Vicente Caldeira Pires: Um jovem empreendedor em tempos de crise

20-10-2013
marcar artigo

Casado e com uma filha, Vi­­cente Lemos Caldeira Pires tem 32 anos e nasceu em Lisboa. Cedo deixou o ténis pelo futebol. Jogou no Vitória Clube de Lisboa, de que hoje é presidente, e é membro do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting. Licenciado em Direito, com paixão pelos números e pela gestão, criou recentemente a CV-DNA, uma empresa original sediada na Avenida da República, em Lisboa, que constrói cur­riculum vitae exaustivos, como outras no mercado, mas com uma característica inédita que tranquiliza os recrutadores: todas as informações do candidato são verificadas e certificadas. Conversou connosco na sua casa da Praia Grande, em Sintra, para nos explicar de que modo este método se pode tornar a melhor solução para quem procura emprego.

– A ideia foi sua? Como lhe surgiu?

– O CV Certificado da CV-DNA é fruto de muitas ideias. Eu tive a primeira, mas que era muito diferente do que é hoje a nossa oferta. Estivemos, o meu sócio, José Quezada, eu e outros profissionais de Recursos Humanos (RH), mais de um ano a desenvolver o nosso CV.

– Ninguém faz o mesmo lá fora?

– Quando começámos a desenvolver o projecto, não existia absolutamente nada. Hoje existe um projecto similar nos EUA que também está a ter muito sucesso.

– Presume-se então que boa parte das pessoas mente nos seus CV. Inventam cursos que não têm e línguas que não falam?

– Alguns mentem, muitos exageram, “quem conta um conto acrescenta um ponto”. A certificação dos currículos tranquiliza quem recruta, mas não é o nosso único argumento. O CV que desenvolvemos vem ao encontro das necessidades de quem recruta, por isso achamos que quem tiver um CV-DNA aumenta as suas hipóteses num recrutamento, porque o recrutador vai dar atenção ao seu CV. Claro que o facto de o recrutador saber à partida que está perante informação que não carece de certificação é a principal vantagem.

– E como certi­ficam cada informação? A empresa tem um ‘detective’ nos seus quadros?

– A certificação é feita de acordo com a nossa Metodologia de Certificação, um procedimento rígido e controlado que é executado pelos nossos consultores, que são profissionais especializados em RH, e que, além de certificarem o CV, apoiam o candidato na sua elaboração, de acordo com o que os recrutadores procuram e valorizam num currículo.

– Mas, ainda sobre o alcance dos CV: há pessoas sem grandes habilitações que, uma vez vistas e conversadas, se revelam mais valiosas que outras, mais credenciadas. Por outro lado, as candidaturas antigas, ou seja, sem grelha normalizada por parâmetros internacionais, permitiam uma liberdade de exposição onde era possível entrever-se a criatividade das pessoas e outras valências. Estas novas não reduzem as chances de se demonstrar outras perícias, como a facilidade de escrita ou argumentativa?

– Se pensar que quem recruta, na primeira triagem, dedica poucos segundos a cada CV, o mais importante é não ficar pela fase em que nos excluem sem nos conhecerem. Passando esta fase, há muitas maneiras de mostrar quem somos. Ainda assim, quem recruta e procura, numa primeira análise, determinadas características, pode fazê-lo facilmente pela análise do gráfico de Perfil Comportamental que está na primeira página.

– Há uma idade preferencial para se fazer um CV?

– O CV não tem rela­ção com a ida­de dos profissionais. O nosso ser­viço é relevante para qualquer pessoa que se can­didate a um processo de recrutamento baseado no CV.

– Vamos então aos métodos: de que modo as pessoas se habilitam a uma candidatura feita pela CV-DNA?

– O processo começa com a inscrição no site e com a resposta a um questionário; de seguida, o nosso consultor contacta o clien­te por telefone e por e-mail enquanto vai certificando a informação, até que o cliente é convidado a ir aos nossos escritórios para fazer o Teste de Perfil Comporta­mental, tirar uma fotografia e concluir o seu CV.

– Os recrutadores in­te­res­sa­dos contactam convosco ou directamente com os candidatos?

– Os recrutadores estão em contacto com os candidatos, não connosco. Uma das características que distingue a nossa empresa é precisamente o facto de estarmos vocacionados para o candidato. O papel da CV-DNA não é “arranjar emprego”, não somos uma agência de recrutamento. Claro que o nosso serviço, indirectamente, oferece mais-valias às empresas. Se validamos e confirmamos a informação dos CV, elas não terão de o fazer, poupando dinheiro e tempo. Mas isso é uma consequência do nosso trabalho com os candidatos; o facto de ter vantagens para as empresas é a principal vantagem para eles.

