h e 45 m e para o TGV 1 h e 15 m. Na realidade, o Alfa faz grande parte do seu percurso a velocidade muito inferior aquela para que foi construído, presumo que por deficiência da via. Não compreendo, se é essa a razão, porque não está já a via reparada e em condições do comboio fazer o percurso à velocidade para que foi construído, um custo certamente muitíssimo inferior ao do TGV. Penso que a viagem do Alfa devia levar algo menos de 2 horas. Será que é mantida assim para justificar o TGV? Em condições normais, a diferença do tempo de viagem entre o Alfa e o TGV não deveria ser de meia hora ou menos?

O preço duma viagem de ida e volta é, para o Alfa, de 79 € e para o TGV é de 80 €, “dados fornecidos pela Rave”. Gostaria que me explicassem como é que há apenas a diferença insignificante de 1 € entre os dois custos, quando num caso os investimentos já foram feitos há muito, faltando apenas corrigir a via (se essa é a causa de não se viajar à velocidade possível) e no caso do TGV há que fazer um enorme investimento. Será que o valor indicado pela Rave vai depois aparecer multiplicado por um número alto ou é o Estado – todos nós – quem vai pagar os custos?

São dúvidas que eu gostava de ver esclarecidas.

Miguel Mota

Publicado no “Linhas de Elvas” de 26-7-2007

Henrique Salles da Fonseca

Henrique Salles da Fonseca 30.04.10

http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/Images%5Calfa_pendular2.jpg

O comboio Alfa Pendular na Estação do Oriente, em Lisboa

A secção de “Negócios” do “Sol” de 26-5-2007 publicou um quadro com os custos e duração das viagens entre Lisboa e Porto e Lisboa e Madrid, comparando os valores relativos ao automóvel, ao avião, ao comboio Alfa pendular e ao TGV.

Esses números deixaram-me algumas dúvidas, que gostava de ver esclarecidas. Os tempos de viagem apresentados para o avião são apenas, certamente, os tempos de voo. Como as pessoas normalmente não estão interessadas em contar apenas o tempo de voo, seria conveniente saber quanto é o tempo total, desde o centro da cidade até ao aeroporto, as demoras antes do embarque e, à chegada, a demora até receber a bagagem, e o percurso até à cidade do destino.

Consideremos os números, comparando apenas o Alfa e o TGV entre Lisboa e o Porto. O tempo de viagem indicado para o Alfa são 2 h e 45 m e para o TGV 1 h e 15 m. Na realidade, o Alfa faz grande parte do seu percurso a velocidade muito inferior aquela para que foi construído, presumo que por deficiência da via. Não compreendo, se é essa a razão, porque não está já a via reparada e em condições do comboio fazer o percurso à velocidade para que foi construído, um custo certamente muitíssimo inferior ao do TGV. Penso que a viagem do Alfa devia levar algo menos de 2 horas. Será que é mantida assim para justificar o TGV? Em condições normais, a diferença do tempo de viagem entre o Alfa e o TGV não deveria ser de meia hora ou menos?

O preço duma viagem de ida e volta é, para o Alfa, de 79 € e para o TGV é de 80 €, “dados fornecidos pela Rave”. Gostaria que me explicassem como é que há apenas a diferença insignificante de 1 € entre os dois custos, quando num caso os investimentos já foram feitos há muito, faltando apenas corrigir a via (se essa é a causa de não se viajar à velocidade possível) e no caso do TGV há que fazer um enorme investimento. Será que o valor indicado pela Rave vai depois aparecer multiplicado por um número alto ou é o Estado – todos nós – quem vai pagar os custos?

São dúvidas que eu gostava de ver esclarecidas.

Miguel Mota

Publicado no “Linhas de Elvas” de 26-7-2007

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