Fundos Ásia batem gestores nacionais no primeiro semestre

31-07-2014
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Fundos Ásia batem gestores nacionais no primeiro semestre

Marta Marques Silva

10 Jul 2014

Índia e Indonésia foram os melhores destinos de investimento mas fundos portugueses acompanharam de perto os ganhos alcançados.

O primeiro semestre foi lucrativo para os investidores em fundos, estrangeiros e portugueses. No mercado nacional, 95% dos fundos alcançaram ganhos, enquanto entre os internacionais mais de 90% ficaram positivos na primeira metade do ano. Na liderança surgem dois fundos geridos pela norte-americana Fidelity.

O primeiro fundo investe na Índia, cujo mercado bolsista ganha 24,5% este ano, sustentado por expectativas de que o novo Governo avance com reformas para baixar a inflação, melhorar as infra-estruturas e dinamizar o crescimento. O FF India Focus, em euros, rende 18,9%, em termos líquidos, enquanto o FF Indonesia Fund ganha 15,1%. Os índices indiano e indonésio ocupam a terceira e quarta posição, respectivamente, entre as melhores valorizações mundiais desde o início do ano.

Mas os gestores nacionais não ficaram aquém dos ganhos alcançados pelas casas de investimento internacionais. O Montepio Euro Utilities consegue retornos de 14% nos primeiros seis meses do ano, tornando-se assim no terceiro fundo mais rentável entre os mais de 450 produtos comercializados em Portugal. Este fundo, de risco elevado, investe principalmente em acções europeias do sector das ‘utilities', e tem na EDP a maior posição em território nacional. Segundo os dados ontem avançados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), existem no entanto fundos portugueses mais rentáveis, mas cuja comparação não é líquida. Os melhores fundos Plano Poupança Acções (PPA) conseguem ganhos de 15% - Santander PPA e BPI PPA - mas a rentabilidade divulgada é bruta, uma vez que a fiscalidade a aplicar irá depender da maturidade da aplicação. O mesmo acontece com o Espírito Santo PPR, com um retorno de 14,2%. Excluindo estas classes de activos, destaque ainda para o Espírito Santo Obrigações Europa, que investe principalmente em dívida pública e rendeu 13,7%, para o BPI Brasil Valor, um fundo especial de investimento com ganhos de 12,9%, e para o Santander Acções Portugal, com retorno de 12,7%.

Entre as classes de activos de fundos geridos por casas nacionais, os fundos PPA renderam em média 13,15%, em termos brutos. Já entre as classes de activos comparáveis, o destaque vai para os fundos de acções nacionais, com ganhos médios de 10,7%, seguidos pelos fundos de acções sectoriais e pelos fundos especiais de investimento de acções, cujo retorno médio rondou os 7%.

Já entre os estrangeiros, a APFIPP não desagrega os retornos médios por classe de activos. No entanto, entre os que mais renderam no primeiro semestre existe um padrão facilmente observável: Índia, Indonésia, Energia, Médio Oriente, Taiwan, Mercados Fronteira e Tailândia. Ou seja, emergentes Ásia.

Fundos Ásia batem gestores nacionais no primeiro semestre

Marta Marques Silva

10 Jul 2014

Índia e Indonésia foram os melhores destinos de investimento mas fundos portugueses acompanharam de perto os ganhos alcançados.

O primeiro semestre foi lucrativo para os investidores em fundos, estrangeiros e portugueses. No mercado nacional, 95% dos fundos alcançaram ganhos, enquanto entre os internacionais mais de 90% ficaram positivos na primeira metade do ano. Na liderança surgem dois fundos geridos pela norte-americana Fidelity.

O primeiro fundo investe na Índia, cujo mercado bolsista ganha 24,5% este ano, sustentado por expectativas de que o novo Governo avance com reformas para baixar a inflação, melhorar as infra-estruturas e dinamizar o crescimento. O FF India Focus, em euros, rende 18,9%, em termos líquidos, enquanto o FF Indonesia Fund ganha 15,1%. Os índices indiano e indonésio ocupam a terceira e quarta posição, respectivamente, entre as melhores valorizações mundiais desde o início do ano.

Mas os gestores nacionais não ficaram aquém dos ganhos alcançados pelas casas de investimento internacionais. O Montepio Euro Utilities consegue retornos de 14% nos primeiros seis meses do ano, tornando-se assim no terceiro fundo mais rentável entre os mais de 450 produtos comercializados em Portugal. Este fundo, de risco elevado, investe principalmente em acções europeias do sector das ‘utilities', e tem na EDP a maior posição em território nacional. Segundo os dados ontem avançados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), existem no entanto fundos portugueses mais rentáveis, mas cuja comparação não é líquida. Os melhores fundos Plano Poupança Acções (PPA) conseguem ganhos de 15% - Santander PPA e BPI PPA - mas a rentabilidade divulgada é bruta, uma vez que a fiscalidade a aplicar irá depender da maturidade da aplicação. O mesmo acontece com o Espírito Santo PPR, com um retorno de 14,2%. Excluindo estas classes de activos, destaque ainda para o Espírito Santo Obrigações Europa, que investe principalmente em dívida pública e rendeu 13,7%, para o BPI Brasil Valor, um fundo especial de investimento com ganhos de 12,9%, e para o Santander Acções Portugal, com retorno de 12,7%.

Entre as classes de activos de fundos geridos por casas nacionais, os fundos PPA renderam em média 13,15%, em termos brutos. Já entre as classes de activos comparáveis, o destaque vai para os fundos de acções nacionais, com ganhos médios de 10,7%, seguidos pelos fundos de acções sectoriais e pelos fundos especiais de investimento de acções, cujo retorno médio rondou os 7%.

Já entre os estrangeiros, a APFIPP não desagrega os retornos médios por classe de activos. No entanto, entre os que mais renderam no primeiro semestre existe um padrão facilmente observável: Índia, Indonésia, Energia, Médio Oriente, Taiwan, Mercados Fronteira e Tailândia. Ou seja, emergentes Ásia.

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