– É um processo longo...

– O processo pode demorar de duas semanas a dois meses, dependendo da quantidade de informação a certificar. Há pessoas com mais experiência profissional do que outras. Mas se pensarmos que esta aposta pode representar a oportunidade de conseguir o emprego que se pretende, claramente vale a pena investir tempo.

– Quanto custa “fazer” um CV na vossa empresa?

– O CV Career, que é o produto base, custa 148 euros para profissionais empregados e tem o preço promocional de 98 euros para profissionais desempregados. O CV Graduate, que é o Career para finalistas e recém-licenciados, tem o preço de 98 euros, tendo em conta que tipicamente terão menos informação a certificar.

– Bom, não parece tão caro quando o encaramos friamente como um investimento...

– Nos dias de hoje, é necessário pensar na procura de um novo emprego precisamente dessa perspectiva: como um investimento.

– Estou aqui a pensar que pode representar um excelente presente para se dar a um filho, a um neto, a um afilhado...

– E está a pensar muito bem. Além de ser possível fazê-lo, adquirindo um simples voucher, e além de ser um presente original, pode fazer a diferença para alguém que procura uma mudança ou que está a entrar no mercado de trabalho.

– As pessoas estão a aderir?

– Estão a aderir e com gran­de entusiasmo! E não são só as pessoas, as empresas, os recrutadores, que têm expressado a sua satisfação em poder vir a receber o nosso CV. Quem recruta percebe logo as vantagens que lhes traz...

– A advocacia acrescenta valor a esta sua nova actividade?

– A advocacia acrescenta sempre valor! [risos] Tendo em conta que a minha área de advo­cacia está intimamente ligada ao empreendedorismo e à gestão, claramente que acrescenta valor.

– E como vai o Sporting, já agora? Continua com aquela resistência de guerrilha que faz de nós, adeptos, heróis formidáveis? [risos]

– O Sporting está melhor do que estava. A minha resistência de guerrilha deu lugar a uma resis­tência de trabalho, mas mante­nho-me fiel aos meus princípios e à defe­sa de um Sporting livre de interesses e de interesseiros.

Nota: por vontade da autora, este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico

Casado e com uma filha, Vi­­cente Lemos Caldeira Pires tem 32 anos e nasceu em Lisboa. Cedo deixou o ténis pelo futebol. Jogou no Vitória Clube de Lisboa, de que hoje é presidente, e é membro do Conselho Fiscal e Disciplinar do Sporting. Licenciado em Direito, com paixão pelos números e pela gestão, criou recentemente a CV-DNA, uma empresa original sediada na Avenida da República, em Lisboa, que constrói cur­riculum vitae exaustivos, como outras no mercado, mas com uma característica inédita que tranquiliza os recrutadores: todas as informações do candidato são verificadas e certificadas. Conversou connosco na sua casa da Praia Grande, em Sintra, para nos explicar de que modo este método se pode tornar a melhor solução para quem procura emprego.

– A ideia foi sua? Como lhe surgiu?

– O CV Certificado da CV-DNA é fruto de muitas ideias. Eu tive a primeira, mas que era muito diferente do que é hoje a nossa oferta. Estivemos, o meu sócio, José Quezada, eu e outros profissionais de Recursos Humanos (RH), mais de um ano a desenvolver o nosso CV.

– Ninguém faz o mesmo lá fora?

– Quando começámos a desenvolver o projecto, não existia absolutamente nada. Hoje existe um projecto similar nos EUA que também está a ter muito sucesso.

– Presume-se então que boa parte das pessoas mente nos seus CV. Inventam cursos que não têm e línguas que não falam?

– Alguns mentem, muitos exageram, “quem conta um conto acrescenta um ponto”. A certificação dos currículos tranquiliza quem recruta, mas não é o nosso único argumento. O CV que desenvolvemos vem ao encontro das necessidades de quem recruta, por isso achamos que quem tiver um CV-DNA aumenta as suas hipóteses num recrutamento, porque o recrutador vai dar atenção ao seu CV. Claro que o facto de o recrutador saber à partida que está perante informação que não carece de certificação é a principal vantagem.

– E como certi­ficam cada informação? A empresa tem um ‘detective’ nos seus quadros?

– A certificação é feita de acordo com a nossa Metodologia de Certificação, um procedimento rígido e controlado que é executado pelos nossos consultores, que são profissionais especializados em RH, e que, além de certificarem o CV, apoiam o candidato na sua elaboração, de acordo com o que os recrutadores procuram e valorizam num currículo.

