Fernando Nobre sai do Parlamento

04-07-2011
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Fernando Nobre foi uma aposta perdida de Passos Coelho Francisco Seco/AP

O cabeça de lista do PSD por Lisboa nas últimas legislativas, Fernando Nobre, renunciou ao mandato de deputado, após ter assistido a duas sessões plenárias, aquelas que foram destinadas à sua eleição falhada como presidente da Assembleia da República.

Fernando Nobre, que apresentou na sexta-feira a renúncia ao mandato, não compareceu à discussão do Programa do Governo, na quinta e sexta-feira da semana passada.

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) participou no dia 20 de junho na sessão plenária em que decorreram as duas votações para presidente da Assembleia das quais saiu derrotado, e na sessão de 21 de junho, que elegeu Assunção Esteves para aquele cargo.

Sem experiência política

Quando anunciou a desistência da eleição para a presidência do Parlamento, Fernando Nobre afirmou aos jornalistas que continuaria como deputado enquanto fosse "útil" ao país. "Continuarei a exercer as funções de deputado enquanto entender que a minha participação é útil ao país. Entendo que o país precisa de soluções rápidas e que se possa trabalhar. Nesse sentido, parto com a noção de dever cumprido", afirmou na altura.

Quando foi conhecida a sua indicação pelo PSD para este cargo, em abril, Fernando Nobre começou por afirmar ao semanário Expresso que não permaneceria como deputado caso não fosse eleito para a presidência da Assembleia da República, tendo, depois, recuado nessa declaração, confirmada agora por esta renúncia.

Sem experiência política, Fernando Nobre surpreendeu ao encabeçar a lista do PSD por Lisboa, cinco meses depois de ter sido terceiro mais votado, com 14,4% dos votos, nas presidenciais que reelegeram Cavaco Silva, em janeiro. Em fevereiro de 2010, Fernando Nobre anunciou a sua candidatura independente à Presidência da República "contra o sufoco partidário da vida pública" e "pelos que se desiludiram com a política".

Pégina do Facebook fechada

Pouco mais de um ano depois, em abril, o líder do PSD, Passos Coelho, anunciou "com satisfação" a sua integração nas listas do partido, e a intenção de propor o seu nome para presidente da Assembleia da República.

Os comentários negativos, alguns mesmo ofensivos, obrigaram Fernando Nobre a encerrar a sua página na rede social Facebook. No círculo de Lisboa, o PSD, com Fernando Nobre à cabeça, venceu com 34,1% dos votos, com menos de dois pontos de diferença em relação ao resultado conseguido em 2009 (36,35%) pela líder do partido e candidata a primeira-ministra, Manuela Ferreira Leite.

Formado em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi assistente (Anatomia e Embriologia) e especialista em Cirurgia Geral e Urologia, Fernando Nobre foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras, na Bélgica. Em 1984 fundou a AMI, à qual ainda preside. Como cirurgião, esteve envolvido em mais de 250 missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em mais de 70 países.

Em 2006, Fernando Nobre integrou a Comissão de Honra da candidatura presidencial de Mário Soares e, em 2009, foi mandatário nacional do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu. No mesmo ano, fez parte da Comissão de Honra da candidatura do social-democrata António Capucho à Câmara de Cascais.

Fernando Nobre foi uma aposta perdida de Passos Coelho Francisco Seco/AP

O cabeça de lista do PSD por Lisboa nas últimas legislativas, Fernando Nobre, renunciou ao mandato de deputado, após ter assistido a duas sessões plenárias, aquelas que foram destinadas à sua eleição falhada como presidente da Assembleia da República.

Fernando Nobre, que apresentou na sexta-feira a renúncia ao mandato, não compareceu à discussão do Programa do Governo, na quinta e sexta-feira da semana passada.

O presidente da Assistência Médica Internacional (AMI) participou no dia 20 de junho na sessão plenária em que decorreram as duas votações para presidente da Assembleia das quais saiu derrotado, e na sessão de 21 de junho, que elegeu Assunção Esteves para aquele cargo.

Sem experiência política

Quando anunciou a desistência da eleição para a presidência do Parlamento, Fernando Nobre afirmou aos jornalistas que continuaria como deputado enquanto fosse "útil" ao país. "Continuarei a exercer as funções de deputado enquanto entender que a minha participação é útil ao país. Entendo que o país precisa de soluções rápidas e que se possa trabalhar. Nesse sentido, parto com a noção de dever cumprido", afirmou na altura.

Quando foi conhecida a sua indicação pelo PSD para este cargo, em abril, Fernando Nobre começou por afirmar ao semanário Expresso que não permaneceria como deputado caso não fosse eleito para a presidência da Assembleia da República, tendo, depois, recuado nessa declaração, confirmada agora por esta renúncia.

Sem experiência política, Fernando Nobre surpreendeu ao encabeçar a lista do PSD por Lisboa, cinco meses depois de ter sido terceiro mais votado, com 14,4% dos votos, nas presidenciais que reelegeram Cavaco Silva, em janeiro. Em fevereiro de 2010, Fernando Nobre anunciou a sua candidatura independente à Presidência da República "contra o sufoco partidário da vida pública" e "pelos que se desiludiram com a política".

Pégina do Facebook fechada

Pouco mais de um ano depois, em abril, o líder do PSD, Passos Coelho, anunciou "com satisfação" a sua integração nas listas do partido, e a intenção de propor o seu nome para presidente da Assembleia da República.

Os comentários negativos, alguns mesmo ofensivos, obrigaram Fernando Nobre a encerrar a sua página na rede social Facebook. No círculo de Lisboa, o PSD, com Fernando Nobre à cabeça, venceu com 34,1% dos votos, com menos de dois pontos de diferença em relação ao resultado conseguido em 2009 (36,35%) pela líder do partido e candidata a primeira-ministra, Manuela Ferreira Leite.

Formado em Medicina pela Universidade Livre de Bruxelas, onde foi assistente (Anatomia e Embriologia) e especialista em Cirurgia Geral e Urologia, Fernando Nobre foi administrador dos Médicos Sem Fronteiras, na Bélgica. Em 1984 fundou a AMI, à qual ainda preside. Como cirurgião, esteve envolvido em mais de 250 missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em mais de 70 países.

Em 2006, Fernando Nobre integrou a Comissão de Honra da candidatura presidencial de Mário Soares e, em 2009, foi mandatário nacional do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu. No mesmo ano, fez parte da Comissão de Honra da candidatura do social-democrata António Capucho à Câmara de Cascais.

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