Barroso e Guterres chamados à comissão dos submarinos

08-09-2015
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O Bloco de Esquerda quis chamar Durão Barroso para depor perante a comissão parlamentar que investiga a aquisição de equipamentos militares (aeronaves EH-101, P-3 Orion, C-295, F-16, torpedos, submarinos U-209 e blindados Pandur II). A proposta bloquista mereceu acesa discussão, mas acabou por ser aprovada por unanimidade. Em contrapartida, a bancada do PP exigiu a presença de António Guterres. E também esta foi aprovada.

"Este e todos os outros pedidos de audição sistemáticos provam que esta comissão não tem tido o resultado que alguns partidos queriam. Por princípio, somos contra audições dos primeiros-ministros porque não é tradição, mas, se o BE insiste, com a anuência do PS, então terei de apresentar este requerimento para ouvir o engenheiro António Guterres", disse o democrata-cristão Filipe Lobo d'Ávila, exibindo de imediato o texto do requerimento para entregar à mesa.

BE, PS e PCP condenaram o "sentimentozinho de vendetta", "a retaliação" e até o "tráfico de audições" como um "mau serviço à democracia", revelando-se confortáveis com quaisquer audições, embora com bloquistas e socialistas a absterem-se no caso de Guterres por considerarem a inquirição injustificada.

Ambos os requerimentos foram aprovados, mas os antigos primeiros-ministros gozam da prerrogativa de depor por escrito, sem necessidade de se deslocarem ao Parlamento.

O PS tinha também voltado a propor a constituição de uma delegação para ir a Munique, a fim de aceder a documentação do processo judicial sobre a venda dos submarinos ao Estado português, mas viria a retirá-lo para reformulação, assim como o pedido de prorrogação do prazo dos trabalhos, cujo limite é o dia 20 de setembro, preferindo apresenta-lo em conferência de líderes.

"Não estamos a pensar num tour turístico, não nos dá prazer algum ir ver o tribunal regional de Munique. Agradecia que não se usassem expressões tipo excursão ou tour porque dá a impressão que as pessoas que propõem querem gastar dinheiro ao Estado ou atirar tiros para longe do alvo", defendeu o socialista José Magalhães.

O deputado social-democrata António Prôa acusou o PS de "manobras dilatórias" e lamentou poder vir a discutir-se "pela terceira vez as excursões a Munique", enquanto Lobo d'Ávila afirmou que o "empancamento do processo é socialista".

A maioria "chumbou" as audições pedidas pelo PS a um assessor do ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira, Manuel Pinheiro, ao ex-deputado europeu do PSD e ex-adjunto de Durão Barroso, Mário David, bem como ao atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o democrata-cristão Paulo Núncio, que foi advogado da empresa austríaca Steyr, comprada pela norte-americana General Dynamics e fornecedora de viaturas blindadas Pandur II.

O Bloco de Esquerda quis chamar Durão Barroso para depor perante a comissão parlamentar que investiga a aquisição de equipamentos militares (aeronaves EH-101, P-3 Orion, C-295, F-16, torpedos, submarinos U-209 e blindados Pandur II). A proposta bloquista mereceu acesa discussão, mas acabou por ser aprovada por unanimidade. Em contrapartida, a bancada do PP exigiu a presença de António Guterres. E também esta foi aprovada.

"Este e todos os outros pedidos de audição sistemáticos provam que esta comissão não tem tido o resultado que alguns partidos queriam. Por princípio, somos contra audições dos primeiros-ministros porque não é tradição, mas, se o BE insiste, com a anuência do PS, então terei de apresentar este requerimento para ouvir o engenheiro António Guterres", disse o democrata-cristão Filipe Lobo d'Ávila, exibindo de imediato o texto do requerimento para entregar à mesa.

BE, PS e PCP condenaram o "sentimentozinho de vendetta", "a retaliação" e até o "tráfico de audições" como um "mau serviço à democracia", revelando-se confortáveis com quaisquer audições, embora com bloquistas e socialistas a absterem-se no caso de Guterres por considerarem a inquirição injustificada.

Ambos os requerimentos foram aprovados, mas os antigos primeiros-ministros gozam da prerrogativa de depor por escrito, sem necessidade de se deslocarem ao Parlamento.

O PS tinha também voltado a propor a constituição de uma delegação para ir a Munique, a fim de aceder a documentação do processo judicial sobre a venda dos submarinos ao Estado português, mas viria a retirá-lo para reformulação, assim como o pedido de prorrogação do prazo dos trabalhos, cujo limite é o dia 20 de setembro, preferindo apresenta-lo em conferência de líderes.

"Não estamos a pensar num tour turístico, não nos dá prazer algum ir ver o tribunal regional de Munique. Agradecia que não se usassem expressões tipo excursão ou tour porque dá a impressão que as pessoas que propõem querem gastar dinheiro ao Estado ou atirar tiros para longe do alvo", defendeu o socialista José Magalhães.

O deputado social-democrata António Prôa acusou o PS de "manobras dilatórias" e lamentou poder vir a discutir-se "pela terceira vez as excursões a Munique", enquanto Lobo d'Ávila afirmou que o "empancamento do processo é socialista".

A maioria "chumbou" as audições pedidas pelo PS a um assessor do ex-ministro da Economia Álvaro Santos Pereira, Manuel Pinheiro, ao ex-deputado europeu do PSD e ex-adjunto de Durão Barroso, Mário David, bem como ao atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, o democrata-cristão Paulo Núncio, que foi advogado da empresa austríaca Steyr, comprada pela norte-americana General Dynamics e fornecedora de viaturas blindadas Pandur II.

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