– Mas, ainda sobre o alcance dos CV: há pessoas sem grandes habilitações que, uma vez vistas e conversadas, se revelam mais valiosas que outras, mais credenciadas. Por outro lado, as candidaturas antigas, ou seja, sem grelha normalizada por parâmetros internacionais, permitiam uma liberdade de exposição onde era possível entrever-se a criatividade das pessoas e outras valências. Estas novas não reduzem as chances de se demonstrar outras perícias, como a facilidade de escrita ou argumentativa?

– Se pensar que quem recruta, na primeira triagem, dedica poucos segundos a cada CV, o mais importante é não ficar pela fase em que nos excluem sem nos conhecerem. Passando esta fase, há muitas maneiras de mostrar quem somos. Ainda assim, quem recruta e procura, numa primeira análise, determinadas características, pode fazê-lo facilmente pela análise do gráfico de Perfil Comportamental que está na primeira página.

– Há uma idade preferencial para se fazer um CV?

– O CV não tem rela­ção com a ida­de dos profissionais. O nosso ser­viço é relevante para qualquer pessoa que se can­didate a um processo de recrutamento baseado no CV.

– Vamos então aos métodos: de que modo as pessoas se habilitam a uma candidatura feita pela CV-DNA?

– O processo começa com a inscrição no site e com a resposta a um questionário; de seguida, o nosso consultor contacta o clien­te por telefone e por e-mail enquanto vai certificando a informação, até que o cliente é convidado a ir aos nossos escritórios para fazer o Teste de Perfil Comporta­mental, tirar uma fotografia e concluir o seu CV.

– Os recrutadores in­te­res­sa­dos contactam convosco ou directamente com os candidatos?

– Os recrutadores estão em contacto com os candidatos, não connosco. Uma das características que distingue a nossa empresa é precisamente o facto de estarmos vocacionados para o candidato. O papel da CV-DNA não é “arranjar emprego”, não somos uma agência de recrutamento. Claro que o nosso serviço, indirectamente, oferece mais-valias às empresas. Se validamos e confirmamos a informação dos CV, elas não terão de o fazer, poupando dinheiro e tempo. Mas isso é uma consequência do nosso trabalho com os candidatos; o facto de ter vantagens para as empresas é a principal vantagem para eles.

– É um processo longo...

– O processo pode demorar de duas semanas a dois meses, dependendo da quantidade de informação a certificar. Há pessoas com mais experiência profissional do que outras. Mas se pensarmos que esta aposta pode representar a oportunidade de conseguir o emprego que se pretende, claramente vale a pena investir tempo.

– Quanto custa “fazer” um CV na vossa empresa?

– O CV Career, que é o produto base, custa 148 euros para profissionais empregados e tem o preço promocional de 98 euros para profissionais desempregados. O CV Graduate, que é o Career para finalistas e recém-licenciados, tem o preço de 98 euros, tendo em conta que tipicamente terão menos informação a certificar.

– Bom, não parece tão caro quando o encaramos friamente como um investimento...

– Nos dias de hoje, é necessário pensar na procura de um novo emprego precisamente dessa perspectiva: como um investimento.

– Estou aqui a pensar que pode representar um excelente presente para se dar a um filho, a um neto, a um afilhado...

– E está a pensar muito bem. Além de ser possível fazê-lo, adquirindo um simples voucher, e além de ser um presente original, pode fazer a diferença para alguém que procura uma mudança ou que está a entrar no mercado de trabalho.

– As pessoas estão a aderir?

– Estão a aderir e com gran­de entusiasmo! E não são só as pessoas, as empresas, os recrutadores, que têm expressado a sua satisfação em poder vir a receber o nosso CV. Quem recruta percebe logo as vantagens que lhes traz...

– A advocacia acrescenta valor a esta sua nova actividade?

– A advocacia acrescenta sempre valor! [risos] Tendo em conta que a minha área de advo­cacia está intimamente ligada ao empreendedorismo e à gestão, claramente que acrescenta valor.

– E como vai o Sporting, já agora? Continua com aquela resistência de guerrilha que faz de nós, adeptos, heróis formidáveis? [risos]

– O Sporting está melhor do que estava. A minha resistência de guerrilha deu lugar a uma resis­tência de trabalho, mas mante­nho-me fiel aos meus princípios e à defe­sa de um Sporting livre de interesses e de interesseiros.

Nota: por vontade da autora, este texto não segue as regras do novo acordo ortográfico

marcar artigo