César & Dama

01-05-2015
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Suponhamos que uma determinada fábrica descobre que colocou no mercado um lote avariado. Mandam as boas práticas que alerte os consumidores do seu erro, que retire o lote do mercado e que garanta que tudo será feito para que o erro não se volte a repetir. Só este comportamento permitirá, a longo prazo, que a fábrica mantenha a sua credibilidade no mercado. Só que, a curto prazo, este anúncio gerará necessariamente alguma desconfiança.

Consideremos que Marques Mendes é a fábrica, e Carmona Rodrigues o lote que a fábrica decidiu retirar do mercado. A longo prazo (e a confirmar-se a avaria), Marques Mendes verá a sua credibilidade reforçada. Mas, a curto prazo, é natural que o eleitorado desconfie das suas escolhas – sobretudo se não vislumbrar melhorias no processo de selecção.

Pertencendo as eleições intercalares ao domínio do curto prazo, só haveria uma forma do eleitorado não punir o PSD: se este escolhesse um candidato maior do que Marques Mendes, isto é, um candidato com virtudes e capacidades de tal modo evidentes que não necessitassem do selo de qualidade do líder do partido.

Não foi isso que sucedeu. Marques Mendes escolheu Fernando Negrão, escolha que está longe de ser óbvia. Porque é que Negrão é um bom candidato para Lisboa? Porque Marques Mendes disse que sim? Lamento, mas não chega.

Suponhamos que uma determinada fábrica descobre que colocou no mercado um lote avariado. Mandam as boas práticas que alerte os consumidores do seu erro, que retire o lote do mercado e que garanta que tudo será feito para que o erro não se volte a repetir. Só este comportamento permitirá, a longo prazo, que a fábrica mantenha a sua credibilidade no mercado. Só que, a curto prazo, este anúncio gerará necessariamente alguma desconfiança.

Consideremos que Marques Mendes é a fábrica, e Carmona Rodrigues o lote que a fábrica decidiu retirar do mercado. A longo prazo (e a confirmar-se a avaria), Marques Mendes verá a sua credibilidade reforçada. Mas, a curto prazo, é natural que o eleitorado desconfie das suas escolhas – sobretudo se não vislumbrar melhorias no processo de selecção.

Pertencendo as eleições intercalares ao domínio do curto prazo, só haveria uma forma do eleitorado não punir o PSD: se este escolhesse um candidato maior do que Marques Mendes, isto é, um candidato com virtudes e capacidades de tal modo evidentes que não necessitassem do selo de qualidade do líder do partido.

Não foi isso que sucedeu. Marques Mendes escolheu Fernando Negrão, escolha que está longe de ser óbvia. Porque é que Negrão é um bom candidato para Lisboa? Porque Marques Mendes disse que sim? Lamento, mas não chega.

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