Zon dispara 7% num dia positivo em Lisboa

10-11-2014
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Zon dispara 7% num dia positivo em Lisboa

Margarida Vaqueiro Lopes

25 Out 2010

Os títulos das telecomunicações brilharam em Lisboa, com a Zon a viver a melhor sessão em dois anos e a PT em máximos de uma década.

O índice que reúne as principais cotadas portugueses, o PSI 20, avançou 0,70% para 7.986,00 pontos, em linha com o Dax alemão e o FTSE londrino, depois da reunião do G20, este fim-de-semana, ter resultado um compromisso para evitar uma "guerra cambial".

Por cá, as atenções dos investidores voltaram a estar viradas para a discussão do Orçamento do Estado, numa altura em que as delegações do Governo e do PSD se preparam para nova reunião, no Parlamento. É o quarto encontro em três dias para tentar chegar a um entendimento sobre o OE.

"Em Lisboa, o destaque vai mesmo para o fraco volume de negócios, com os investidores numa posição 'wait-to-see' antes de se saber se haverá acordo para a viabilização do Orçamento", explicou João de Deus, analista da Dif Broker, ao Económico. Hoje, trocaram de mãos cerca de 32,5 milhões de acções, no PSI 20, abaixo da média diária deste ano.

A brilhar, em Lisboa, estiveram as telecom, com a Zon a acelerar 7,03% para 3,63 euros, o melhor desempenho desde Outubro de 2008. Isto depois de a empresa ter informado o mercado, na passada sexta-feira, que garantiu um lucro de 31,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 10% face a período homólogo. O resultado ficou em linha com o esperado pelos analistas.

A dona da TV Cabo está também a beneficiar da revisão em alta do HSBC para a empresa. O banco britânico reviu o seu 'target' para a telecom, de 4,6 euros para 4,8 euros, mantendo a recomendação de 'overweight'.

"Os resultados foram bons e o ‘upgrade' do HSBC é positivo, o que torna o título mais atractivo", explicou João de Deus. O analista da Dif Broker sublinhou ainda que "a Zon está também a recuperar dos mínimos de dois anos atingidos no final de Setembro".

Também o Barclays libertou hoje uma nota de análise onde revê em alta as estimativas de receitas da operadora para 2011 e 2012, e na qual antecipa uma subida do dividendo atribuído pela empresa para 2012.

A Sonaecom acompanhou o bom desempenho do sector português e valorizou 3,06%. "Sempre que a Zon valoriza a Sonaecom acompanha, isto porque volta à memória dos investidores a especulação em torno de uma fusão", explicou o mesmo perito.

Ainda nas telecomunicações, a Portugal Telecom avançou 1,22%, e foi mesmo das que mais subiu na Europa, segundo o índice da Bloomberg para o sector. A operadora nacional fechou a negociar em máximos de uma década, nos 10,37 euros.

A puxar pelo índice esteve também a Galp, que subiu 0,34% para 13,29 euros. A petrolífera assinou ontem dois contratos com o Governo da Venezuela, sendo que o primeiro diz respeito a um estudo para verificar a possibilidade do Porto de Sines se poder afirmar como uma plataforma de distribuição do petróleo venezuelano para a Europa e o Mediterrâneo. Já o segundo visa a constituição de uma empresa mista de transporte e liquidificação de gás natural.

Na sexta-feira, a empresa liderada por Manuel Ferreira de Oliveira confirmou o potencial de petróleo leve num poço explorado em consórcio nas águas ultra-profundas da Bacia de Santos, no Brasil.

A dar energia ao PSI 20 esteve ainda a EDP, que acelerou 0,22% para 2,69 euros. A eléctrica liderada por António Mexia comunicou na sexta-feira a venda da sua posição de 21% na DECA II, que controla a maior distribuidora de electricidade na Guatelama, por 92 milhões de euros. Com esta venda, a eléctrica portuguesa põe um ponto final na ligação com a Iberdrola, uma vez que este era o último activo que detinha em parceria com a empresa.

A banca nacional fechou sem tendência definida, com o BPI e o BCP a ganhar 0,22% e 0,3%, respectivamente, enquanto o BES escorregou 0,22%.

Fora do PSI 20, as acções do Banif afundaram 7,56% para 1,10 euros, depois de o banco anunciar um aumento de capital no valor de 80 milhões de euros, na sexta-feira. O Banif vai emitir até 80 milhões de acções, que serão vendidas a um euro, 10% abaixo da cotação actual.

