Minha Rica Casinha: Foi essa a lógica

28-01-2012
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“Que país é esse onde matam um rei e um príncipe e a primeira medida que se toma é demitir o Ministério?”Eduardo VII ao Marquês de Soveral“Le plus âpre et le plus dificille métier du monde,à mon gré, c´est faire dignement le roi”Montaigne«D. Carlos foi um bom ou um mau rei? Não foi dessa questão que dependeu a sua sorte.Como esclareceu António José de Almeida, mesmo que o rei de Portugal tivesse sido S. Francisco de Assis, os republicanos portugueses tê-lo-iam derrubado da mesma maneira. A sorte da monarquia em Portugal não foi determinada pela bondade ou pela maldade atribuída ao rei.Por um lado, havia uma república de facto, coberta por um leve manto monárquico.Em Portugal, a república havia de ser sempre uma mera questão de substituir o hino, bandeira e selos, e acabar com os privilégios (ou direitos) de uma família.Por outro lado, o chamado “Partido Republicano” tornou-se uma força quando, para além dos velhos ideais, congregou as ambições de uma geração. Essas não podiam satisfazer-se com simples concessões ou com um comportamento exemplar por quem estava no poder: só com sinecuras e honrarias, e sinecuras e honrarias para todos os novos só haveria se os velhos fossem atirados fora e um regime novo abrisse as portas do Estado.Foi essa a lógica da República e contra essa lógica nunca houve argumentos»Rui Ramosbventana

“Que país é esse onde matam um rei e um príncipe e a primeira medida que se toma é demitir o Ministério?”Eduardo VII ao Marquês de Soveral“Le plus âpre et le plus dificille métier du monde,à mon gré, c´est faire dignement le roi”Montaigne«D. Carlos foi um bom ou um mau rei? Não foi dessa questão que dependeu a sua sorte.Como esclareceu António José de Almeida, mesmo que o rei de Portugal tivesse sido S. Francisco de Assis, os republicanos portugueses tê-lo-iam derrubado da mesma maneira. A sorte da monarquia em Portugal não foi determinada pela bondade ou pela maldade atribuída ao rei.Por um lado, havia uma república de facto, coberta por um leve manto monárquico.Em Portugal, a república havia de ser sempre uma mera questão de substituir o hino, bandeira e selos, e acabar com os privilégios (ou direitos) de uma família.Por outro lado, o chamado “Partido Republicano” tornou-se uma força quando, para além dos velhos ideais, congregou as ambições de uma geração. Essas não podiam satisfazer-se com simples concessões ou com um comportamento exemplar por quem estava no poder: só com sinecuras e honrarias, e sinecuras e honrarias para todos os novos só haveria se os velhos fossem atirados fora e um regime novo abrisse as portas do Estado.Foi essa a lógica da República e contra essa lógica nunca houve argumentos»Rui Ramosbventana

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