Fotografia de Hélder GonçalvesO tempo não urge mais neste loco dolenti.Eles dormem nas suas pálpebras em sonodesmedido um intento não logrado, entoandoa meia voz hinos e canções que se esvaempelas altas janelas direitas ao país natal,num sonho agraciado com galões e dragonas,canutilhos nos ombros e no peito,onde uma esperança diferida demora-see um pavilhão ondula in memoriamno vento frio e seco do norte;quantos lutaram passando a pólvorapelo crivo, levando ao ombro a almada boca de fogo, contra um ceptro,um trono, sua influência soberanaem terras estas onde nasceram;quantos morderam o pó; solta a retrancados cavalos, ouvido o tambor dos sitiados,arvorada a bandeira branca pela conta certados que ficaram, bando de insurgentes,passados à faca, jungidos como se metemos bois à canga, proclamaram uma verdadeentre gritos de alarme expiando:para sempre por pagar em oiro e em pratao soldo das suas vidas expostas,sem o broquel dos antigos, na linha de tiro.Paulo Teixeira.
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Fotografia de Hélder GonçalvesO tempo não urge mais neste loco dolenti.Eles dormem nas suas pálpebras em sonodesmedido um intento não logrado, entoandoa meia voz hinos e canções que se esvaempelas altas janelas direitas ao país natal,num sonho agraciado com galões e dragonas,canutilhos nos ombros e no peito,onde uma esperança diferida demora-see um pavilhão ondula in memoriamno vento frio e seco do norte;quantos lutaram passando a pólvorapelo crivo, levando ao ombro a almada boca de fogo, contra um ceptro,um trono, sua influência soberanaem terras estas onde nasceram;quantos morderam o pó; solta a retrancados cavalos, ouvido o tambor dos sitiados,arvorada a bandeira branca pela conta certados que ficaram, bando de insurgentes,passados à faca, jungidos como se metemos bois à canga, proclamaram uma verdadeentre gritos de alarme expiando:para sempre por pagar em oiro e em pratao soldo das suas vidas expostas,sem o broquel dos antigos, na linha de tiro.Paulo Teixeira.