Gaspar contradiz Passos e Portas na sobretaxa

24-01-2012
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20.DEZ.2011 12:59

Gaspar contradiz Passos e Portas na sobretaxa

Plenário da Assembleia da República , discussão do Orçamento do Estado para 2012 (Foto: Global Imagens)

O ministro das finanças defende que o corte nos subsídios de Natal deste ano foi uma opção do Governo e não uma imposição da troika

O ministro das Finanças diz que a medida da sobretaxa sobre o subsídio de Natal deste ano "foi uma opção do Governo", versão que embate na do primeiro-ministro e do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que disseram em entrevistas recentes que a medida foi imposta pela troika.

Na audição parlamentar sobre o Programa de Ajustamento, o deputado do PS, Fernando Medina perguntou ao ministro por que razão avançou o Governo na cobrança da sobretaxa sobre metade do subsídio de Natal de todos os portugueses e de quem foi a ideia.

Vítor Gaspar respondeu então que "a sobretaxa do IRS foi uma opção do Governo por imperativo de tomar medidas reais e efectivas para responder à dificuldade de execução orçamental de 2011". Esta dificuldade ficou patente "em Setembro quando o INE revelou a execução orçamental do segundo trimestre".

As medidas do aumento do IVA na energia e da sobretaxa foram a opção pois "estão num patamar superior" na hierarquia da qualidade das medidas de consolidação. Elas reduzem o défice de forma "real" e "efectiva", justificou Gaspar.

O Governo optou por tomar estas medidas para compensar a fraca qualidade da medida da transferência dos fundos de pensões nessa mesma hierarquia.

Em entrevista ao Público, Passos Coelho disse que a a medida da sobretaxa tinha sido imposta pela troika.

O ministro dos Negócios Estrangeiros também afastou que tenha sido uma opção do Governo, atribuindo a decisão à troika. "Foi necessário recorrer à sobretaxa sobre o subsidio de Natal deste ano para que o país desse um sinal claro de que pretende emendar as suas contas públicas e só nessa circunstância é que o triunvirato aceitou a receita extraordinária dos fundos de pensões", afirmou Paulo Portas em entrevista à RTP. Luís Reis Ribeiro

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O ministro das finanças defende que o corte nos subsídios de Natal deste ano foi uma opção do Governo e não uma imposição da troika

O ministro das Finanças diz que a medida da sobretaxa sobre o subsídio de Natal deste ano "foi uma opção do Governo", versão que embate na do primeiro-ministro e do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que disseram em entrevistas recentes que a medida foi imposta pela troika.

Na audição parlamentar sobre o Programa de Ajustamento, o deputado do PS, Fernando Medina perguntou ao ministro por que razão avançou o Governo na cobrança da sobretaxa sobre metade do subsídio de Natal de todos os portugueses e de quem foi a ideia.

Vítor Gaspar respondeu então que "a sobretaxa do IRS foi uma opção do Governo por imperativo de tomar medidas reais e efectivas para responder à dificuldade de execução orçamental de 2011". Esta dificuldade ficou patente "em Setembro quando o INE revelou a execução orçamental do segundo trimestre".

As medidas do aumento do IVA na energia e da sobretaxa foram a opção pois "estão num patamar superior" na hierarquia da qualidade das medidas de consolidação. Elas reduzem o défice de forma "real" e "efectiva", justificou Gaspar.

O Governo optou por tomar estas medidas para compensar a fraca qualidade da medida da transferência dos fundos de pensões nessa mesma hierarquia.

Em entrevista ao Público, Passos Coelho disse que a a medida da sobretaxa tinha sido imposta pela troika.

O ministro dos Negócios Estrangeiros também afastou que tenha sido uma opção do Governo, atribuindo a decisão à troika. "Foi necessário recorrer à sobretaxa sobre o subsidio de Natal deste ano para que o país desse um sinal claro de que pretende emendar as suas contas públicas e só nessa circunstância é que o triunvirato aceitou a receita extraordinária dos fundos de pensões", afirmou Paulo Portas em entrevista à RTP. Luís Reis Ribeiro

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