A excelente escolha de Passos Coelho

20-01-2012
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A excelente escolha de Passos Coelho

Primeiro lastimam-se que os partidos são entidades fechadas, desmotivantes, onde qualquer esforço de carreira terá de passar pela aborrecida iniciação no ‘circuito da carne assada’. Queixam-se da falta de mobilidade democrática na vida partidária e do sectarismo que lhe é inerente.

Depois, quando finalmente os partidos se abrem aos que têm voz na sociedade para além da partidocracia, chovem inesperadas (ou talvez não) recriminações: a política partidária, sentenciam alguns, é contrária a qualquer estatuto de independência; faltam doses indispensáveis de experiência a quem não se moldou devidamente na ‘carne assada’; ou não se sabe bem o que estes independentes pensam, entre muitas outras razões ainda mais deslocadas.

Resumindo: o PSD convidou Fernando Nobre porque este tem estatuto político e social mais do que suficiente para ser o número 1 por Lisboa. Porque os partidos do regime, se quiserem subsistir, terão de se agregar aos movimentos mais ou menos espontâneos da sociedade civil, ouvi-los e dar-lhes a relevância que estes merecem. Porque o PSD sabe bem que para atingir os seus objectivos de maioria absoluta tem de incorporar vozes do centro-esquerda – porque é aí que se ganham as eleições!

Todo o resto da vozearia parece-me um amontoado de ressabiamentos de quem preferiria ter Fernando Nobre ao seu lado em vez de o ver com Passos Coelho; e, também, daqueles que apregoam estridentemente a mudança nos partidos até ao momento exacto em que esta deixa de ser um mero anúncio para se tornar na realidade que eles, afinal, nunca quiseram…

A excelente escolha de Passos Coelho

Primeiro lastimam-se que os partidos são entidades fechadas, desmotivantes, onde qualquer esforço de carreira terá de passar pela aborrecida iniciação no ‘circuito da carne assada’. Queixam-se da falta de mobilidade democrática na vida partidária e do sectarismo que lhe é inerente.

Depois, quando finalmente os partidos se abrem aos que têm voz na sociedade para além da partidocracia, chovem inesperadas (ou talvez não) recriminações: a política partidária, sentenciam alguns, é contrária a qualquer estatuto de independência; faltam doses indispensáveis de experiência a quem não se moldou devidamente na ‘carne assada’; ou não se sabe bem o que estes independentes pensam, entre muitas outras razões ainda mais deslocadas.

Resumindo: o PSD convidou Fernando Nobre porque este tem estatuto político e social mais do que suficiente para ser o número 1 por Lisboa. Porque os partidos do regime, se quiserem subsistir, terão de se agregar aos movimentos mais ou menos espontâneos da sociedade civil, ouvi-los e dar-lhes a relevância que estes merecem. Porque o PSD sabe bem que para atingir os seus objectivos de maioria absoluta tem de incorporar vozes do centro-esquerda – porque é aí que se ganham as eleições!

Todo o resto da vozearia parece-me um amontoado de ressabiamentos de quem preferiria ter Fernando Nobre ao seu lado em vez de o ver com Passos Coelho; e, também, daqueles que apregoam estridentemente a mudança nos partidos até ao momento exacto em que esta deixa de ser um mero anúncio para se tornar na realidade que eles, afinal, nunca quiseram…

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