Getafe é a última vítima do "futebol moderno"

20-06-2011
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Há cada vez mais emblemas europeus nas mãos de magnatas ou grupos empresariais. Inglaterra e Espanha têm sido os mercados preferenciais. Em Portugal a tendência ainda não pegou

O nome, para já, mantém-se inalterado, mas o Getafe vai envergar nas camisolas, no estádio e em todo o material de merchandising a designação "Team Dubai". Este é o resultado das negociações entre a equipa da Liga espanhola e o consórcio Royal Emirates, do Dubai, que resultou na venda do clube dos arredores de Madrid por um valor de cerca de 62 milhões de euros. Tal como aconteceu no passado com a compra do Manchester United pelo norte-americano Malcolm Glazer ou do Arsenal pelo uzbeque Alisher Usmanov, os adeptos estão contra.

A confirmação oficial chegou ontem com pompa e circunstância no imponente Hotel Burj al Arab, de sete estrelas, no Dubai: o Royal Emirates Group promete "injectar sangue novo na equipa nos próximos anos". Em troca do controlo dos espanhóis, que na última época terminaram no sexto lugar, o grupo árabe que detém mais de 200 empresas nas áreas do petróleo, energias renováveis, saúde e turismo paga 62 milhões de euros e acrescenta a denominação "Team Dubai" em praticamente tudo o que pertence ao Getafe.

O negócio desagrada a grande parte dos adeptos da equipa espanhola. "O que é isso de "Team Dubai"? Somos o Getafe FC"; "Óptimo negócio para o presidente, péssimo para os adeptos" e "Ódio ao futebol moderno" eram alguns dos comentários à notícia no site do jornal Marca.

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Este é o terceiro negócio na Liga espanhola que envolve um comprador externo, seguindo-se às compras no ano passado do Málaga por um membro da família real do Qatar e do Racing Santander por um empresário indiano. Os grandes investimentos têm acontecido, no entanto, em Inglaterra, embora em Itália um consórcio de investidores norte-americano tenha adquirido este mês, por 50 milhões de euros, a AS Roma, que passa a ser o único clube do campeonato italiano controlado por estrangeiros.

Na Premier League, Manchester United, Arsenal, Liverpool, Chelsea e Manchester City já são controlados por investidores estrangeiros que têm injectado muitos milhões de euros. O mais mediático é o russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea, mas o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, que controla o Manchester City, lidera a tabela dos donos de clubes de futebol mais ricos. A compra de equipas inglesas por multimilionários tem motivado fortes protestos dos adeptos. No Emirates Stadium, estádio do Arsenal, é habitual ver-se a mensagem "Love Arsenal - Hate Usmanov" (Amo o Arsenal - Odeio Usmanov) contra o magnata do Uzbequistão que detém a maioria das acções dos londrinos e em Manchester a compra do United por Malcolm Glazer levou alguns adeptos a fundar um novo clube: o FC United.

Em Portugal, o Boavista chegou a estar em negociações com a Red Bull, num negócio que implicaria a mudança do nome do clube, mas as duas partes não chegaram a acordo.

Há cada vez mais emblemas europeus nas mãos de magnatas ou grupos empresariais. Inglaterra e Espanha têm sido os mercados preferenciais. Em Portugal a tendência ainda não pegou

O nome, para já, mantém-se inalterado, mas o Getafe vai envergar nas camisolas, no estádio e em todo o material de merchandising a designação "Team Dubai". Este é o resultado das negociações entre a equipa da Liga espanhola e o consórcio Royal Emirates, do Dubai, que resultou na venda do clube dos arredores de Madrid por um valor de cerca de 62 milhões de euros. Tal como aconteceu no passado com a compra do Manchester United pelo norte-americano Malcolm Glazer ou do Arsenal pelo uzbeque Alisher Usmanov, os adeptos estão contra.

A confirmação oficial chegou ontem com pompa e circunstância no imponente Hotel Burj al Arab, de sete estrelas, no Dubai: o Royal Emirates Group promete "injectar sangue novo na equipa nos próximos anos". Em troca do controlo dos espanhóis, que na última época terminaram no sexto lugar, o grupo árabe que detém mais de 200 empresas nas áreas do petróleo, energias renováveis, saúde e turismo paga 62 milhões de euros e acrescenta a denominação "Team Dubai" em praticamente tudo o que pertence ao Getafe.

O negócio desagrada a grande parte dos adeptos da equipa espanhola. "O que é isso de "Team Dubai"? Somos o Getafe FC"; "Óptimo negócio para o presidente, péssimo para os adeptos" e "Ódio ao futebol moderno" eram alguns dos comentários à notícia no site do jornal Marca.

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Este é o terceiro negócio na Liga espanhola que envolve um comprador externo, seguindo-se às compras no ano passado do Málaga por um membro da família real do Qatar e do Racing Santander por um empresário indiano. Os grandes investimentos têm acontecido, no entanto, em Inglaterra, embora em Itália um consórcio de investidores norte-americano tenha adquirido este mês, por 50 milhões de euros, a AS Roma, que passa a ser o único clube do campeonato italiano controlado por estrangeiros.

Na Premier League, Manchester United, Arsenal, Liverpool, Chelsea e Manchester City já são controlados por investidores estrangeiros que têm injectado muitos milhões de euros. O mais mediático é o russo Roman Abramovich, proprietário do Chelsea, mas o xeque Mansour bin Zayed Al Nahyan, que controla o Manchester City, lidera a tabela dos donos de clubes de futebol mais ricos. A compra de equipas inglesas por multimilionários tem motivado fortes protestos dos adeptos. No Emirates Stadium, estádio do Arsenal, é habitual ver-se a mensagem "Love Arsenal - Hate Usmanov" (Amo o Arsenal - Odeio Usmanov) contra o magnata do Uzbequistão que detém a maioria das acções dos londrinos e em Manchester a compra do United por Malcolm Glazer levou alguns adeptos a fundar um novo clube: o FC United.

Em Portugal, o Boavista chegou a estar em negociações com a Red Bull, num negócio que implicaria a mudança do nome do clube, mas as duas partes não chegaram a acordo.

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