S.A.R.I.P.

26-01-2012
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Notícias da Fórmula 1 – o EstoiroCom a nova regra que proíbe a troca de pneus, a Providência das corridas premeia o conjunto carro-piloto mais rápido, mais combativo, etc. – e também aquele que melhor preservar o material. Por este prisma, e sem nos esquecermos que as corridas são uma competição de pilotos que conduzem carros e equipas que os desenham e constroem, Alonso e a Renault são justos vencedores.Só que o público das corridas, do mais conhecedor/viciado ao leigo absoluto, dá mais ênfase ao lado humano da competição, ao piloto. Foi por isso que a Ana reclamou da injustiça que atingiu Kimi Raikkonen na última volta do GP da Europa.O "iceman" largou melhor que a surpresa Heidfeld e controlou a corrida do princípio ao fim. Mesmo aquando da sua saída de pista, em que permitiu a ultrapassagem do alemão, já era notório que as tácticas de corrida eram diferentes e que o jogo dos reabastecimentos o favoreceria no final. A Williams não tinha andamento para a McLaren e a táctica de 3 paragens não alterou a premissa de base – a McLaren tem neste momento o carro mais eficaz. Ao Kimi continua a faltar aquele bocado de sorte que faz a diferença. Esperemos que não desanime.Quem viu o Alonso nas primeiras voltas em 5º, atrás do Coulthard, não o apontaria à vitória final. Mas a verdade é que a estratégia de 2 paragens (com um primeiro turno muito longo) acabou por dar resultados. Heidfeld andou a maior parte do tempo no 2º lugar e se a Williams tivesse apostado na estratégia de 2 paragens talvez a vitória lhe tivesse sorrido. Esse é o primeiro mérito de Alonso: ter-se colocado na melhor posição possível para aproveitar um problema do líder. O segundo é, claro, não ter desistido e ter "ido buscar" Raikkonen nas últimas voltas. Se Kimi tivesse uma larga vantagem de 20 ou 30 segundos para gerir no final, talvez o resultado fosse outro.Nick Heidfeld marcou a primeira pole da carreira (foi o primeiro alemão a conseguir uma pole num circuito alemão com um motor alemão, segundo os grotescos contabilistas de estatísticas da RTP) e não esteve mal, tendo acompanhado Raikkonen de perto. Uma outra táctica talvez lhe tivesse dado a vitória. Já leva dois pódios consecutivos.Notas:- a Ferrari continua em baixa – mas teve azar, com os dois pilotos a irem à escapatória na primeira curva. O mais inquietante foi ver como Schumacher andou atrás de Barrichello todo o fim-de-semana. Não é a primeira vez que o brasileiro bate o alemão neste circuito (em 2002 houve dobradinha com Rubens na frente, pouco tempo depois de a Federação ter ameaçado a Ferrari com sanções por Barrichello ter cedido a Schumacher o GP da Áustria na última volta), mas isso não explicará tudo. Já se sabe que a qualquer momento se espera uma eventual quebra de motivação do veterano Hepta. Barrichello esteve melhor e voltou ao pódio.- David Coulthard tornou-se no 4º piloto com mais pontos da História (etc…), voltou a liderar uma corrida (1ª vez da Red Bull) e podia ter aspirado a mais não fosse a penalização por excesso de velocidade nas boxes.- Quem não teve problemas com a penalização "drive through" foi o Monteiro, que fez a melhor corrida da época, estraçalhando o indiano (recuperando os 20s perdidos com a penalização) e, tal como em Espanha, aproveitando uma ida à relva deste para o passar. Após uma tímidas primeiras corridas, o português começa a impor-se a sério. E já se viu que o Karthi fica muito nervoso quando tem o português nos espelhos… o Monteiro já está no livro de recordes porque nunca nenhum estreante tinha terminado as suas 7 primeiras corridas. É pena, de facto, que haja tão poucos abandonos, ele já merecia um pontito…- foi pena o Montoya e o Webber terem apontado para o mesmo espaço na primeira curva, a corrida teria sido bem mais interessante sem esse toque que arruinou a corrida dos colegas dos dois líderes, que concerteza teriam carro para discutir alguma coisa.