Acompanhe todas as notícias:

Zon dispara 7% num dia positivo em Lisboa

Margarida Vaqueiro Lopes

25 Out 2010

Os títulos das telecomunicações brilharam em Lisboa, com a Zon a viver a melhor sessão em dois anos e a PT em máximos de uma década.

O índice que reúne as principais cotadas portugueses, o PSI 20, avançou 0,70% para 7.986,00 pontos, em linha com o Dax alemão e o FTSE londrino, depois da reunião do G20, este fim-de-semana, ter resultado um compromisso para evitar uma "guerra cambial".

Por cá, as atenções dos investidores voltaram a estar viradas para a discussão do Orçamento do Estado, numa altura em que as delegações do Governo e do PSD se preparam para nova reunião, no Parlamento. É o quarto encontro em três dias para tentar chegar a um entendimento sobre o OE.

"Em Lisboa, o destaque vai mesmo para o fraco volume de negócios, com os investidores numa posição 'wait-to-see' antes de se saber se haverá acordo para a viabilização do Orçamento", explicou João de Deus, analista da Dif Broker, ao Económico. Hoje, trocaram de mãos cerca de 32,5 milhões de acções, no PSI 20, abaixo da média diária deste ano.

A brilhar, em Lisboa, estiveram as telecom, com a Zon a acelerar 7,03% para 3,63 euros, o melhor desempenho desde Outubro de 2008. Isto depois de a empresa ter informado o mercado, na passada sexta-feira, que garantiu um lucro de 31,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 10% face a período homólogo. O resultado ficou em linha com o esperado pelos analistas.

A dona da TV Cabo está também a beneficiar da revisão em alta do HSBC para a empresa. O banco britânico reviu o seu 'target' para a telecom, de 4,6 euros para 4,8 euros, mantendo a recomendação de 'overweight'.

"Os resultados foram bons e o ‘upgrade' do HSBC é positivo, o que torna o título mais atractivo", explicou João de Deus. O analista da Dif Broker sublinhou ainda que "a Zon está também a recuperar dos mínimos de dois anos atingidos no final de Setembro".

Também o Barclays libertou hoje uma nota de análise onde revê em alta as estimativas de receitas da operadora para 2011 e 2012, e na qual antecipa uma subida do dividendo atribuído pela empresa para 2012.

A Sonaecom acompanhou o bom desempenho do sector português e valorizou 3,06%. "Sempre que a Zon valoriza a Sonaecom acompanha, isto porque volta à memória dos investidores a especulação em torno de uma fusão", explicou o mesmo perito.

Ainda nas telecomunicações, a Portugal Telecom avançou 1,22%, e foi mesmo das que mais subiu na Europa, segundo o índice da Bloomberg para o sector. A operadora nacional fechou a negociar em máximos de uma década, nos 10,37 euros.

A puxar pelo índice esteve também a Galp, que subiu 0,34% para 13,29 euros. A petrolífera assinou ontem dois contratos com o Governo da Venezuela, sendo que o primeiro diz respeito a um estudo para verificar a possibilidade do Porto de Sines se poder afirmar como uma plataforma de distribuição do petróleo venezuelano para a Europa e o Mediterrâneo. Já o segundo visa a constituição de uma empresa mista de transporte e liquidificação de gás natural.

Na sexta-feira, a empresa liderada por Manuel Ferreira de Oliveira confirmou o potencial de petróleo leve num poço explorado em consórcio nas águas ultra-profundas da Bacia de Santos, no Brasil.

A dar energia ao PSI 20 esteve ainda a EDP, que acelerou 0,22% para 2,69 euros. A eléctrica liderada por António Mexia comunicou na sexta-feira a venda da sua posição de 21% na DECA II, que controla a maior distribuidora de electricidade na Guatelama, por 92 milhões de euros. Com esta venda, a eléctrica portuguesa põe um ponto final na ligação com a Iberdrola, uma vez que este era o último activo que detinha em parceria com a empresa.

A banca nacional fechou sem tendência definida, com o BPI e o BCP a ganhar 0,22% e 0,3%, respectivamente, enquanto o BES escorregou 0,22%.

Fora do PSI 20, as acções do Banif afundaram 7,56% para 1,10 euros, depois de o banco anunciar um aumento de capital no valor de 80 milhões de euros, na sexta-feira. O Banif vai emitir até 80 milhões de acções, que serão vendidas a um euro, 10% abaixo da cotação actual.

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