Forte Apache

24-10-2014
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José Meireles Graça, 29.12.12

Se e quando o PS regressar ao Poder, sou dos que acharão justo - tão justo e apropriado como a nomeação, nas insolvências, dos próprios insolventes como fiéis depositários dos bens a executar.

Claro que os insolventes não costumam orgulhar-se da condição a que chegaram, e não lhes ocorre a ideia peregrina de, se melhorarem de vida, repetir os passos que os levaram ao abismo.

Por isso esta comparação é nitidamente forçada. Mas, mesmo assim, foi a que me ocorreu ao ler o estimável Zorrinho: "Respeitamos as metas do memorando mas é outro o caminho para as podermos cumprir. Um caminho baseado numa visão moderna do Estado social, numa nova economia sustentada no conhecimento e na inovação limpa, na participação e no envolvimento das pessoas e das comunidades".

Tenho porém dúvidas se o estou a interpretar correctamente, porque a referência à inovação limpa me deixa um tanto perplexo: estará Zorrinho a insinuar que a inovação no anterior consulado PS, da qual foi o mais brilhante corifeu, via Plano Tecnológico, Estratégia de Lisboa e outros brilhos de lantejoulas, foi, digamos, hum, suja?

Não posso crer. Deve ser mazé retórica, daquela do voluntarismo, dinamismo e empreendedorismo - priapismo de treteiros, em suma.

José Meireles Graça, 29.12.12

Se e quando o PS regressar ao Poder, sou dos que acharão justo - tão justo e apropriado como a nomeação, nas insolvências, dos próprios insolventes como fiéis depositários dos bens a executar.

Claro que os insolventes não costumam orgulhar-se da condição a que chegaram, e não lhes ocorre a ideia peregrina de, se melhorarem de vida, repetir os passos que os levaram ao abismo.

Por isso esta comparação é nitidamente forçada. Mas, mesmo assim, foi a que me ocorreu ao ler o estimável Zorrinho: "Respeitamos as metas do memorando mas é outro o caminho para as podermos cumprir. Um caminho baseado numa visão moderna do Estado social, numa nova economia sustentada no conhecimento e na inovação limpa, na participação e no envolvimento das pessoas e das comunidades".

Tenho porém dúvidas se o estou a interpretar correctamente, porque a referência à inovação limpa me deixa um tanto perplexo: estará Zorrinho a insinuar que a inovação no anterior consulado PS, da qual foi o mais brilhante corifeu, via Plano Tecnológico, Estratégia de Lisboa e outros brilhos de lantejoulas, foi, digamos, hum, suja?

Não posso crer. Deve ser mazé retórica, daquela do voluntarismo, dinamismo e empreendedorismo - priapismo de treteiros, em suma.

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