- a Toyota passou com alguma discrição e da BAR, de regresso, só se viu o Button a servir de teste à garra e capacidade de ultrapassar de uma série de pilotos…- É certo que Villeneuve largou com tanque cheio e teve azar na confusão da primeira curva: mas estou tão fartinho de o ver abaixo do 15º com estratégia de parar tarde...Não me espanta que Alonso e Raikkonen discutam corridas, pois, como já se disse milhares de vezes, eles são os melhores do plantel actual, Schumacher à parte. E não acho mal a vantagem de 32 pontos que Alonso leva no campeonato, apesar dos azares que Raikkonen teve desde o início do ano. Nem acharei mal que se torne campeão no final – o que acontecerá se a sorte não virar e o espanhol não começar a somar desistências.Mas em termos de simpatias pessoais, Monteiro e Villeneuve à parte, é claro que fiquei frustrado com o azar do Kimi. Quase tanto como os 6 milhões terão ficado ao verem as estranhas opções de Trapattoni para iniciar o jogo, ao verem o Vitória de Setúbal a tomar conta do jogo desde o primeiro minuto (mostrando a fibra que o Sporting não teve, não se intimidando com o golo sofrido tão cedo) e ao verem o Vitória de Setúbal a erguer uma merecida Taça de Portugal.Julgados de Paz em crescimentoDiz ao DN o director-geral da Administração Extra Judicial: "a instalação da rede de Julgados de Paz começa a consolidar-se" (…) Os Julgados de Paz foram criados em 2002 e, nesse ano, receberam 336 processos, 697 em 2003 e 2535 em 2004 (…) levando uma média de dois meses a resolver um processo. (…) Quando a rede de Julgados de Paz estiver concluída, ajuda a retirar processos dos tribunais judiciais, julgando-os mais rapidamente e com custos mais reduzidos".O Director-geral Filipe Lobo de Ávila esqueceu-se de referir o mais importante: "os srs. Advogados estão cheiinhos de cagufa ao ver que, só em 2004, 5000 potenciais carcaças, digo, clientes (visto que cada processo costuma ter 2 partes), se esquivaram às suas garras e aos seus dentinhos, e que 5000 clientes a pagar 50€ por uma consulta significam, muito por baixo, um prejuízo mínimo de 250.000 €, o que é chato." Como diz o outro, habituem-se.


Notícias da Fórmula 1 – o EstoiroCom a nova regra que proíbe a troca de pneus, a Providência das corridas premeia o conjunto carro-piloto mais rápido, mais combativo, etc. – e também aquele que melhor preservar o material. Por este prisma, e sem nos esquecermos que as corridas são uma competição de pilotos que conduzem carros e equipas que os desenham e constroem, Alonso e a Renault são justos vencedores.Só que o público das corridas, do mais conhecedor/viciado ao leigo absoluto, dá mais ênfase ao lado humano da competição, ao piloto. Foi por isso que a Ana reclamou da injustiça que atingiu Kimi Raikkonen na última volta do GP da Europa.O "iceman" largou melhor que a surpresa Heidfeld e controlou a corrida do princípio ao fim. Mesmo aquando da sua saída de pista, em que permitiu a ultrapassagem do alemão, já era notório que as tácticas de corrida eram diferentes e que o jogo dos reabastecimentos o favoreceria no final. A Williams não tinha andamento para a McLaren e a táctica de 3 paragens não alterou a premissa de base – a McLaren tem neste momento o carro mais eficaz. Ao Kimi continua a faltar aquele bocado de sorte que faz a diferença. Esperemos que não desanime.Quem viu o Alonso nas primeiras voltas em 5º, atrás do Coulthard, não o apontaria à vitória final. Mas a verdade é que a estratégia de 2 paragens (com um primeiro turno muito longo) acabou por dar resultados. Heidfeld andou a maior parte do tempo no 2º lugar e se a Williams tivesse apostado na estratégia de 2 paragens talvez a vitória lhe tivesse sorrido. Esse é o primeiro mérito de Alonso: ter-se colocado na melhor posição possível para aproveitar um problema do líder. O segundo é, claro, não ter desistido e ter "ido buscar" Raikkonen nas últimas voltas. Se Kimi tivesse uma larga vantagem de 20 ou 30 segundos para gerir no final, talvez o resultado fosse outro.Nick Heidfeld marcou a primeira pole da carreira (foi o primeiro alemão a conseguir uma pole num circuito alemão com um motor alemão, segundo os grotescos contabilistas de