Semanário O Diabo: Lusofonia em movimento

03-07-2011
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Considerando a lusofonia como a estratégia geopolítica por excelência para Portugal (por razões históricas mais que óbvias), recordo sempre as palavras de João Ferreira Dias, então presidente da Associação Portuguesa de Cultura Afro-Brasileira: “a lusofonia é uma complicação”. 
Referia-se ele à aparente má vontade, ou ineficácia, de todas as nações lusófonas e do seu órgão internacional, a CPLP, em levar a cabo fosse o que fosse em prol de tornar a lusofonia numa realidade geopolítica. No que toca à lusofonia, muito se fala mas pouco ou nada se aplica...
Felizmente, existem excepções. O Movimento Internacional Lusófono (MIL) é um desses raros casos, contando com um Conselho Consultivo que inclui elementos de quase todas as nações lusófonas (não descurando aquelas que se incluem noutros territórios nacionais, casos da Galiza e de Goa), dinamizando a fundação de uma revista semestral de formato académico e uma colecção de livros (“Nova Águia”, Zéfiro), criando o prémio de Personalidade Lusófona do Ano (atribuído em 2009 a Lauro Moreira, embaixador do Brasil em Portugal) e tentando intervir na vida política do triângulo, quer alertando o governo para várias situações quer de modo directo, como por exemplo nas recentes Presidenciais.
O último mês foi de grande actividade para o MIL. A abrir a semana, numa sessão presidida pelo Prof. Doutor Adriano Moreira na Academia das Ciências de Lisboa, foi entregue, na segunda-feira dia 21 de Fevereiro, o Prémio Personalidade Lusófona 2010 a D. Ximenes Belo, o bispo timorense defensor de que o futuro de Timor-Leste só poderia estar no espaço lusófono, pese embora as ambições anglo-saxónicas em relação ao território. No dia seguinte, a direcção do MIL convidou para seu presidente honorário o Dr. Fernando Nobre, membro do Instituto da Democracia Portuguesa (outro 'think tank' lusófono digno de nota) e terceiro candidato mais votado nas Eleições Presidenciais deste ano. 
Na passada semana culminou com a sessão de lançamento da obra “Fernando Nobre, Diário de uma Campanha” (Zéfiro, 2011), da autoria do Dr. Renato Epifânio, presidente da direcção do MIL, director da “Nova Águia” e colaborador da “Finis Mundi. A sessão contou com a presença e intervenção do Dr. Fernando Nobre, já na sua qualidade de Presidente Honorário do Movimento Internacional Lusófono. E o ano ainda vai curto...
Flávio Gonçalves

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Considerando a lusofonia como a estratégia geopolítica por excelência para Portugal (por razões históricas mais que óbvias), recordo sempre as palavras de João Ferreira Dias, então presidente da Associação Portuguesa de Cultura Afro-Brasileira: “a lusofonia é uma complicação”. 
Referia-se ele à aparente má vontade, ou ineficácia, de todas as nações lusófonas e do seu órgão internacional, a CPLP, em levar a cabo fosse o que fosse em prol de tornar a lusofonia numa realidade geopolítica. No que toca à lusofonia, muito se fala mas pouco ou nada se aplica...
Felizmente, existem excepções. O Movimento Internacional Lusófono (MIL) é um desses raros casos, contando com um Conselho Consultivo que inclui elementos de quase todas as nações lusófonas (não descurando aquelas que se incluem noutros territórios nacionais, casos da Galiza e de Goa), dinamizando a fundação de uma revista semestral de formato académico e uma colecção de livros (“Nova Águia”, Zéfiro), criando o prémio de Personalidade Lusófona do Ano (atribuído em 2009 a Lauro Moreira, embaixador do Brasil em Portugal) e tentando intervir na vida política do triângulo, quer alertando o governo para várias situações quer de modo directo, como por exemplo nas recentes Presidenciais.
O último mês foi de grande actividade para o MIL. A abrir a semana, numa sessão presidida pelo Prof. Doutor Adriano Moreira na Academia das Ciências de Lisboa, foi entregue, na segunda-feira dia 21 de Fevereiro, o Prémio Personalidade Lusófona 2010 a D. Ximenes Belo, o bispo timorense defensor de que o futuro de Timor-Leste só poderia estar no espaço lusófono, pese embora as ambições anglo-saxónicas em relação ao território. No dia seguinte, a direcção do MIL convidou para seu presidente honorário o Dr. Fernando Nobre, membro do Instituto da Democracia Portuguesa (outro 'think tank' lusófono digno de nota) e terceiro candidato mais votado nas Eleições Presidenciais deste ano. 
Na passada semana culminou com a sessão de lançamento da obra “Fernando Nobre, Diário de uma Campanha” (Zéfiro, 2011), da autoria do Dr. Renato Epifânio, presidente da direcção do MIL, director da “Nova Águia” e colaborador da “Finis Mundi. A sessão contou com a presença e intervenção do Dr. Fernando Nobre, já na sua qualidade de Presidente Honorário do Movimento Internacional Lusófono. E o ano ainda vai curto...
Flávio Gonçalves

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