Concorrência no mercado doméstico ficou mais agressiva nos últimos quatro anos

31-07-2014
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Concorrência no mercado doméstico ficou mais agressiva nos últimos quatro anos

Cátia Simões

28 Jul 2014

A "guerra" de preços e a aposta nas ofertas convergentes tem sido a tendência do sector em Portugal, num mercado que se alterou.

O menor peso em bolsa e a redução das receitas da Portugal Telecom (PT) nos últimos quatro anos são uma realidade que não afectou apenas a operadora liderada por Henrique Granadeiro. O sector das telecomunicações tem sofrido uma redução nas receitas da ordem dos 5% ao ano, por um lado devido à contracção do consumo e, por outro, devido a uma "guerra" de preços entre operadores, que tem vindo a esmagar margens.

A própria dinâmica do mercado sofreu alterações. A Zon e a Optimus avançaram com um processo de fusão, depois de um longo namoro, criando um operador com dimensão para concorrer directamente com a dona do Meo. Os clientes procuraram cada vez mais propostas convergentes, com pacotes que incluíssem todos os serviços: televisão, internet, telefone e telemóvel. E, numa lógica concorrencial visando a angariação de clientes, os preços cobrados foram descendo cada vez mais.

Primeiro, no móvel. Depois, nestes pacotes convergentes, levando mesmo Zeinal Bava a referir, algumas vezes, a "concorrência irracional" de concorrentes como a Vodafone.

Foi com a Vodafone, contudo, que a PT formalizou na passada semana um acordo para a partilha da rede de fibra óptica e compromisso de chegar a mais 900 mil casas. A PT, que nos últimos quatro anos concluiu o ciclo de investimento em Portugal, com a construção da sua rede de fibra óptica, consegue assim alargar a cobertura para 2,6 milhões de lares com menos esforço de investimento.

Até porque os resultados financeiros têm sido penalizados pela crise. A PT passou de um lucro de 339 milhões de euros em 2011 (em 2010 ultrapassou os cinco mil milhões com o efeito da venda da Vivo) para 230 milhões em 2012 e para 331 milhões em 2013, devido à mais-valia da venda da MTC - excluindo esse efeito os lucros teriam caído.

Concorrência no mercado doméstico ficou mais agressiva nos últimos quatro anos

Cátia Simões

28 Jul 2014

A "guerra" de preços e a aposta nas ofertas convergentes tem sido a tendência do sector em Portugal, num mercado que se alterou.

O menor peso em bolsa e a redução das receitas da Portugal Telecom (PT) nos últimos quatro anos são uma realidade que não afectou apenas a operadora liderada por Henrique Granadeiro. O sector das telecomunicações tem sofrido uma redução nas receitas da ordem dos 5% ao ano, por um lado devido à contracção do consumo e, por outro, devido a uma "guerra" de preços entre operadores, que tem vindo a esmagar margens.

A própria dinâmica do mercado sofreu alterações. A Zon e a Optimus avançaram com um processo de fusão, depois de um longo namoro, criando um operador com dimensão para concorrer directamente com a dona do Meo. Os clientes procuraram cada vez mais propostas convergentes, com pacotes que incluíssem todos os serviços: televisão, internet, telefone e telemóvel. E, numa lógica concorrencial visando a angariação de clientes, os preços cobrados foram descendo cada vez mais.

Primeiro, no móvel. Depois, nestes pacotes convergentes, levando mesmo Zeinal Bava a referir, algumas vezes, a "concorrência irracional" de concorrentes como a Vodafone.

Foi com a Vodafone, contudo, que a PT formalizou na passada semana um acordo para a partilha da rede de fibra óptica e compromisso de chegar a mais 900 mil casas. A PT, que nos últimos quatro anos concluiu o ciclo de investimento em Portugal, com a construção da sua rede de fibra óptica, consegue assim alargar a cobertura para 2,6 milhões de lares com menos esforço de investimento.

Até porque os resultados financeiros têm sido penalizados pela crise. A PT passou de um lucro de 339 milhões de euros em 2011 (em 2010 ultrapassou os cinco mil milhões com o efeito da venda da Vivo) para 230 milhões em 2012 e para 331 milhões em 2013, devido à mais-valia da venda da MTC - excluindo esse efeito os lucros teriam caído.

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