estatísticas da RTP) e não esteve mal, tendo acompanhado Raikkonen de perto. Uma outra táctica talvez lhe tivesse dado a vitória. Já leva dois pódios consecutivos.Notas:- a Ferrari continua em baixa – mas teve azar, com os dois pilotos a irem à escapatória na primeira curva. O mais inquietante foi ver como Schumacher andou atrás de Barrichello todo o fim-de-semana. Não é a primeira vez que o brasileiro bate o alemão neste circuito (em 2002 houve dobradinha com Rubens na frente, pouco tempo depois de a Federação ter ameaçado a Ferrari com sanções por Barrichello ter cedido a Schumacher o GP da Áustria na última volta), mas isso não explicará tudo. Já se sabe que a qualquer momento se espera uma eventual quebra de motivação do veterano Hepta. Barrichello esteve melhor e voltou ao pódio.- David Coulthard tornou-se no 4º piloto com mais pontos da História (etc…), voltou a liderar uma corrida (1ª vez da Red Bull) e podia ter aspirado a mais não fosse a penalização por excesso de velocidade nas boxes.- Quem não teve problemas com a penalização "drive through" foi o Monteiro, que fez a melhor corrida da época, estraçalhando o indiano (recuperando os 20s perdidos com a penalização) e, tal como em Espanha, aproveitando uma ida à relva deste para o passar. Após uma tímidas primeiras corridas, o português começa a impor-se a sério. E já se viu que o Karthi fica muito nervoso quando tem o português nos espelhos… o Monteiro já está no livro de recordes porque nunca nenhum estreante tinha terminado as suas 7 primeiras corridas. É pena, de facto, que haja tão poucos abandonos, ele já merecia um pontito…- foi pena o Montoya e o Webber terem apontado para o mesmo espaço na primeira curva, a corrida teria sido bem mais interessante sem esse toque que arruinou a corrida dos colegas dos dois líderes, que concerteza teriam carro para discutir alguma coisa.- a Toyota passou com alguma discrição e da BAR, de regresso, só se viu o Button a servir de teste à garra e capacidade de ultrapassar de uma série de pilotos…- É certo que Villeneuve largou com tanque cheio e teve azar na confusão da primeira curva: mas estou tão fartinho de o ver abaixo do 15º com estratégia de parar tarde...Não me espanta que Alonso e Raikkonen discutam corridas, pois, como já se disse milhares de vezes, eles são os melhores do plantel actual, Schumacher à parte. E não acho mal a vantagem de 32 pontos que Alonso leva no campeonato, apesar dos azares que Raikkonen teve desde o início do ano. Nem acharei mal que se torne campeão no final – o que acontecerá se a sorte não virar e o espanhol não começar a somar desistências.Mas em termos de simpatias pessoais, Monteiro e Villeneuve à parte, é claro que fiquei frustrado com o azar do Kimi. Quase tanto como os 6 milhões terão ficado ao verem as estranhas opções de Trapattoni para iniciar o jogo, ao verem o Vitória de Setúbal a tomar conta do jogo desde o primeiro minuto (mostrando a fibra que o Sporting não teve, não se intimidando com o golo sofrido tão cedo) e ao verem o Vitória de Setúbal a erguer uma merecida Taça de Portugal.Julgados de Paz em crescimentoDiz ao DN o director-geral da Administração Extra Judicial: "a instalação da rede de Julgados de Paz começa a consolidar-se" (…) Os Julgados de Paz foram criados em 2002 e, nesse ano, receberam 336 processos, 697 em 2003 e 2535 em 2004 (…) levando uma média de dois meses a resolver um processo. (…) Quando a rede de Julgados de Paz estiver concluída, ajuda a retirar processos dos tribunais judiciais, julgando-os mais rapidamente e com custos mais reduzidos".O Director-geral Filipe Lobo de Ávila esqueceu-se de referir o mais importante: "os srs. Advogados estão cheiinhos de cagufa ao ver que, só em 2004, 5000 potenciais carcaças, digo, clientes (visto que cada processo costuma ter 2 partes), se esquivaram às suas garras e aos seus dentinhos, e que 5000 clientes a pagar 50€ por uma consulta significam, muito por baixo, um prejuízo mínimo de 250.000 €, o que é chato." Como diz o outro, habituem-se.

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