Jornais vedam conteúdos a leitores que usem bloqueadores de anúncios

21-10-2015
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"Como dependemos da publicidade para financiar o nosso jornalismo, por favor desactive todos os bloqueadores de anúncios para ver o resto deste conteúdo". Esta é a mensagem que surge no ecrã dos leitores do City AM, jornal diário britânico de acesso gratuito, e que se deverá tornar cada vez mais comum nos ‘sites' de notícias.

Antes, já o "Bild", jornal do grupo alemão Axel Springer e um dos títulos europeus com maior tiragem, tinha tomado uma decisão semelhante. Ogrupo anunciou, no início deste mês, que, para acederem aos conteúdos do ‘site', os utilizadores que tenham instalado bloqueadores de anúncios vão ter de optar por desligar o ‘software' ou pagar uma mensalidade de 2,99 euros para navegar sem publicidade. "Quem não desligar o ‘ad blocker' [bloqueador de anúncios] ou não pagar não vai poder ver qualquer conteúdo no ‘Bild.de', a partir de agora", avisou o grupo em comunicado.

A crescente popularidade dos programas que permitem aos utilizadores bloquearem os conteúdos publicitários em qualquer dispositivo é mais uma "dor de cabeça" para os ‘publishers', que ainda lutam para sobreviver com as receitas da publicidade ‘online'. Os mais afectados serão os ‘sites' abertos, em que a comercialização de anúncios é feita por terceiros, como o Google.

Cerca de 200 milhões de pessoas instalaram este tipo de ‘software' nos seus dispositivos ao longo de 2014, mais 40% do que no ano anterior, revelou o "The Guardian". Nas contas da Adobe and PageFair, empresa com sede em Dublin que fornece sistemas anti-bloqueadores de anúncios, citadas pelo jornal britânico, este crescimento resultou em perdas para a indústria publicitária de 22 mil milhões de dólares (19,3 mil milhões de euros).

Muitos utilizadores recorrem a estes programas porque consideram que a publicidade é intrusiva ou torna a abertura das páginas mais lenta. Recentemente, a Apple lançou um novo sistema operativo, o iOS 9, que facilita a utilização de ‘software' bloqueador de anúncios.

Qualquer leitor do City AM que recorra a este ‘software' vai depara-se com o seguinte aviso no ‘desktop': "Estamos com dificuldades em mostrar-vos anúncios nesta página, o que pode ser resultado da presença de um ‘ad blocker' no seu dispositivo". A decisão surgiu depois do título ter constatado que 20% da sua audiência utilizava este ‘software'.

Em declarações ao Diário Económico, Luís Mergulhão, CEO do Omnicom Media Group, já tinha avançado que esta seria muito provavelmente a estratégia utilizada pelos media para fazer frente a mais este obstáculo, garantindo que este tipo de programas terá "uma eficácia muito reduzida". "Gratuitidade e universalidade são as duas qualidades que mais se associam à informação na internet, por isso será fácil para os produtores de conteúdos determinarem que quem bloqueia anúncios também não poderá ter acesso à informação que quer ter", argumentou.

"Como dependemos da publicidade para financiar o nosso jornalismo, por favor desactive todos os bloqueadores de anúncios para ver o resto deste conteúdo". Esta é a mensagem que surge no ecrã dos leitores do City AM, jornal diário britânico de acesso gratuito, e que se deverá tornar cada vez mais comum nos ‘sites' de notícias.

Antes, já o "Bild", jornal do grupo alemão Axel Springer e um dos títulos europeus com maior tiragem, tinha tomado uma decisão semelhante. Ogrupo anunciou, no início deste mês, que, para acederem aos conteúdos do ‘site', os utilizadores que tenham instalado bloqueadores de anúncios vão ter de optar por desligar o ‘software' ou pagar uma mensalidade de 2,99 euros para navegar sem publicidade. "Quem não desligar o ‘ad blocker' [bloqueador de anúncios] ou não pagar não vai poder ver qualquer conteúdo no ‘Bild.de', a partir de agora", avisou o grupo em comunicado.

A crescente popularidade dos programas que permitem aos utilizadores bloquearem os conteúdos publicitários em qualquer dispositivo é mais uma "dor de cabeça" para os ‘publishers', que ainda lutam para sobreviver com as receitas da publicidade ‘online'. Os mais afectados serão os ‘sites' abertos, em que a comercialização de anúncios é feita por terceiros, como o Google.

Cerca de 200 milhões de pessoas instalaram este tipo de ‘software' nos seus dispositivos ao longo de 2014, mais 40% do que no ano anterior, revelou o "The Guardian". Nas contas da Adobe and PageFair, empresa com sede em Dublin que fornece sistemas anti-bloqueadores de anúncios, citadas pelo jornal britânico, este crescimento resultou em perdas para a indústria publicitária de 22 mil milhões de dólares (19,3 mil milhões de euros).

Muitos utilizadores recorrem a estes programas porque consideram que a publicidade é intrusiva ou torna a abertura das páginas mais lenta. Recentemente, a Apple lançou um novo sistema operativo, o iOS 9, que facilita a utilização de ‘software' bloqueador de anúncios.

Qualquer leitor do City AM que recorra a este ‘software' vai depara-se com o seguinte aviso no ‘desktop': "Estamos com dificuldades em mostrar-vos anúncios nesta página, o que pode ser resultado da presença de um ‘ad blocker' no seu dispositivo". A decisão surgiu depois do título ter constatado que 20% da sua audiência utilizava este ‘software'.

Em declarações ao Diário Económico, Luís Mergulhão, CEO do Omnicom Media Group, já tinha avançado que esta seria muito provavelmente a estratégia utilizada pelos media para fazer frente a mais este obstáculo, garantindo que este tipo de programas terá "uma eficácia muito reduzida". "Gratuitidade e universalidade são as duas qualidades que mais se associam à informação na internet, por isso será fácil para os produtores de conteúdos determinarem que quem bloqueia anúncios também não poderá ter acesso à informação que quer ter", argumentou.

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