Ricciardi diz-se surpreendido que a "culpa seja do contabilista" quando a liderança de Salgado era "centralizadora"

08-10-2015
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"A liderança [de Ricardo Salgado] era centralizadora e indiscutível, não havia nada que não passasse pelo líder. Agora fico muito surpreendido que ninguém soubesse de nada e que a culpa seja do contabilista", disse José Maria Ricciardi ao início da noite desta terça-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES.

Ricciardi, em resposta ao deputado do PS Filipe Neto Brandão, prosseguiu dizendo que "esta ideia de descentralização é um pouco estranha, pois todos sabem da concentração de poder que havia no BES". "Agora no BES ninguém sabia de nada e a culpa era do contabilista... deixo para vós a conclusão", afirmou Ricciardi.

O presidente do BESI diz que mandou as denúncias para o Banco de Portugal sobre dúvidas acerca das contas da Espírito Santo International (ESI) em maio de 2014, assim que teve acesso à informação de que havia problemas. O contabilista da ESI, Machado Cruz, assumiu antes de maio que havia ocultação de prejuízo nas contas da holding desde 2008.

Ricciardi diz que ficou a par da difícil situação do BES na altura em que foi feito ETRIC, a avaliação dos ativos dos bancos pelo Banco de Portugal. "Nunca imaginei que as contas não estavam certas, mas quando soube declarei para ata o que achei que devia."

Ricciardi esclarece que não é acionista, apenas filho de um acionista de controlo, António Ricciardi.

"A liderança [de Ricardo Salgado] era centralizadora e indiscutível, não havia nada que não passasse pelo líder. Agora fico muito surpreendido que ninguém soubesse de nada e que a culpa seja do contabilista", disse José Maria Ricciardi ao início da noite desta terça-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES.

Ricciardi, em resposta ao deputado do PS Filipe Neto Brandão, prosseguiu dizendo que "esta ideia de descentralização é um pouco estranha, pois todos sabem da concentração de poder que havia no BES". "Agora no BES ninguém sabia de nada e a culpa era do contabilista... deixo para vós a conclusão", afirmou Ricciardi.

O presidente do BESI diz que mandou as denúncias para o Banco de Portugal sobre dúvidas acerca das contas da Espírito Santo International (ESI) em maio de 2014, assim que teve acesso à informação de que havia problemas. O contabilista da ESI, Machado Cruz, assumiu antes de maio que havia ocultação de prejuízo nas contas da holding desde 2008.

Ricciardi diz que ficou a par da difícil situação do BES na altura em que foi feito ETRIC, a avaliação dos ativos dos bancos pelo Banco de Portugal. "Nunca imaginei que as contas não estavam certas, mas quando soube declarei para ata o que achei que devia."

Ricciardi esclarece que não é acionista, apenas filho de um acionista de controlo, António Ricciardi.

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