MILHAFRE: O BLOGUE DO MIL, O FÓRUM DA LUSOFONIA: Há 111 anos nasceu o poeta galego Manuel António

21-01-2012
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A 12 de julho de 1900 nasce na vila piscatória de Rianjo o poeta e marinheiro Manuel António. De curta mas intensa biografia (morreu em 1930), o poeta e marinheiro Manuel António. De curta mas intensa biografia (morreu em 1930), profundamente comprometido com a ideia duma futura República Galega, publicou em vida um manifesto, Mais alá! (1922), em colaboração com o seu amigo e artista Álvaro Zebreiro, e o livro De quatro a quatro. Folhas sem data dum diário de bordo (1928), ao qual pertence um dos mais conhecidos poemas da poesia galega contemporânea.SÓSFomos ficando sóso Mar o barco e mais nós.Roubarom-nos o Solo paquete esmaltadoque cosia com linhas de fumoágeis quadros sem marco.Roubarom-nos o ventoaquele veleiro que se evadiupela corda frouxa do horizonte.Este océano desatracou das costase os ventos da Rosetaorientarom-se ao esquecimento.As nossas soedades vêm de tão longecomo as horas do relógio.Mas também sabemos da manobrados navios que fundeam a sotavento duma singradura.No quadrante estático das estrelasficou parada esta hora:o cadáver do Marfez do barco um cadaleito (=caixão).Fumo de cachimbo SaudadeNoite Silêncio FrioE ficamos nós sóssem o mar e sem o barcoNós


A 12 de julho de 1900 nasce na vila piscatória de Rianjo o poeta e marinheiro Manuel António. De curta mas intensa biografia (morreu em 1930), o poeta e marinheiro Manuel António. De curta mas intensa biografia (morreu em 1930), profundamente comprometido com a ideia duma futura República Galega, publicou em vida um manifesto, Mais alá! (1922), em colaboração com o seu amigo e artista Álvaro Zebreiro, e o livro De quatro a quatro. Folhas sem data dum diário de bordo (1928), ao qual pertence um dos mais conhecidos poemas da poesia galega contemporânea.SÓSFomos ficando sóso Mar o barco e mais nós.Roubarom-nos o Solo paquete esmaltadoque cosia com linhas de fumoágeis quadros sem marco.Roubarom-nos o ventoaquele veleiro que se evadiupela corda frouxa do horizonte.Este océano desatracou das costase os ventos da Rosetaorientarom-se ao esquecimento.As nossas soedades vêm de tão longecomo as horas do relógio.Mas também sabemos da manobrados navios que fundeam a sotavento duma singradura.No quadrante estático das estrelasficou parada esta hora:o cadáver do Marfez do barco um cadaleito (=caixão).Fumo de cachimbo SaudadeNoite Silêncio FrioE ficamos nós sóssem o mar e sem o barcoNós

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