A B S O R T O

20-01-2012
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Sonetos (IV)Busque Amor novas artes, novo engenhoPera matar-me, e novas esquivanças,Que não pode tirar-me as esperanças,Que mal me tirará o que eu não tenho.Olhai de que esperanças me mantenho!Vede que perigosas seguranças!Que não temo contrastes nem mudanças,Andando em bravo mar, perdido o lenho.Mas, enquanto não pode haver desgostoOnde esperança falta, lá me escondeAmor um mal, que mata e não se vê,Que dias há que na alma me tem postoUm não sei quê, que nasce não sei onde,Vem não sei como e dói não sei porquê.Luís de Camões(in Obras Completas, Círculo de Leitores,Edição de Lobo Soropita, de 1595)


Sonetos (IV)Busque Amor novas artes, novo engenhoPera matar-me, e novas esquivanças,Que não pode tirar-me as esperanças,Que mal me tirará o que eu não tenho.Olhai de que esperanças me mantenho!Vede que perigosas seguranças!Que não temo contrastes nem mudanças,Andando em bravo mar, perdido o lenho.Mas, enquanto não pode haver desgostoOnde esperança falta, lá me escondeAmor um mal, que mata e não se vê,Que dias há que na alma me tem postoUm não sei quê, que nasce não sei onde,Vem não sei como e dói não sei porquê.Luís de Camões(in Obras Completas, Círculo de Leitores,Edição de Lobo Soropita, de 1595)

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