Nesta hora: Seide

21-01-2012
marcar artigo


«Camilo Castelo Branco está a ser redescoberto pelos franceses. Mistérios de Lisboa, o filme de Raúl Ruiz que adapta ao cinema a obra homónima de Camilo, está em exibição em França, onde já ultrapassou os 100 mil espectadores. E o romance Mystères de Lisbonne, editado em França pela Michel Lafon, com uma tiragem de 15 mil exemplares, chegou ao top dos livros mais vendidos da Fnac Forum, no Forum Les Halles, no centro de Paris, a maior das lojas Fnac do país.No sábado passado, Camilo aparecia na banca dos livros mais vendidos da loja ao lado das edições francesas de O Cemitério de Praga, de Umberto Eco, O Homem que Gostava de Cães, de Leonardo Padura, e ainda Histoire D"Ici Et D"Ailleurs, de Luis Sepúlveda.»A notícia é do Público. E a adesão dos franceses à obra camiliana pode deixar-nos satisfeitos pelo reconhecimento de um dos nossos escritores em França, mas deve deixar-nos descontentes pelo pouco que pela sua obra se tem feito, designadamente no âmbito dos programas escolares. Camilo continua a ser um mestre - da escrita e do conhecimento e retrato da sociedade portuguesa. Continua a ser acutilante nas suas críticas e apreciações, quer dizer: é actual.Camilo Castelo Branco deveria ser de leitura obrigatória. Obrigatória, insisto.Imagino que Eco, Padura e Sepúlveda se sentirão honrados por acompanharem o nome de Camilo na lista dos mais vendidos...Já agora, que razão terá levado o Público a mencionar o título de Sepúlveda em francês, quando temos esse título já traduzido para português?[Foto: busto de Camilo Castelo Branco em Seide,Vila Nova de Famalicão]


«Camilo Castelo Branco está a ser redescoberto pelos franceses. Mistérios de Lisboa, o filme de Raúl Ruiz que adapta ao cinema a obra homónima de Camilo, está em exibição em França, onde já ultrapassou os 100 mil espectadores. E o romance Mystères de Lisbonne, editado em França pela Michel Lafon, com uma tiragem de 15 mil exemplares, chegou ao top dos livros mais vendidos da Fnac Forum, no Forum Les Halles, no centro de Paris, a maior das lojas Fnac do país.No sábado passado, Camilo aparecia na banca dos livros mais vendidos da loja ao lado das edições francesas de O Cemitério de Praga, de Umberto Eco, O Homem que Gostava de Cães, de Leonardo Padura, e ainda Histoire D"Ici Et D"Ailleurs, de Luis Sepúlveda.»A notícia é do Público. E a adesão dos franceses à obra camiliana pode deixar-nos satisfeitos pelo reconhecimento de um dos nossos escritores em França, mas deve deixar-nos descontentes pelo pouco que pela sua obra se tem feito, designadamente no âmbito dos programas escolares. Camilo continua a ser um mestre - da escrita e do conhecimento e retrato da sociedade portuguesa. Continua a ser acutilante nas suas críticas e apreciações, quer dizer: é actual.Camilo Castelo Branco deveria ser de leitura obrigatória. Obrigatória, insisto.Imagino que Eco, Padura e Sepúlveda se sentirão honrados por acompanharem o nome de Camilo na lista dos mais vendidos...Já agora, que razão terá levado o Público a mencionar o título de Sepúlveda em francês, quando temos esse título já traduzido para português?[Foto: busto de Camilo Castelo Branco em Seide,Vila Nova de Famalicão]

marcar artigo