Regime podre

28-01-2012
marcar artigo

O senhor da foto, Mário Soares, escreveu isto no passado dia 17 na sua coluna de “opinião” do DN:

Não acabou ainda o caso Freeport, embora já esteja encerrado pela justiça inglesa, e já rebentou, de forma a quase não se falar de mais nada, em todos os meios de comunicação social, a “Operação Face Oculta”. Reconheçamos que são curiosos o espírito inventivo e o esmero com que a Polícia Judiciária ou o Ministério Público (não sei a quem atribuir a paternidade) dão nome aos escândalos que investigam… Outras operações do género, como por exemplo a “Operação Furacão”, depois dos escândalos das devassas a importantes bancos e outras empresas a que deu lugar – largamente divulgadas -, ficou tudo, como se diz, em águas de bacalhau… Com o mesmo mistério com que surgiram, desapareceram, até agora, sem deixarem rasto. Porquê? Ninguém sabe.

No caso vertente, a “Operação Face Oculta” parece ser… a da justiça.

Leia-se esta última frase: a operação “Face Oculta” … é a da justiça!! É isto aceitável? Escrever isto é próprio de um chamado (por assim dizer) “Estado de Direito”?

É um “texto” (não, não é um texto, é um naco de provocação – à justiça - e publicidade) lamentável, porque enxovalha a Polícia Judiciária e ridiculariza, a seu modo, a justiça portuguesa (estúpida justiça portuguesa que não arquivou de uma vez o que a justiça inglesa já arquivou e “esqueceu”: o caso Freeport, tão difícil de entender, oh, tão difícil…). Já agora, como é que as investigaçõs em Portugal, seja sobre o Freeport ou sobre a rede tentacular de poderosos “socialistas” em volta do sr. Godinho (a julgar pelos arguidos), como é que as investigações não hão-de ficar em “águas de bacalhau”, como diz o autor da prosa acima no seu mais fino recorte literário? Como? Desde o caso “Casa Pia”, o PS mimoseou a justiça e a polícia de investigação portuguesa com os seguintes qualificativos: entidades ao serviço de “cabalas”, “campanhas negras”, “conspirações para decapitar o PS”, “homicídios de carácter”, “espionagem política” … É de facto o PS um partido colaborante e ligado à eficácia das investigações policiais neste país!… Repare-se, e isto é muito importante: estes mimos não são dirigidos pelo PS à oposição, mas sim à justiça!

De resto, Mários Soares está habituado a que em relação ao seu partido tudo fique efectivamente em “águas de bacalhau”, desde casos passados em Macau ao “Face Oculta” (que o senhor já adivinha não vir a ter quaisquer consequências – lá sabe, lá sabe: e nós também!).

De resto, nesta data gloriosa da “democracia”, porque é que eu não tenho acesso – em democracia, repito – ao livro de Rui Mateus, Crónica de um PS Desconhecido? Eu nem conheço detalhadamente o conteúdo do livro, não dou razão nem ao PS/Soares nem a Rui Mateus, gostaria era de poder ler este trabalho e não ter de recorrer a sites onde posso apenas ler bocados da coisa. Quem o vai reeditar?

O senhor da foto, Mário Soares, escreveu isto no passado dia 17 na sua coluna de “opinião” do DN:

Não acabou ainda o caso Freeport, embora já esteja encerrado pela justiça inglesa, e já rebentou, de forma a quase não se falar de mais nada, em todos os meios de comunicação social, a “Operação Face Oculta”. Reconheçamos que são curiosos o espírito inventivo e o esmero com que a Polícia Judiciária ou o Ministério Público (não sei a quem atribuir a paternidade) dão nome aos escândalos que investigam… Outras operações do género, como por exemplo a “Operação Furacão”, depois dos escândalos das devassas a importantes bancos e outras empresas a que deu lugar – largamente divulgadas -, ficou tudo, como se diz, em águas de bacalhau… Com o mesmo mistério com que surgiram, desapareceram, até agora, sem deixarem rasto. Porquê? Ninguém sabe.

No caso vertente, a “Operação Face Oculta” parece ser… a da justiça.

Leia-se esta última frase: a operação “Face Oculta” … é a da justiça!! É isto aceitável? Escrever isto é próprio de um chamado (por assim dizer) “Estado de Direito”?

É um “texto” (não, não é um texto, é um naco de provocação – à justiça - e publicidade) lamentável, porque enxovalha a Polícia Judiciária e ridiculariza, a seu modo, a justiça portuguesa (estúpida justiça portuguesa que não arquivou de uma vez o que a justiça inglesa já arquivou e “esqueceu”: o caso Freeport, tão difícil de entender, oh, tão difícil…). Já agora, como é que as investigaçõs em Portugal, seja sobre o Freeport ou sobre a rede tentacular de poderosos “socialistas” em volta do sr. Godinho (a julgar pelos arguidos), como é que as investigações não hão-de ficar em “águas de bacalhau”, como diz o autor da prosa acima no seu mais fino recorte literário? Como? Desde o caso “Casa Pia”, o PS mimoseou a justiça e a polícia de investigação portuguesa com os seguintes qualificativos: entidades ao serviço de “cabalas”, “campanhas negras”, “conspirações para decapitar o PS”, “homicídios de carácter”, “espionagem política” … É de facto o PS um partido colaborante e ligado à eficácia das investigações policiais neste país!… Repare-se, e isto é muito importante: estes mimos não são dirigidos pelo PS à oposição, mas sim à justiça!

De resto, Mários Soares está habituado a que em relação ao seu partido tudo fique efectivamente em “águas de bacalhau”, desde casos passados em Macau ao “Face Oculta” (que o senhor já adivinha não vir a ter quaisquer consequências – lá sabe, lá sabe: e nós também!).

De resto, nesta data gloriosa da “democracia”, porque é que eu não tenho acesso – em democracia, repito – ao livro de Rui Mateus, Crónica de um PS Desconhecido? Eu nem conheço detalhadamente o conteúdo do livro, não dou razão nem ao PS/Soares nem a Rui Mateus, gostaria era de poder ler este trabalho e não ter de recorrer a sites onde posso apenas ler bocados da coisa. Quem o vai reeditar?

marcar artigo