Fernando Serrasqueiro
As listas para a Comissão Nacional mostraram que a unidade no PS tem limites. A recusa de Seguro em incluir Fernando Serrasqueiro e André Figueiredo na lista única de consenso, desencadeou a reacção de outros dirigentes do núcleo político e de amizade pessoal de José Sócrates.
O resultado final foi a exclusão de cinco elementos da linha dura, que de forma acérrima e constante tem criticado Seguro por não defender o legado governativo do ex-primeiro-ministro. Do núcleo de Sócrates, só fica agora Pedro Silva Pereira, o seu ministro da Presidência e, noutro plano, um também ex-ministro, Jorge Lacão.
Fernando Serrasqueiro, que foi secretário de Estado, e André Figueiredo, chefe de gabinete no Rato, no consulado socrático, queriam entrar na Comissão Nacional, mas não faziam parte deste órgão. Seguro não aceitou incluí-los.
E foi por este motivo que a seguir, em solidariedade com Serrasqueiro e Figueiredo, os deputados José Lello, Renato Sampaio e Isabel Santos se auto-excluiram. Os três pertencem à federação do Porto, mantendo um conflito com José Luís Carneiro - o líder distrital.
Segundo a Lusa, elementos próximos de Carneiro tinham tentado nos últimos dias excluir este trio daquele que é o órgão nacional entre congressos. Acabaram por ser os próprios a decidir sair.
Direcção de Seguro com gesto simbólico
A lista para a Comissão Nacional, liderada por Alberto Martins, congrega nos primeiros lugares as listas que no congresso de Braga, há dois anos, tinham sido apresentadas por António José Seguro e Francisco Assis, mantendo a proporção de 2 para 1. Dos primeiros 17 elementos, Assis mete 6 nomes.
Em primeiro lugar surge Alberto Martins, segue-se António Costa e Francisco Assis é o quarto. Antes, em terceiro, surge a primeira mulher, Maria Amélia Antunes (presidente da câmara do Montijo).
Dos fiéis a Seguro, além de Alberto Martins, aparecem no topo Carlos Zorrinho, o líder parlamentar, José Luís Carneiro, Rui Solheiro (presidente dos autarcas socialistas), a eurodeputada Jamila Madeira e o ex-secretário-geral da UGT, João Proença.
Mota Andrade, Joaquim Raposo (o organizador das eleições directas e deste congresso), António Braga e José Junqueiro são outros seguristas em lugares cimeiros da Comissão Nacional.
Pelo lado de Assis e Costa entram, além dos próprios, Edite Estrela (eurodeputada, amiga pessoal de Sócrates), Carlos César, ex-presidente da Região Autónoma dos Açores, e as deputadas Ana Catarina Mendes e Idália Serrão (que agora é candidata a presidente da câmara de Santarém).
Num acto aparentemente simbólico, a lista de 250 nomes fecha com vários elementos do núcleo político de António José Seguro: os secretários nacionais Eurico Dias, Jorge Seguro Sanches, Álvaro Beleza e Miguel Laranjeiro, nomeadamente.
Também na cauda da Comissão Nacional aparecem os dois artífices da feitura da lista conjunta: António Galamba e Miguel Laranjeiro, também membros do Secretariado.
Mais sobre o Congresso do PS
manuel.a.magalhaes@sol.pt
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Fernando Serrasqueiro
As listas para a Comissão Nacional mostraram que a unidade no PS tem limites. A recusa de Seguro em incluir Fernando Serrasqueiro e André Figueiredo na lista única de consenso, desencadeou a reacção de outros dirigentes do núcleo político e de amizade pessoal de José Sócrates.
O resultado final foi a exclusão de cinco elementos da linha dura, que de forma acérrima e constante tem criticado Seguro por não defender o legado governativo do ex-primeiro-ministro. Do núcleo de Sócrates, só fica agora Pedro Silva Pereira, o seu ministro da Presidência e, noutro plano, um também ex-ministro, Jorge Lacão.
Fernando Serrasqueiro, que foi secretário de Estado, e André Figueiredo, chefe de gabinete no Rato, no consulado socrático, queriam entrar na Comissão Nacional, mas não faziam parte deste órgão. Seguro não aceitou incluí-los.
E foi por este motivo que a seguir, em solidariedade com Serrasqueiro e Figueiredo, os deputados José Lello, Renato Sampaio e Isabel Santos se auto-excluiram. Os três pertencem à federação do Porto, mantendo um conflito com José Luís Carneiro - o líder distrital.
Segundo a Lusa, elementos próximos de Carneiro tinham tentado nos últimos dias excluir este trio daquele que é o órgão nacional entre congressos. Acabaram por ser os próprios a decidir sair.
Direcção de Seguro com gesto simbólico
A lista para a Comissão Nacional, liderada por Alberto Martins, congrega nos primeiros lugares as listas que no congresso de Braga, há dois anos, tinham sido apresentadas por António José Seguro e Francisco Assis, mantendo a proporção de 2 para 1. Dos primeiros 17 elementos, Assis mete 6 nomes.
Em primeiro lugar surge Alberto Martins, segue-se António Costa e Francisco Assis é o quarto. Antes, em terceiro, surge a primeira mulher, Maria Amélia Antunes (presidente da câmara do Montijo).
Dos fiéis a Seguro, além de Alberto Martins, aparecem no topo Carlos Zorrinho, o líder parlamentar, José Luís Carneiro, Rui Solheiro (presidente dos autarcas socialistas), a eurodeputada Jamila Madeira e o ex-secretário-geral da UGT, João Proença.
Mota Andrade, Joaquim Raposo (o organizador das eleições directas e deste congresso), António Braga e José Junqueiro são outros seguristas em lugares cimeiros da Comissão Nacional.
Pelo lado de Assis e Costa entram, além dos próprios, Edite Estrela (eurodeputada, amiga pessoal de Sócrates), Carlos César, ex-presidente da Região Autónoma dos Açores, e as deputadas Ana Catarina Mendes e Idália Serrão (que agora é candidata a presidente da câmara de Santarém).
Num acto aparentemente simbólico, a lista de 250 nomes fecha com vários elementos do núcleo político de António José Seguro: os secretários nacionais Eurico Dias, Jorge Seguro Sanches, Álvaro Beleza e Miguel Laranjeiro, nomeadamente.
Também na cauda da Comissão Nacional aparecem os dois artífices da feitura da lista conjunta: António Galamba e Miguel Laranjeiro, também membros do Secretariado.
Mais sobre o Congresso do PS
manuel.a.magalhaes@sol.pt