Sobe e desce

04-07-2011
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Pedro Passos Coelho,

Pedro Passos Coelho jogou o argumento da "transparência" e da "verdade" para anunciar mais um aumento de impostos em tempo de crise e de troika. Um aumento que há poucas semanas recusava, mas que a derrapagem do défice ajudou a justificar. Tentou passar uma imagem de serenidade e personificou um estilo de primeiro-ministro anti-Sócrates. Com um discurso de diálogo, de apelo ao consenso, próprio de alguém que está em início de mandato.

Vítor Gaspar,

A estreia do novo ministro das Finanças foi peculiar. Usou um estilo pouco político, pausado e quase académico, que surpreendeu os deputados. Até os do PSD e do CDS. Com uma ou outra resposta mais eficaz, fez respirar de alívio os parlamentares da maioria. A dúvida que pode persistir é se esse estilo de alguém mais habituado aos corredores de Bruxelas sobreviverá ao clima tenso que se antevê em Lisboa.

Nuno Crato,

Foi uma estreia que entusiasmou as bancadas dos dois partidos da maioria governamental. Sem desvendar novidades das propostas do Governo para o sector, Nuno Crato mostrou conhecimento sobre matérias até do ensino básico. E mesmo quando politicamente foi confrontado com declarações comprometedoras para si, teve resposta rápida e eficaz.

interina do PS

Depois de ouvir o primeiro-ministro a anunciar um corte nos rendimentos de muitos portugueses, a líder parlamentar interina do PS pediu "estudos" sobre a medida. E pouco mais disse. Francisco Assis e António José Seguro, candidatos à liderança do PS, logo endureceram o discurso nos corredores do Parlamento. Só ontem, 24h depois do anúncio, Belém reagiu, dizendo que o PS só se compromete com o acordo da troika e que a medida não está lá. É pouco, mesmo para um partido que ainda procura uma nova liderança.

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Francisco Louçã,

Um novo cenário na AR: um novo Governo, novo primeiro-ministro e uma nova medida. Mas Louçã não mudou o tom do discurso. E falou como se Sócrates ainda fosse o seu interlocutor na bancada do Governo. Sobre o anunciado aumento de impostos, Louçã quase se limitou a perguntar pelo impacto da medida e lembrou o pedido de desculpas de Passos quando deu o sim ao PEC III. Talvez se esperasse um pouco mais de um político tão experiente.

Luís Montenegro,

O tom do discurso de Luís Montenegro foi de elogio ao executivo. Nem se esperava outra coisa de um partido que apoia o Governo. E de desafio aos partidos da oposição para colaborarem com o executivo. Mas comparar a situação actual de crise em Portugal à do Reino Unido no início da II Guerra Mundial, em 1940, é um exagero. E uma infelicidade. S.R.

Pedro Passos Coelho,

Pedro Passos Coelho jogou o argumento da "transparência" e da "verdade" para anunciar mais um aumento de impostos em tempo de crise e de troika. Um aumento que há poucas semanas recusava, mas que a derrapagem do défice ajudou a justificar. Tentou passar uma imagem de serenidade e personificou um estilo de primeiro-ministro anti-Sócrates. Com um discurso de diálogo, de apelo ao consenso, próprio de alguém que está em início de mandato.

Vítor Gaspar,

A estreia do novo ministro das Finanças foi peculiar. Usou um estilo pouco político, pausado e quase académico, que surpreendeu os deputados. Até os do PSD e do CDS. Com uma ou outra resposta mais eficaz, fez respirar de alívio os parlamentares da maioria. A dúvida que pode persistir é se esse estilo de alguém mais habituado aos corredores de Bruxelas sobreviverá ao clima tenso que se antevê em Lisboa.

Nuno Crato,

Foi uma estreia que entusiasmou as bancadas dos dois partidos da maioria governamental. Sem desvendar novidades das propostas do Governo para o sector, Nuno Crato mostrou conhecimento sobre matérias até do ensino básico. E mesmo quando politicamente foi confrontado com declarações comprometedoras para si, teve resposta rápida e eficaz.

interina do PS

Depois de ouvir o primeiro-ministro a anunciar um corte nos rendimentos de muitos portugueses, a líder parlamentar interina do PS pediu "estudos" sobre a medida. E pouco mais disse. Francisco Assis e António José Seguro, candidatos à liderança do PS, logo endureceram o discurso nos corredores do Parlamento. Só ontem, 24h depois do anúncio, Belém reagiu, dizendo que o PS só se compromete com o acordo da troika e que a medida não está lá. É pouco, mesmo para um partido que ainda procura uma nova liderança.

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Francisco Louçã,

Um novo cenário na AR: um novo Governo, novo primeiro-ministro e uma nova medida. Mas Louçã não mudou o tom do discurso. E falou como se Sócrates ainda fosse o seu interlocutor na bancada do Governo. Sobre o anunciado aumento de impostos, Louçã quase se limitou a perguntar pelo impacto da medida e lembrou o pedido de desculpas de Passos quando deu o sim ao PEC III. Talvez se esperasse um pouco mais de um político tão experiente.

Luís Montenegro,

O tom do discurso de Luís Montenegro foi de elogio ao executivo. Nem se esperava outra coisa de um partido que apoia o Governo. E de desafio aos partidos da oposição para colaborarem com o executivo. Mas comparar a situação actual de crise em Portugal à do Reino Unido no início da II Guerra Mundial, em 1940, é um exagero. E uma infelicidade. S.R.

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