As nomeações para a Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) estão envolvidas em polémica. Na lista final dos três melhores nomes enviada ao Executivo estão vários candidatos que têm sido repetidamente chumbados. Segundo o Público, das 339 propostas já recebidas, grande parte pertence ao Partido Socialista (PS).
Fernando Marques Mano, um dos nomes que já chegou várias vezes à lista dos três melhores candidatos, considera que "a existência da CRESAP é um passo louvável, em termos abstractos". Contudo, sublinha que "o Governo é absolutamente parcial na escolha e nomeia sempre a pessoa da sua conotação política".
Para este militante do PS a melhor forma de contrariar este facto seria se a CRESAP fosse obrigada a hierarquizar os três melhores candidatos. "Se o Governo escolhesse o segundo ou o terceiro, teria sempre de justificar bem essa escolha" afirmou Fernando Marques Mano, que é vereador socialista no município de Fronteira, no distrito de Portalegre.
Mas este não é o único caso. Segundo o mesmo jornal existem situações em que um candidato já chegou onze vezes à lista dos três melhores. Depois existem quatro casos em que chegaram já dez vezes e outras vinte pessoas chegaram mais de cinco vezes. Contudo, existe um caso de uma pessoa ligada ao PSD nunca foi nomeada: João Filipe Jesus já chegou dez vezes à lista dos melhores nomes sem nunca ter sido nomeado pelo Executivo.
O presidente do organismo, contactado pelo Público, garantiu que a sua função "é avaliar e seleccionar de acordo com o mérito, através de um processo transparente que garanta a imparcialidade". João Bilhim afirmou ainda que a comissão "não foi criada para partidarizar ou despartidarizar a administração pública". E avançou com duas soluções para este problema: a escolha aleatória dos três candidatos pelos membros do Governo e a "hierarquização por mérito" nas propostas de designação.
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As nomeações para a Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) estão envolvidas em polémica. Na lista final dos três melhores nomes enviada ao Executivo estão vários candidatos que têm sido repetidamente chumbados. Segundo o Público, das 339 propostas já recebidas, grande parte pertence ao Partido Socialista (PS).
Fernando Marques Mano, um dos nomes que já chegou várias vezes à lista dos três melhores candidatos, considera que "a existência da CRESAP é um passo louvável, em termos abstractos". Contudo, sublinha que "o Governo é absolutamente parcial na escolha e nomeia sempre a pessoa da sua conotação política".
Para este militante do PS a melhor forma de contrariar este facto seria se a CRESAP fosse obrigada a hierarquizar os três melhores candidatos. "Se o Governo escolhesse o segundo ou o terceiro, teria sempre de justificar bem essa escolha" afirmou Fernando Marques Mano, que é vereador socialista no município de Fronteira, no distrito de Portalegre.
Mas este não é o único caso. Segundo o mesmo jornal existem situações em que um candidato já chegou onze vezes à lista dos três melhores. Depois existem quatro casos em que chegaram já dez vezes e outras vinte pessoas chegaram mais de cinco vezes. Contudo, existe um caso de uma pessoa ligada ao PSD nunca foi nomeada: João Filipe Jesus já chegou dez vezes à lista dos melhores nomes sem nunca ter sido nomeado pelo Executivo.
O presidente do organismo, contactado pelo Público, garantiu que a sua função "é avaliar e seleccionar de acordo com o mérito, através de um processo transparente que garanta a imparcialidade". João Bilhim afirmou ainda que a comissão "não foi criada para partidarizar ou despartidarizar a administração pública". E avançou com duas soluções para este problema: a escolha aleatória dos três candidatos pelos membros do Governo e a "hierarquização por mérito" nas propostas de designação.