Mudar a educação sem trazer mais instabilidade às escolas

04-07-2011
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A mudança na educação não pode ser adiada, mas deverá ser feita "com os professores, com os pais, com as escolas, com os parceiros sociais" porque se tem perdido, "demasiadas vezes, demasiado tempo em conflitos" e estes esgotam vontades e inviabilizam o que se impõe fazer, afirmou ontem o matemático e agora ministro Nuno Crato. E o que se impõe e os conflitos que "inviabilizam a oportunidade de fazer" são, segundo ele, "as verdadeiras e necessárias reformas da educação", que integram o lote "das mais importantes e decisivas para o futuro de Portugal".

É comum ouvir professores dizerem que lhes basta ouvir a palavra reforma para se arrepiarem, tantas têm sido as mudanças introduzidas ao longo dos últimos anos, várias delas interrompidas muito antes de estarem plenamente implementadas ou corrigidas em sentido contrário, sem antes ter sido feito qualquer balanço. Crato tentou ontem sossegá-los. "Queremos uma mudança que não introduza mais instabilidade nas escolas. As alterações têm de ser bem pensadas. As experiências têm de ser bem avaliadas."

Os eixos da mudança estão contemplados no programa do Governo. No seu discurso, Crato não acrescentou novidades, mas não quis deixar dúvidas de que a avaliação será o pilar estruturante do que vier a ser feito. Será uma "constante de todo o sistema de ensino", anunciou. Vão ser avaliados currículos, programas, manuais, escolas, directores, professores, alunos e metas, concretizou.

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"A escola tem de apostar na melhoria da qualidade do que se aprende e do que se ensina", e esta é uma missão que, frisou, não depende apenas de dinheiro. Por exemplo, acrescentou, não custa dinheiro mexer nos actuais programas que "são muito pouco exigentes" ou tirar as máquinas de calcular das salas de aula dos alunos do 5.º ano, permitindo assim que eles desenvolvam as suas capacidades de cálculo matemático.

Aos pais, Crato prometeu apoio "na procura de uma escola onde se aprenda e de onde os seus filhos possam sair preparados para enfrentar o mundo do trabalho". Esta escolha é também entre o público e o privado.

"O aluno deve ver na escola a oportunidade de se formar e vencer na vida", defendeu. É um desafio comum nas democracias e que, em Portugal, não tem sido vencido. Esta percepção, nunca tendo sido muito forte por cá, parece estar agora em maior queda devido à crise de emprego.

A mudança na educação não pode ser adiada, mas deverá ser feita "com os professores, com os pais, com as escolas, com os parceiros sociais" porque se tem perdido, "demasiadas vezes, demasiado tempo em conflitos" e estes esgotam vontades e inviabilizam o que se impõe fazer, afirmou ontem o matemático e agora ministro Nuno Crato. E o que se impõe e os conflitos que "inviabilizam a oportunidade de fazer" são, segundo ele, "as verdadeiras e necessárias reformas da educação", que integram o lote "das mais importantes e decisivas para o futuro de Portugal".

É comum ouvir professores dizerem que lhes basta ouvir a palavra reforma para se arrepiarem, tantas têm sido as mudanças introduzidas ao longo dos últimos anos, várias delas interrompidas muito antes de estarem plenamente implementadas ou corrigidas em sentido contrário, sem antes ter sido feito qualquer balanço. Crato tentou ontem sossegá-los. "Queremos uma mudança que não introduza mais instabilidade nas escolas. As alterações têm de ser bem pensadas. As experiências têm de ser bem avaliadas."

Os eixos da mudança estão contemplados no programa do Governo. No seu discurso, Crato não acrescentou novidades, mas não quis deixar dúvidas de que a avaliação será o pilar estruturante do que vier a ser feito. Será uma "constante de todo o sistema de ensino", anunciou. Vão ser avaliados currículos, programas, manuais, escolas, directores, professores, alunos e metas, concretizou.

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"A escola tem de apostar na melhoria da qualidade do que se aprende e do que se ensina", e esta é uma missão que, frisou, não depende apenas de dinheiro. Por exemplo, acrescentou, não custa dinheiro mexer nos actuais programas que "são muito pouco exigentes" ou tirar as máquinas de calcular das salas de aula dos alunos do 5.º ano, permitindo assim que eles desenvolvam as suas capacidades de cálculo matemático.

Aos pais, Crato prometeu apoio "na procura de uma escola onde se aprenda e de onde os seus filhos possam sair preparados para enfrentar o mundo do trabalho". Esta escolha é também entre o público e o privado.

"O aluno deve ver na escola a oportunidade de se formar e vencer na vida", defendeu. É um desafio comum nas democracias e que, em Portugal, não tem sido vencido. Esta percepção, nunca tendo sido muito forte por cá, parece estar agora em maior queda devido à crise de emprego.

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