Da falta de noção do ridículo (actualizado)

14-08-2015
marcar artigo

Eu bem sei que, para a Sra. Arq. Fernanda Vara, os procedimentos legais são uma maçada. Por ora, sem querer aborrecer ninguém com questões jurídicas, mas investido do dever patriótico de provocar uma gargalhada matinal aos leitores do 5dias, partilho a hilariante acta da Assembleia Geral da Ordem dos Arquitectos presidida pela referida Sra. Arq. e que aqui descrevi. Assim que tenha tempo, colocarei algumas notas que apimentam a risada. Aqui fica o texto (obtido aqui):

______________________________

Ao nono dia do mês de Junho do ano de dois mil e dez, na Sede da Ordem dos Arquitectos Portugueses, sita na Travessa do Carvalho, nº 23, em Lisboa, reuniu a Assembleia-Geral da Ordem dos Arquitectos em sessão Extraordinária, com a presença de vinte sete membros (no Ponto um da Ordem de Trabalhos e depois de trinta e três membros) em pleno exercício dos seus direitos, sendo a Mesa constituída pela Secretária, Arquitecta Fernanda Vara, e pelo membro suplente Arquitecto Fernando Sanchez Salvador, por impedimento do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Arquitecto Eduardo Souto Moura, pelo Vice-Presidente Arquitecto Carlos Prata (em espírito) e pelo Secretário Arquitecto João Cabral (em espírito), com a seguinte Ordem de Trabalhos :

Ponto um Aprovação da Acta da Assembleia-Geral de 11.02.2010

Ponto dois Aprovação das Contas de 2009

Ponto três Aprovação do Orçamento da Ordem dos Arquitectos para 2010

Ponto quatro Criação da Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa APSFL

Ponto cinco Criação das novas Secções Regionais da Madeira e dos Açores

Ponto seis Criação do Colégio de especialidade – Gestão e Direcção de Obra

Depois do Presidente em exercício ter cumprimentado os membros da Assembleia (Isto é que é mesmo interessante que fique registado para a posteridade porque, de acordo com esta acta, foram as suas primeiras e últimas palavras), deu início aos trabalhos.

Foram colocadas algumas questões prévias no início da sessão:

Troca do Ponto seis com o Ponto cinco da Ordem de Trabalhos (Quem propôs? Porquê?). Aprovado (Por quem?)

Moção apresentada pelo Arquitecto Luís Vilhena sobre a proposta de discussão prévia da

criação da nova Secção Regional da Madeira.

Requerimento à Mesa apresentado pelo Arquitecto Luís Afonso sobre “Ajustes Directos da

PARQUE ESCOLAR E.P.E.”.

Segundo esclarecimento do Arquitecto Tiago Montepegado, fundamentado num parecer jurídico sobre uma questão idêntica (oops! Então a Sra. Presidente não disse que era um parecer sobre aquela questão em concreto? Não falou num email que haviam acabado de receber…) , colocada anteriormente (anexo) (e o anexo?), não há admissibilidade dos dois documentos referidos e nesse sentido não foram aceites (a “moção” não dizia respeito a um ponto da Ordem de Trabalhos? Que vontade que tenho de ver este “parecer”…) . Devem estes serem propostos ao CDN da OA, para a próxima Assembleia-Geral, sendo a discussão dos pontos a incluir previamente na Ordem de Trabalhos (Quem faz os pontos da Ordem de Trabalhos é o CDN? Então a Mesa da Assembleia Geral serve para…). Na próxima reunião serão debatidos, sob compromisso da OA (Quem deu este compromisso? OA? Não me lembro de haver ninguém com este nome).

No Ponto um – Aprovação da Acta da Assembleia-Geral de 11.02.2010.

Com vinte sete membros presentes, a acta foi aprovada:

Aprovada com onze votos a favor, dezasseis abstenções e nenhum voto contra (os membros estagiários presentes na sala, também devem ter votado! Ainda bem) .

