Abencerragem: Antologia Improvável #438

03-07-2011
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VERSOSESCRITOS NUM EXEMPLAR DAS «FLORES DO MAL»As flores que nossa alma descuidadaColhe na mocidade com mão casta,São belas, sim: basta aspirá-las, bastaUma vez, fica a gente enfeitiçada.Nascem num prado ou riba sossegada,Sob um céu puro e luz serena e vasta;Têm fragrância subtil, mas nunca exausta,Falam d'Amor e Bem à alma enlevada...Mas as flores nascidas sobre o asfaltoDessas ruas, no pó e entre o bulício,Sem ar, sem luz, sem um sorrir do alto,Que têm elas, que assim nos endoidecem?Têm o que mais as almas apetecem...Têm o aroma irritante e acre do Vício!Primaveras Românticas


VERSOSESCRITOS NUM EXEMPLAR DAS «FLORES DO MAL»As flores que nossa alma descuidadaColhe na mocidade com mão casta,São belas, sim: basta aspirá-las, bastaUma vez, fica a gente enfeitiçada.Nascem num prado ou riba sossegada,Sob um céu puro e luz serena e vasta;Têm fragrância subtil, mas nunca exausta,Falam d'Amor e Bem à alma enlevada...Mas as flores nascidas sobre o asfaltoDessas ruas, no pó e entre o bulício,Sem ar, sem luz, sem um sorrir do alto,Que têm elas, que assim nos endoidecem?Têm o que mais as almas apetecem...Têm o aroma irritante e acre do Vício!Primaveras Românticas

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