Ana Paula Vitorino condena decisão do Governo de abandonar projecto do TGV e critica Tribunal de Contas

30-03-2012
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Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes do primeiro Governo liderado por José Sócrates, afirmou que a decisão do Governo de abandonar o TGV foi “absolutamente incompreensível e lamentável”, demonstrando que também em matéria de política de transportes este Executivo “não encontra o seu rumo”.

“Numa cimeira em Espanha, o ministro da Economia [Álvaro Santos Pereira] disse à sua homóloga espanhola que ia rever o projecto, mas agora diz que vai acabar com o projecto. O Governo também não pode actuar desta maneira depois de o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, reafirmar a importância do projecto para Portugal e para a União Europeia e depois de o próprio ministro da Economia ter aceitado essa posição”, apontou a ex-secretária de Estado socialista.

Interrogada se o projecto do TGV era sustentável do ponto de vista financeiro, Ana Paula Vitorino contrapôs que “há dinheiro” para o concretizar.

“A questão coloca-se ao contrário. Se nós não fizermos o projecto vamos perder 1200 milhões de euros num projecto que se sustenta a si próprio. Temos dinheiro porque temos fundos comunitários e porque temos garantido um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos", sustentou, antes de questionar “qual o custo para o país” na sequência da decisão de abandonar o TGV.

Na perspectiva de Ana Paula Vitorino, se o projecto do TGV não for feito, Portugal “perderá 1200 milhões euros de fundos comunitários, adia o seu desenvolvimento, não assegurando em particular o desenvolvimento do Porto de Sines por ausência de concretização da componente de mercadorias associada ao projecto”.

“Se o projecto não for concretizado, não se cria emprego num momento em que o desemprego atinge gravemente os sectores da construção e dos serviços e, finalmente, o país transmite a ideia de que não tem modelo de desenvolvimento económico. Por este caminho, este Governo leva ao fecho da economia deste país”, acrescentou.

Ana Paula Vitorino criticou ainda o parecer negativo do Tribunal de Contas em relação ao contrato para a construção do TGV no troço entre o Poceirão e Caia.

“Considero que há considerações de carácter político que não devem ser feitas pelo Tribunal de Contas. Por outro lado, as críticas agora feitas pelo Tribunal de Contas já foram respondidas pelas entidades que estão a conduzir este projecto e não se compreende que o Governo, neste momento, não esteja a dizer que vai responder e que vai exercer o dever e o direito de recurso da decisão”, advogou a ex-secretária de Estado socialista.

Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes do primeiro Governo liderado por José Sócrates, afirmou que a decisão do Governo de abandonar o TGV foi “absolutamente incompreensível e lamentável”, demonstrando que também em matéria de política de transportes este Executivo “não encontra o seu rumo”.

“Numa cimeira em Espanha, o ministro da Economia [Álvaro Santos Pereira] disse à sua homóloga espanhola que ia rever o projecto, mas agora diz que vai acabar com o projecto. O Governo também não pode actuar desta maneira depois de o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, reafirmar a importância do projecto para Portugal e para a União Europeia e depois de o próprio ministro da Economia ter aceitado essa posição”, apontou a ex-secretária de Estado socialista.

Interrogada se o projecto do TGV era sustentável do ponto de vista financeiro, Ana Paula Vitorino contrapôs que “há dinheiro” para o concretizar.

“A questão coloca-se ao contrário. Se nós não fizermos o projecto vamos perder 1200 milhões de euros num projecto que se sustenta a si próprio. Temos dinheiro porque temos fundos comunitários e porque temos garantido um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos", sustentou, antes de questionar “qual o custo para o país” na sequência da decisão de abandonar o TGV.

Na perspectiva de Ana Paula Vitorino, se o projecto do TGV não for feito, Portugal “perderá 1200 milhões euros de fundos comunitários, adia o seu desenvolvimento, não assegurando em particular o desenvolvimento do Porto de Sines por ausência de concretização da componente de mercadorias associada ao projecto”.

“Se o projecto não for concretizado, não se cria emprego num momento em que o desemprego atinge gravemente os sectores da construção e dos serviços e, finalmente, o país transmite a ideia de que não tem modelo de desenvolvimento económico. Por este caminho, este Governo leva ao fecho da economia deste país”, acrescentou.

Ana Paula Vitorino criticou ainda o parecer negativo do Tribunal de Contas em relação ao contrato para a construção do TGV no troço entre o Poceirão e Caia.

“Considero que há considerações de carácter político que não devem ser feitas pelo Tribunal de Contas. Por outro lado, as críticas agora feitas pelo Tribunal de Contas já foram respondidas pelas entidades que estão a conduzir este projecto e não se compreende que o Governo, neste momento, não esteja a dizer que vai responder e que vai exercer o dever e o direito de recurso da decisão”, advogou a ex-secretária de Estado socialista.

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