Linha do Horizonte: Crise psicológica

01-07-2011
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O vergonhoso resultado que ontem o FC Porto conseguiu no Estádio do Dragão é o sinal mais grave da profunda doença que tem evoluído há vários meses e vem tolhendo todo o plantel. O percurso da equipa ao longo desta época tem-se degradado progressivamente e o descalabro parece não ter limite pois a cada má exibição sucede outra ainda pior. Os jogadores revelam uma falta de confiança que não lhes permite mostrar em campo toda a qualidade que já provaram ter noutras épocas.O problema do FC Porto parece não estar na qualidade dos jogadores ou na competência dos treinadores, como muitas vezes adeptos mais emotivos querem crer. A perturbação da equipa deve-se, isso sim, a uma debilidade psicológica dos jogadores que nasce e se alimenta da falta de orientação e de controlo na cadeia de comando. O discurso que Fernandez usou, ao referir-se muitas vezes ao "azar" para explicar as derrotas, também foi decisivo para a desmotivação dos jogadores. Ao introduzir este factor subjectivo e incontrolável, que não se pode eliminar pelo treino, está-se a desencadear sentimentos de desânimo e a sugerir o recurso a superstições milagrosas como substituto do trabalho e da táctica.O trabalho de José Couceiro deve focar-se na recuperação psicológica da equipa. Para isso, deve mostrar aos jogadores que as derrotas e os maus resultados têm causas concretas e susceptíveis de serem corrigidas pelo trabalho e não são devidas a factores externos ocultos como o "azar".


O vergonhoso resultado que ontem o FC Porto conseguiu no Estádio do Dragão é o sinal mais grave da profunda doença que tem evoluído há vários meses e vem tolhendo todo o plantel. O percurso da equipa ao longo desta época tem-se degradado progressivamente e o descalabro parece não ter limite pois a cada má exibição sucede outra ainda pior. Os jogadores revelam uma falta de confiança que não lhes permite mostrar em campo toda a qualidade que já provaram ter noutras épocas.O problema do FC Porto parece não estar na qualidade dos jogadores ou na competência dos treinadores, como muitas vezes adeptos mais emotivos querem crer. A perturbação da equipa deve-se, isso sim, a uma debilidade psicológica dos jogadores que nasce e se alimenta da falta de orientação e de controlo na cadeia de comando. O discurso que Fernandez usou, ao referir-se muitas vezes ao "azar" para explicar as derrotas, também foi decisivo para a desmotivação dos jogadores. Ao introduzir este factor subjectivo e incontrolável, que não se pode eliminar pelo treino, está-se a desencadear sentimentos de desânimo e a sugerir o recurso a superstições milagrosas como substituto do trabalho e da táctica.O trabalho de José Couceiro deve focar-se na recuperação psicológica da equipa. Para isso, deve mostrar aos jogadores que as derrotas e os maus resultados têm causas concretas e susceptíveis de serem corrigidas pelo trabalho e não são devidas a factores externos ocultos como o "azar".

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