No Ponto dois – Aprovação das Contas de 2009

O Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arquitecto João Belo Rodeia fez a apresentação do

assunto  –  Aprovação das Contas de 2009. O Arquitecto Miguel Judas centrou-se no esclarecimento dos aspectos mais relevantes do sistema contabilístico, da reestruturação da base de dados, apuramento de resultados e resultados do exercício. Com trinta e três membros presentes, o Relatório e Contas de 2009 foi aprovado:

Aprovada com vinte seis votos a favor, sete abstenções e nenhum voto contra.

No Ponto três – Aprovação do Orçamento da Ordem dos Arquitectos para 2010

Ficou adiado para próxima Assembleia-Geral.

Justificação: problema técnico (Muito bom! Problema técnico! Não importa quem o declarou, quem solicitou que o ponto fosse retirado. Enfim, um problema técnico como esta acta, o Caso Freeport ou o inglês técnico do primeiro ministro)

No Ponto quatro – Criação da Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa APSFL

O Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arquitecto João Belo Rodeia fez a introdução ao tema

do ponto quatro (e disse…). A apresentação do conteúdo e recorte da Criação da Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa APSFL, foram feitos pela Arquitecta Leonor Cintra Gomes (e disse…). Foi dada explicação dobre os elaboração em curso dos Estatutos da referida Associação (quais?). (E ninguém exerceu o seu direito de intervenção … Problema técnico…)

Com trinta e três membros presentes, a Criação da Associação Trienal de Arquitectura de

Lisboa APSFL foi aprovada:

Aprovada com trinta votos a favor , três abstenções e nenhum voto contra.

No  Ponto cinco  (Ponto seis  –  passou a Ponto cinco, deliberado no início desta Assembleia,

sem votos contra)  – Criação do Colégio de Especialidade – Gestão e Direcção de Obra.

Este pedido de Criação do Colégio de Especialidade  – Gestão e Direcção de Obra foi apresentado pelo Presidente do Conselho de Delegados. O Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arquitecto João Belo Rodeia, fez a apresentação deste tema do ponto cinco (e disse…).

(E ninguém exerceu o seu direito de intervenção … Problema técnico…)

Com trinta e três membros presentes, a Criação do Colégio de Especialidade  –  Gestão e

Direcção de Obra, foi aprovada:

Aprovada com trinta e dois votos a favor, uma abstenção e nenhum voto contra.

No  Ponto seis – Criação das novas Secções Regionais da Madeira e dos Açores

Depois de colocada a questão da criação das referidas Secções Regionais, procedeu-se ao debate do tema. Com intervenções dos arquitectos Luís Vilhena (e disse…), J. Cristóvão (?)(e disse…), Tiago Montepegado (e disse…), Miguel Judas (e disse…), Telmo Cruz (e disse…), Tiago Mota Saraiva (e disse…), Fernando Martins(e disse…), Teresa Novais(e disse…), bem como de outros (que não têm nome para constar nesta magnífica acta) presentes na Assembleia (E o gato que tocava piano? Também miou?). A Arquitecta Leonor Cintra Gomes prestou esclarecimento sobre o processo de discussão da criação das novas Secções Regionais. O Presidente, Arquitecto João Belo Rodeia, clarificou algumas dúvidas (quais?) a ter conta na criação das novas Secções Regionais, tendo como referência central a magna questão “de como (“de como” merece estar a bold) a OA se habilita a estar mais perto dos associados e da arquitectura”. Depois de uma discussão viva e interessada sobre este tema (que querido!) , e cumprida a Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa em exercício deu por encerrada a Sessão desta Assembleia-Geral Extraordinária. (Sr. Presidente! E a proposta de criação das Secções? O que lhe aconteceu? Desapareceu?)

Da sessão foi lavrada a presente Acta que, depois de lida e aprovada em próxima Assembleia-

Geral, será assinada pela Mesa.

______________________________

Começo a perceber que os 190,00€ que pago por ano para fazer parte desta organização, dá livre acesso a estes espectáculos. É caro, mas os actores são esforçados e revelam know how.

Eu bem sei que, para a Sra. Arq. Fernanda Vara, os procedimentos legais são uma maçada. Por ora, sem querer aborrecer ninguém com questões jurídicas, mas investido do dever patriótico de provocar uma gargalhada matinal aos leitores do 5dias, partilho a hilariante acta da Assembleia Geral da Ordem dos Arquitectos presidida pela referida Sra. Arq. e que aqui descrevi. Assim que tenha tempo, colocarei algumas notas que apimentam a risada. Aqui fica o texto (obtido aqui):

______________________________

Ao nono dia do mês de Junho do ano de dois mil e dez, na Sede da Ordem dos Arquitectos Portugueses, sita na Travessa do Carvalho, nº 23, em Lisboa, reuniu a Assembleia-Geral da Ordem dos Arquitectos em sessão Extraordinária, com a presença de vinte sete membros (no Ponto um da Ordem de Trabalhos e depois de trinta e três membros) em pleno exercício dos seus direitos, sendo a Mesa constituída pela Secretária, Arquitecta Fernanda Vara, e pelo membro suplente Arquitecto Fernando Sanchez Salvador, por impedimento do Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Arquitecto Eduardo Souto Moura, pelo Vice-Presidente Arquitecto Carlos Prata (em espírito) e pelo Secretário Arquitecto João Cabral (em espírito), com a seguinte Ordem de Trabalhos :

Ponto um Aprovação da Acta da Assembleia-Geral de 11.02.2010

Ponto dois Aprovação das Contas de 2009

Ponto três Aprovação do Orçamento da Ordem dos Arquitectos para 2010

Ponto quatro Criação da Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa APSFL

Ponto cinco Criação das novas Secções Regionais da Madeira e dos Açores

Ponto seis Criação do Colégio de especialidade – Gestão e Direcção de Obra

Depois do Presidente em exercício ter cumprimentado os membros da Assembleia (Isto é que é mesmo interessante que fique registado para a posteridade porque, de acordo com esta acta, foram as suas primeiras e últimas palavras), deu início aos trabalhos.

Foram colocadas algumas questões prévias no início da sessão:

Troca do Ponto seis com o Ponto cinco da Ordem de Trabalhos (Quem propôs? Porquê?). Aprovado (Por quem?)

Moção apresentada pelo Arquitecto Luís Vilhena sobre a proposta de discussão prévia da

criação da nova Secção Regional da Madeira.

Requerimento à Mesa apresentado pelo Arquitecto Luís Afonso sobre “Ajustes Directos da

PARQUE ESCOLAR E.P.E.”.

Segundo esclarecimento do Arquitecto Tiago Montepegado, fundamentado num parecer jurídico sobre uma questão idêntica (oops! Então a Sra. Presidente não disse que era um parecer sobre aquela questão em concreto? Não falou num email que haviam acabado de receber…) , colocada anteriormente (anexo) (e o anexo?), não há admissibilidade dos dois documentos referidos e nesse sentido não foram aceites (a “moção” não dizia respeito a um ponto da Ordem de Trabalhos? Que vontade que tenho de ver este “parecer”…) . Devem estes serem propostos ao CDN da OA, para a próxima Assembleia-Geral, sendo a discussão dos pontos a incluir previamente na Ordem de Trabalhos (Quem faz os pontos da Ordem de Trabalhos é o CDN? Então a Mesa da Assembleia Geral serve para…). Na próxima reunião serão debatidos, sob compromisso da OA (Quem deu este compromisso? OA? Não me lembro de haver ninguém com este nome).

No Ponto um – Aprovação da Acta da Assembleia-Geral de 11.02.2010.

Com vinte sete membros presentes, a acta foi aprovada:

Aprovada com onze votos a favor, dezasseis abstenções e nenhum voto contra (os membros estagiários presentes na sala, também devem ter votado! Ainda bem) .

No Ponto dois – Aprovação das Contas de 2009

O Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arquitecto João Belo Rodeia fez a apresentação do

assunto  –  Aprovação das Contas de 2009. O Arquitecto Miguel Judas centrou-se no esclarecimento dos aspectos mais relevantes do sistema contabilístico, da reestruturação da base de dados, apuramento de resultados e resultados do exercício. Com trinta e três membros presentes, o Relatório e Contas de 2009 foi aprovado:

Aprovada com vinte seis votos a favor, sete abstenções e nenhum voto contra.

No Ponto três – Aprovação do Orçamento da Ordem dos Arquitectos para 2010

Ficou adiado para próxima Assembleia-Geral.

Justificação: problema técnico (Muito bom! Problema técnico! Não importa quem o declarou, quem solicitou que o ponto fosse retirado. Enfim, um problema técnico como esta acta, o Caso Freeport ou o inglês técnico do primeiro ministro)

No Ponto quatro – Criação da Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa APSFL

O Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arquitecto João Belo Rodeia fez a introdução ao tema

do ponto quatro (e disse…). A apresentação do conteúdo e recorte da Criação da Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa APSFL, foram feitos pela Arquitecta Leonor Cintra Gomes (e disse…). Foi dada explicação dobre os elaboração em curso dos Estatutos da referida Associação (quais?). (E ninguém exerceu o seu direito de intervenção … Problema técnico…)

Com trinta e três membros presentes, a Criação da Associação Trienal de Arquitectura de

Lisboa APSFL foi aprovada:

Aprovada com trinta votos a favor , três abstenções e nenhum voto contra.

No  Ponto cinco  (Ponto seis  –  passou a Ponto cinco, deliberado no início desta Assembleia,

sem votos contra)  – Criação do Colégio de Especialidade – Gestão e Direcção de Obra.

Este pedido de Criação do Colégio de Especialidade  – Gestão e Direcção de Obra foi apresentado pelo Presidente do Conselho de Delegados. O Presidente da Ordem dos Arquitectos, Arquitecto João Belo Rodeia, fez a apresentação deste tema do ponto cinco (e disse…).

(E ninguém exerceu o seu direito de intervenção … Problema técnico…)

Com trinta e três membros presentes, a Criação do Colégio de Especialidade  –  Gestão e

Direcção de Obra, foi aprovada:

Aprovada com trinta e dois votos a favor, uma abstenção e nenhum voto contra.

No  Ponto seis – Criação das novas Secções Regionais da Madeira e dos Açores

Depois de colocada a questão da criação das referidas Secções Regionais, procedeu-se ao debate do tema. Com intervenções dos arquitectos Luís Vilhena (e disse…), J. Cristóvão (?)(e disse…), Tiago Montepegado (e disse…), Miguel Judas (e disse…), Telmo Cruz (e disse…), Tiago Mota Saraiva (e disse…), Fernando Martins(e disse…), Teresa Novais(e disse…), bem como de outros (que não têm nome para constar nesta magnífica acta) presentes na Assembleia (E o gato que tocava piano? Também miou?). A Arquitecta Leonor Cintra Gomes prestou esclarecimento sobre o processo de discussão da criação das novas Secções Regionais. O Presidente, Arquitecto João Belo Rodeia, clarificou algumas dúvidas (quais?) a ter conta na criação das novas Secções Regionais, tendo como referência central a magna questão “de como (“de como” merece estar a bold) a OA se habilita a estar mais perto dos associados e da arquitectura”. Depois de uma discussão viva e interessada sobre este tema (que querido!) , e cumprida a Ordem de Trabalhos, o Presidente da Mesa em exercício deu por encerrada a Sessão desta Assembleia-Geral Extraordinária. (Sr. Presidente! E a proposta de criação das Secções? O que lhe aconteceu? Desapareceu?)

Da sessão foi lavrada a presente Acta que, depois de lida e aprovada em próxima Assembleia-

Geral, será assinada pela Mesa.

______________________________

Começo a perceber que os 190,00€ que pago por ano para fazer parte desta organização, dá livre acesso a estes espectáculos. É caro, mas os actores são esforçados e revelam know how.

marcar artigo