Variações em Lam de Artur Paredes; Verdes Anos como intérpretesA Artur Paredes caberá sempre o mérito de ter sido o grande reinventor da guitarra de Coimbra no séc. XX , descobrindo novos caminhos de apuramento de uma tradição. Esta é a marca do seu génio – ao contrário de tantos adeptos da salada fado-rock –, renovar, ou seja, continuar criativamente uma tradição no respeito pela mesma. Herdeiro de uma tradição familiar, que recebeu de seu pai, Gonçalo Paredes, e de seu tio, Manuel Paredes (e que passou a seu filho, Carlos Paredes), foi não só um virtuoso da guitarra coimbrã e um excelente compositor, mas também um estudioso, levando à construção de guitarras capazes de novas sonoridades, com a família Grácio, renomados artesãos.Artur Paredes foi, no séc. XX, a própria manifestação da alma eterna de Coimbra, bárbara e mourisca, que, como nenhuma outra cidade, é a própria corporização da Alma de Portugal.Jesus CarlosINSCRIÇÃOEu vi a luz em um país perdido.A minha alma é lânguida e inerme.Oh! Quem pudesse deslizar sem ruído!No chão sumir-se, como faz um verme...Camilo Pessanha
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Variações em Lam de Artur Paredes; Verdes Anos como intérpretesA Artur Paredes caberá sempre o mérito de ter sido o grande reinventor da guitarra de Coimbra no séc. XX , descobrindo novos caminhos de apuramento de uma tradição. Esta é a marca do seu génio – ao contrário de tantos adeptos da salada fado-rock –, renovar, ou seja, continuar criativamente uma tradição no respeito pela mesma. Herdeiro de uma tradição familiar, que recebeu de seu pai, Gonçalo Paredes, e de seu tio, Manuel Paredes (e que passou a seu filho, Carlos Paredes), foi não só um virtuoso da guitarra coimbrã e um excelente compositor, mas também um estudioso, levando à construção de guitarras capazes de novas sonoridades, com a família Grácio, renomados artesãos.Artur Paredes foi, no séc. XX, a própria manifestação da alma eterna de Coimbra, bárbara e mourisca, que, como nenhuma outra cidade, é a própria corporização da Alma de Portugal.Jesus CarlosINSCRIÇÃOEu vi a luz em um país perdido.A minha alma é lânguida e inerme.Oh! Quem pudesse deslizar sem ruído!No chão sumir-se, como faz um verme...Camilo Pessanha