Bar Velho Online: Radares e caça à multa

01-07-2011
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É com alguma curiosidade que presto uma maior atenção aos e-mails que me enviam sobre os radares instalados nas cidades e respectivas periferias, para detectarem infracções de trânsito. Onde o portuga pensa que pode infringir sem ser apanhado e aproveita para abusar desse instinto de libertinagem que tem, é onde agora é "caçado". Dou a mesma atenção às notícias que circulam na comunicação social a propósito desta matéria.Não posso deixar de me rir quando vejo sempre os comentários do costume. Comentários esses que têm origem em cidadãos ansiosos de dar mais azo a essa libertinagem e sem respeito ou cuidado para com o próximo. Apelidam os radares de caça à multa. E ainda chamam de "sacanas" e de "pulhas", os tipos que têm a ideia de avançar com estas medidas, bem como acusam a polícia de perseguição.Meus amigos, muito fraca ainda está a lei para os infractores. Muito poucos e limitados ainda são os recursos. Um carro nas mãos é pior que uma arma. Uma arma desfere um golpe numa determinada área do corpo, podendo ser mortal ou não. Um automóvel, pelo contrário, apanha praticamente o corpo todo. Tudo o que envolva acidentes de viação, tem uma maior probabilidade de ser mortal do que um golpe desferido por uma arma.Passar um contínuo, passar três faixas num raio de 20 metros, não saber circular numa rotunda, enfim... o que for, atrapalha o trânsito, e pode resultar em acidentes. O Código de Estrada não surgiu para atrapalhar a vida a ninguém. O Código de Estrada surgiu para colocar ordem e para que ninguém seja prejudicado.As multas e as coimas, no meu entender, ainda não se revelam adequadas. Já se aproximam um pouco do ideal, mas ainda não são as adequadas. As restantes sanções também não parecem ser as ideais. É com algum desagrado que vejo que os tribunais só se atrevem a mandar alguém preso após a terceira vez, e muitas vezes é pena suspensa. Não podem ser tão brandos.Quanto aos radares, acho uma das poucas ideias brilhantes dos políticos e das forças de segurança nos últimos anos. Aplaudo a inauguração de cada radar e saúdo cada agente da autoridade que se esconde numa ponte, no meio do mato, ou num carro à civil, pronto a apanhar os infractores. Se ganham com isso, se se regozijam por isso, que seja! Os condutores que não lhes dêem motivos para sorrir e para ganhar a vida à custa disso: cumpram a lei.


É com alguma curiosidade que presto uma maior atenção aos e-mails que me enviam sobre os radares instalados nas cidades e respectivas periferias, para detectarem infracções de trânsito. Onde o portuga pensa que pode infringir sem ser apanhado e aproveita para abusar desse instinto de libertinagem que tem, é onde agora é "caçado". Dou a mesma atenção às notícias que circulam na comunicação social a propósito desta matéria.Não posso deixar de me rir quando vejo sempre os comentários do costume. Comentários esses que têm origem em cidadãos ansiosos de dar mais azo a essa libertinagem e sem respeito ou cuidado para com o próximo. Apelidam os radares de caça à multa. E ainda chamam de "sacanas" e de "pulhas", os tipos que têm a ideia de avançar com estas medidas, bem como acusam a polícia de perseguição.Meus amigos, muito fraca ainda está a lei para os infractores. Muito poucos e limitados ainda são os recursos. Um carro nas mãos é pior que uma arma. Uma arma desfere um golpe numa determinada área do corpo, podendo ser mortal ou não. Um automóvel, pelo contrário, apanha praticamente o corpo todo. Tudo o que envolva acidentes de viação, tem uma maior probabilidade de ser mortal do que um golpe desferido por uma arma.Passar um contínuo, passar três faixas num raio de 20 metros, não saber circular numa rotunda, enfim... o que for, atrapalha o trânsito, e pode resultar em acidentes. O Código de Estrada não surgiu para atrapalhar a vida a ninguém. O Código de Estrada surgiu para colocar ordem e para que ninguém seja prejudicado.As multas e as coimas, no meu entender, ainda não se revelam adequadas. Já se aproximam um pouco do ideal, mas ainda não são as adequadas. As restantes sanções também não parecem ser as ideais. É com algum desagrado que vejo que os tribunais só se atrevem a mandar alguém preso após a terceira vez, e muitas vezes é pena suspensa. Não podem ser tão brandos.Quanto aos radares, acho uma das poucas ideias brilhantes dos políticos e das forças de segurança nos últimos anos. Aplaudo a inauguração de cada radar e saúdo cada agente da autoridade que se esconde numa ponte, no meio do mato, ou num carro à civil, pronto a apanhar os infractores. Se ganham com isso, se se regozijam por isso, que seja! Os condutores que não lhes dêem motivos para sorrir e para ganhar a vida à custa disso: cumpram a lei.

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