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13-09-2015
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"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

O dia seguinte às Legislativas2022

A vitória do PS não me surpreendeu, mas não contava com uma maioria absoluta. Esperemos que António Costa a saiba usar para o bem dos portugueses. Rui Rio, por quem nunca tive simpatia política, não conseguiu que o PSD se afirmasse como alternativa ao Governo. Está provado que o País não é a cidade do Porto onde foi presidente por 12 anos. Chega é, sem dúvida, o partido dos “descontentes” e há muitos descontentes em Portugal. A Iniciativa Liberal foi um dos vencedores da “direita” nesta noite eleitoral. Mas tem ainda que sair das zonas urbanas e ir à conquista do país. O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português deram um trambolhão maior do que era esperado e vão ficar reduzidos a cinco e seis deputados, respetivamente. Contra o que eu esperava o Livre lá conseguiu eleger deputado o Rui Tavares, não parecendo ter acusado a rutura com Joacine Katar Moreira na legislatura anterior. O PAN, o “Cavalo de Troia” da política nacional, ainda conseguiu eleger Inês de Sousa Leal, mas não vai longe com este resultado. O CDS desapareceu, na minha opinião fruto da infantilidade política do Chicão. E pronto… siga para bingo.

João Geirinhas Rocha - Quem viesse de Marte e aqui aterrasse nos últimos dias ao ler o Facebook ficava convencido que o Costa era o politico mais odiado do país. E no entanto… A Liga dos Últimos

A iliteracia política nacional

A melhor explicação para se saber de quem é a culpa do resultado eleitoral de domingo: "...dos tradicionais malandros ex-abstencionistas que, desta vez, para baralhar as contas, decidiram ir votar". (roubado por aí)

Um dia "quente" no «Um novo norte para o Norte»

Ontem foi um dia "quente" no Grupo do Facebook "Um novo norte para o Norte". Ora vejam...

Desconhecia este "acontecimento"... mas diz muito sobre quem é Rui Rio. Paulo Moura na sua página do Facebook

Rio nos bastidores

Há uns anos, fiz, para o Público, uma grande entrevista a Rui Rio, quando ele era presidente da Câmara do Porto. Correu mal.

Em parte, a culpa foi minha: como, na altura, Rio se recusava a dar entrevistas, alegando que os jornalistas lhe deturpavam as declarações, eu propus mostrar-lhe o texto, antes da publicação, para ele confirmar que não havia declarações deturpadas ou colocadas fora de contexto.

Ele aceitou. Fui para o Porto, a entrevista durou várias horas e falámos de tudo, sem condições nem pedidos de “off”. Pelo menos um terço da conversa foi sobre o tema na ordem do dia: as relações tensas entre Rio e o Futebol Clube do Porto.

Regressei a Lisboa, transcrevi e editei o texto e enviei-o a Rio, como combinado.

Nem meia-hora depois, liga a secretária da presidência: o Sr Dr vai enviar correcções.

Quando chegaram, a entrevista estava irreconhecível. Toda a parte sobre o FCP tinha sido eliminada e as outras respostas completamente alteradas, reduzidas a frases vazias e pomposas.

Liguei a Rio lembrando-lhe que nenhuma restrição havia sido pedida quando ao tema do FCP. Se isso tivesse acontecido, aliás, eu ter-me-ia recusado a fazer entrevista, uma vez que se tratava do tema mais importante da conversa.

Rio respondeu não se ter apercebido previamente de que as afirmações dele agravariam ainda mais a crise com o FCP, pelo que decidira entretanto apagá-las da entrevista.

Quanto às outras respostas, perguntei-lhe se havia alguma incorrecção da minha parte. Disse que não. Estavam correctas, mas não poderiam ser apresentadas assim. “Eu não sou o Zé dos Anzóis”, explicou. “O presidente da Câmara da segunda cidade do país não fala assim”, disse ele, referindo-se à forma como realmente tinha falado, na entrevista. “O presidente tem de se expressar com uma certa formalidade”.

E com base neste argumento, adulterou por completo a entrevista, transformando-a num rol de declarações inócuas e ocas.

Ainda tentei um compromisso, suavizando algumas respostas, sem lhes alterar o sentido. Ele recusou, exigindo a alteração radical, eu declinei, numa série de telefonemas, cada vez menos cordais, pela noite dentro. Quando viu que não me convencia, Rui Rio começou a ser agressivo, insinuando ameaças. E quando lhe disse que o texto (inalterado) já seguira para a gráfica, tornou-se realmente grosseiro.

A entrevista seria o tema de capa da Pública, a revista de domingo do Público. Mas na sexta à noite a Direcção do jornal recebe um telefonema da redacção do Porto: “Está aqui um representante da Câmara, com dois advogados, a dizer que apresentaram uma providência cautelar ao tribunal, para que a revista não saia.”

Naquela altura, o Público vendia mais de 100 mil exemplares ao domingo. A apreensão de todos os exemplares significaria um rombo financeiro muito sério para o jornal.

Felizmente, o juiz não reconheceu mérito às razões da Câmara, e recusou a providência cautelar. A entrevista saiu, inalterada.

Publicamente, Rui Rio não se queixou.

(A foto é do Fernando Veludo) Muitos foram os membros deste Grupo que desde a manhã de hoje me têm vindo a "puxar as orelhas" por eu ter publicado um post em que partilhava a notícia de Paulo Moura com o título "Rio nos bastidores". Agora quero ver o que aqui se dirá por partilhar isto.

E já agora: A dias de “botar o papelinho na caixa” só sei perfeitamente em quem não vou votar. Nuno Costa Santos na sua página do Facebook

Vale a pena ler esta análise com a qual concordo inteiramente. O que mais me espanta é chegarmos aos anos 20 deste século e vermos supostos spin-doctors da treta a fazer campanhas como algumas que temos visto e políticos inteligentes deixarem-se cair nas suas patranhas incompetentes. Campanhas baseadas em mentiras e soundbites, que descaracterizam os personagens e achando que se bastam pela imbecilidade do eleitorado e sem qualquer ideia de futuro. As pessoas não votam no passado nem na obra feita. Nem na mercearia de supostas traições políticas e orçamentais. Votam naquilo que cada um tem para lhes oferecer e se atrás disso houver credibilidade. Destruir o carácter de cada candidato, transformando-os em autómatos arrogantes e zangados, que se limitam à gabarolice da contabilidade do que fiz no verão passado ou no mandato que está a acabar, é um erro que julgava ser tão evidente que não pudesse já ser cometido por ninguém. Costa é melhor do que isto e, mesmo que o diretor do Público hoje venha escrever que Rio é pior do que tem mostrado, os buracos nos sapatos do líder do PS já lá estão bem cravados. E depois de dar tiros nos pés tão consecutivamente, é muito difícil corrigir. Alguém deveria ter aprendido as lições das autárquicas, mas pelos vistos, com todos esses erros, fizeram um manual que tão bem a Maria João Marques explica no Público. Pois eu até concordo na generalidade com o programa do PSD, mas não tenho nenhuma confiança em Rui Rio. Por outro lado, a malta do Largo do Rato tenho-a cada vez mais como perigosa, principalmente se António Costa “se reformar da política nacional” e o barco ficar entregue a Pedro Nuno Santos. Sou capaz desta vez, pela primeira vez desde que voto, ir colocar a cruzinha para tentar eleger Deputado da Nação pelo meu círculo eleitoral alguém por quem tenho grande simpatia, apreço e consideração. Nem sempre estamos de acordo no que à política diz respeito, mas sabemos conversar e até nos entendemos em muitas coisas. Acho bem... não só porque uma maioria na Assembleia da República de “180,190 ou 200 deputados” é o que as sondagens apontam para PS e PSD, ganhe quem ganhar, mas também porque assim se evitaria uma "Geringonça 2.0".

No final deste dia foram conhecidas dois estudos de mercado para as Legislaitvas2022: a Tracking Poll (trabalho de campo da Pitagórica) para a TVI e CNNPortugal; mais uma sondagem do do ISCTE-ICS para o Expresso e SIC. No gráfico todas as sondagens conhecidas nestes últimos dez dias antes das eleições.

As últimas da Tracking Poll para as Legislativas2022

Houve quem lançasse foguetes antes do tempo... até ao próximo domingo ainda muito se verá. Valores da Tracking Poll de 23jan2022

PS- 35,30%

PSD - 31,40%

Chega - 6,90%

BE - 6,10%

CDU - 4,90%

I.Liberal - 4,70%

CDS - 1,60%

PAN - 1,60%

Livre - 0,80%

Tracking Poll - PSD ultrapassa PS

Pelo andar da carruagem tudo leva a crer que o PS vai perder estas eleições e a culpa só pode ser atribuída a António Costa. Uma campanha desastrosa, praticamente só apoiada num pedido de “maioria absoluta”, coisa que estava mesmo a ver-se não ser do agrado dos portugueses. Ainda não sei o que irá sair do novo Parlamento, mas tendo em conta uma natural subida do número de deputados da Iniciativa Liberal e do Chega, seguramente nada será como dantes.

Está explicada a subida da direita nas sondagens

Já sei em quem vou votar!...

Quando ontem se soube o resultado da última "Tracking Poll" da TVI/CNNPortugal (21jan2022 - trabalho de campo da Pitagórica) muita gente rasgou as vestes e outros deitaram foguetes e abriram garrafas de champanhe. