Parlamento chumba proposta de referendo à eutanásia

23-10-2020
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Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A proposta de referendo sobre a despenalização da eutanásia foi chumbada com os votos contra do PS, BE, PCP, PEV e PAN, e de nove deputados do PSD e das duas deputadas não inscritas (Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira). Na bancada social-democrata, os restantes deputados votaram a favor ao lado do CDS e do deputado único da Iniciativa Liberal. André Ventura, do Chega, não votou por se encontrar em campanha eleitoral nos Açores. Não foram registadas abstenções.

A proposta de referendo sobre a despenalização da eutanásia foi chumbada com os votos contra do PS, BE, PCP, PEV e PAN, e de nove deputados do PSD e das duas deputadas não inscritas (Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira). Na bancada social-democrata, os restantes deputados votaram a favor ao lado do CDS e do deputado único da Iniciativa Liberal. André Ventura, do Chega, não votou por se encontrar em campanha eleitoral nos Açores. Não foram registadas abstenções.

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Na bancada do PSD votaram contra a proposta os deputados Rui Rio (líder do PSD), André Coelho Lima, António Lima Costa, Mónica Quintela, Catarina Rocha Ferreira, Isabel Meireles, Márcia Passos, António Maló de Abreu e Sofia Matos, o que representa uma minoria em 79 parlamentares eleitos.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, apelou a que os deputados não anunciassem declarações de voto por causa da longa agenda parlamentar desta manhã. Só o deputado do PS Pedro Cegonho acabou por fazê-lo, o que desagradou ao Presidente.

A proposta nasceu de uma iniciativa popular de referendo, promovida pela Federação pela Vida, que recolheu mais de 95 mil assinaturas. No debate de quinta-feira, os deputados que se opõem à consulta popular argumentaram que a Assembleia da República é soberana para legislar sobre a matéria. Pelo contrário, os partidos favoráveis ao referendo defenderam que o Parlamento deveria permitir que os portugueses se pronunciassem e que essa opção não põe em causa a democracia representativa.

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A bancada do PSD foi a que se mostrou mais dividida: uma maioria defende o referendo mas o líder do partido votou contra e é favorável à despenalização da eutanásia. A decisão da direcção do PSD de conceder liberdade de voto foi polémica — como ficou visível na reunião da bancada — tendo em conta que o congresso de Fevereiro aprovou uma moção que propunha um referendo sobre a legalização da eutanásia.

Um dos mais críticos é o deputado Pedro Rodrigues, que acusa a direcção de Rui Rio de optar por “votar ao lado do PS, mostrando cerimónia na demarcação” dos socialistas. “Entre o PS e o eleitorado e militantes do PSD a direcção política do meu partido voltou a escolher estar ao lado do PS. Não é essa a posição da maioria dos militantes, nem do eleitorado do PSD”, declara o antigo líder da JSD.

Pedro Rodrigues considera que o PSD “perdeu mais uma oportunidade para liderar uma matéria sensível para o seu eleitorado” ao rejeitar a discussão no grupo parlamentar de o partido apresentar uma iniciativa de referendo.

Na proposta em discussão em plenário, caso fosse aprovada, a pergunta que seria colocada em referendo — “concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?” — também foi muito criticada no debate parlamentar de quinta-feira. Deputados de várias bancadas consideraram que a questão continha “um juízo moral” e até político.

Depois da proposta de referendo chumbada, mantêm-se os trabalhos para alcançar um texto comum sobre a despenalização da eutanásia tendo em conta os projectos de lei aprovados na generalidade em Fevereiro passado.

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A proposta de referendo sobre a despenalização da eutanásia foi chumbada com os votos contra do PS, BE, PCP, PEV e PAN, e de nove deputados do PSD e das duas deputadas não inscritas (Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira). Na bancada social-democrata, os restantes deputados votaram a favor ao lado do CDS e do deputado único da Iniciativa Liberal. André Ventura, do Chega, não votou por se encontrar em campanha eleitoral nos Açores. Não foram registadas abstenções.

A proposta de referendo sobre a despenalização da eutanásia foi chumbada com os votos contra do PS, BE, PCP, PEV e PAN, e de nove deputados do PSD e das duas deputadas não inscritas (Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira). Na bancada social-democrata, os restantes deputados votaram a favor ao lado do CDS e do deputado único da Iniciativa Liberal. André Ventura, do Chega, não votou por se encontrar em campanha eleitoral nos Açores. Não foram registadas abstenções.

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Na bancada do PSD votaram contra a proposta os deputados Rui Rio (líder do PSD), André Coelho Lima, António Lima Costa, Mónica Quintela, Catarina Rocha Ferreira, Isabel Meireles, Márcia Passos, António Maló de Abreu e Sofia Matos, o que representa uma minoria em 79 parlamentares eleitos.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, apelou a que os deputados não anunciassem declarações de voto por causa da longa agenda parlamentar desta manhã. Só o deputado do PS Pedro Cegonho acabou por fazê-lo, o que desagradou ao Presidente.

A proposta nasceu de uma iniciativa popular de referendo, promovida pela Federação pela Vida, que recolheu mais de 95 mil assinaturas. No debate de quinta-feira, os deputados que se opõem à consulta popular argumentaram que a Assembleia da República é soberana para legislar sobre a matéria. Pelo contrário, os partidos favoráveis ao referendo defenderam que o Parlamento deveria permitir que os portugueses se pronunciassem e que essa opção não põe em causa a democracia representativa.

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A bancada do PSD foi a que se mostrou mais dividida: uma maioria defende o referendo mas o líder do partido votou contra e é favorável à despenalização da eutanásia. A decisão da direcção do PSD de conceder liberdade de voto foi polémica — como ficou visível na reunião da bancada — tendo em conta que o congresso de Fevereiro aprovou uma moção que propunha um referendo sobre a legalização da eutanásia.

Um dos mais críticos é o deputado Pedro Rodrigues, que acusa a direcção de Rui Rio de optar por “votar ao lado do PS, mostrando cerimónia na demarcação” dos socialistas. “Entre o PS e o eleitorado e militantes do PSD a direcção política do meu partido voltou a escolher estar ao lado do PS. Não é essa a posição da maioria dos militantes, nem do eleitorado do PSD”, declara o antigo líder da JSD.

Pedro Rodrigues considera que o PSD “perdeu mais uma oportunidade para liderar uma matéria sensível para o seu eleitorado” ao rejeitar a discussão no grupo parlamentar de o partido apresentar uma iniciativa de referendo.

Na proposta em discussão em plenário, caso fosse aprovada, a pergunta que seria colocada em referendo — “concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?” — também foi muito criticada no debate parlamentar de quinta-feira. Deputados de várias bancadas consideraram que a questão continha “um juízo moral” e até político.

Depois da proposta de referendo chumbada, mantêm-se os trabalhos para alcançar um texto comum sobre a despenalização da eutanásia tendo em conta os projectos de lei aprovados na generalidade em Fevereiro passado.

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