Mercados em Zoom: Activos ligados à Argentina sob pressão após incumprimento

31-07-2014
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Mercados em Zoom: Activos ligados à Argentina sob pressão após incumprimento

Paulo Zacarias Gomes e Alberto Teixeira

14:50

Risco associado à dívida de Buenos Aires dispara e cotadas argentinas em Nova Iorque afundam depois de ter falhado o acordo para pagar a credores.

BES €0,22 (-36,6%)

Continua a ser uma quinta-feira negra para o BES e para a bolsa de Lisboa, com as perdas do banco superiores a 30% (depois dos prejuízos históricos anunciados ontem) a arrastarem os demais títulos financeiros e a imporem um recuo novamente superior a 3% ao PSI 20. A estimativa dos analistas de que o BES possa ter de fazer um aumento de capital até quatro mil milhões de euros - muito superior ao seu actual valor de mercado - foi a última notícia a engrossar a maré de perdas do banco. Só a NOS (depois da "conference call" com analistas onde explicou a quebra dos lucros de ontem) e os CTT escapam às quedas.

Euro Stoxx 600 336,93 pontos (-1,04%)

As bolsas do Velho Continente prolongam os recuos de ontem, perante resultados empresariais negativos que, entre outros factores, reflectem as tensões no Leste Europeu. É o caso da Adidas, que chegou a cair 13% depois de reduzir fortemente a sua previsão de lucro até ao fim do ano com a estimativa de que os custos de expedição vão aumentar enquanto perdurarem os conflitos na Ucrânia. Depois de ontem ter prometido aumentar os preços da energia fornecida à Europa, a Rússia voltou à carga na reacção às sanções económicas do Ocidente - limitou a importação de produtos agrícolas da Polónia. A bolsa de Moscovo valoriza 0,17%.

S&P 500 1.953,88 pontos (-0,82%)

A época de resultados segue a marcar as negociações em Wall Street, que abriu em queda depois de números desapontantes dos gigantes alimentares Kraft e Whole Foods. Isto apesar de os pedidos de subsídios de desemprego terem ficado em mínimos de oito anos, sinal que antecipa uma recuperação do consumo, que se junta aos dados positivos do crescimento do PIB ontem anunciados. O incumprimento da Argentina - o segundo em 12 anos - aumenta ainda mais o cepticismo dos investidores e as empresas com origem naquele país afundam em Nova Iorque: a Pampas Energía mais de 11% e a YPF mais de 7%.

Juros das obrigações argentinas 9,845% (+0,945)

O risco da Argentina dispara em mercado secundário, com a ‘yield' implícita nas obrigações argentinas em dólares com vencimento em 2033 a subir quase 100 pontos base, depois de ontem o país ter falhado o pagamento de 402 milhões de euros a credores, entrando em incumprimento. Os juros portugueses também subiam em todas as maturidades, reflectindo algum nervosismo dos investidores com a crise de Grupo Espírito Santo.

Euro 1,3386$ (-0,08%)

O dólar americano vai a caminho do melhor mês em mais de um ano, apreciando face às 16 principais divisas mundiais em Julho, depois de os pedidos de subsídio no último mês terem recuado para mínimos desde 2006. Entretanto, o dólar australiano caiu para mínimos de oito semanas com dados negativos na construção.

Crude 99,48$ (-0,79%)

O barril de crude, negociado em Nova Iorque, desvaloriza pelo quarto dia, negociando abaixo dos 100 dólares, perante a forte valorização do dólar que condiciona o apetite por esta matéria-prima. Os sinais de melhoria no mercado laboral dos EUA também retiram interesse por activos de refúgio, pressionando o valor do ouro.

O Mercados em Zoom, um retrato instantâneo da evolução das bolsas, é actualizado todos os dias úteis às 11h00, 14h45 e 16h45.

Mercados em Zoom: Activos ligados à Argentina sob pressão após incumprimento

Paulo Zacarias Gomes e Alberto Teixeira

14:50

Risco associado à dívida de Buenos Aires dispara e cotadas argentinas em Nova Iorque afundam depois de ter falhado o acordo para pagar a credores.

BES €0,22 (-36,6%)

Continua a ser uma quinta-feira negra para o BES e para a bolsa de Lisboa, com as perdas do banco superiores a 30% (depois dos prejuízos históricos anunciados ontem) a arrastarem os demais títulos financeiros e a imporem um recuo novamente superior a 3% ao PSI 20. A estimativa dos analistas de que o BES possa ter de fazer um aumento de capital até quatro mil milhões de euros - muito superior ao seu actual valor de mercado - foi a última notícia a engrossar a maré de perdas do banco. Só a NOS (depois da "conference call" com analistas onde explicou a quebra dos lucros de ontem) e os CTT escapam às quedas.

Euro Stoxx 600 336,93 pontos (-1,04%)

As bolsas do Velho Continente prolongam os recuos de ontem, perante resultados empresariais negativos que, entre outros factores, reflectem as tensões no Leste Europeu. É o caso da Adidas, que chegou a cair 13% depois de reduzir fortemente a sua previsão de lucro até ao fim do ano com a estimativa de que os custos de expedição vão aumentar enquanto perdurarem os conflitos na Ucrânia. Depois de ontem ter prometido aumentar os preços da energia fornecida à Europa, a Rússia voltou à carga na reacção às sanções económicas do Ocidente - limitou a importação de produtos agrícolas da Polónia. A bolsa de Moscovo valoriza 0,17%.

S&P 500 1.953,88 pontos (-0,82%)

A época de resultados segue a marcar as negociações em Wall Street, que abriu em queda depois de números desapontantes dos gigantes alimentares Kraft e Whole Foods. Isto apesar de os pedidos de subsídios de desemprego terem ficado em mínimos de oito anos, sinal que antecipa uma recuperação do consumo, que se junta aos dados positivos do crescimento do PIB ontem anunciados. O incumprimento da Argentina - o segundo em 12 anos - aumenta ainda mais o cepticismo dos investidores e as empresas com origem naquele país afundam em Nova Iorque: a Pampas Energía mais de 11% e a YPF mais de 7%.

Juros das obrigações argentinas 9,845% (+0,945)

O risco da Argentina dispara em mercado secundário, com a ‘yield' implícita nas obrigações argentinas em dólares com vencimento em 2033 a subir quase 100 pontos base, depois de ontem o país ter falhado o pagamento de 402 milhões de euros a credores, entrando em incumprimento. Os juros portugueses também subiam em todas as maturidades, reflectindo algum nervosismo dos investidores com a crise de Grupo Espírito Santo.

Euro 1,3386$ (-0,08%)

O dólar americano vai a caminho do melhor mês em mais de um ano, apreciando face às 16 principais divisas mundiais em Julho, depois de os pedidos de subsídio no último mês terem recuado para mínimos desde 2006. Entretanto, o dólar australiano caiu para mínimos de oito semanas com dados negativos na construção.

Crude 99,48$ (-0,79%)

O barril de crude, negociado em Nova Iorque, desvaloriza pelo quarto dia, negociando abaixo dos 100 dólares, perante a forte valorização do dólar que condiciona o apetite por esta matéria-prima. Os sinais de melhoria no mercado laboral dos EUA também retiram interesse por activos de refúgio, pressionando o valor do ouro.

O Mercados em Zoom, um retrato instantâneo da evolução das bolsas, é actualizado todos os dias úteis às 11h00, 14h45 e 16h45.

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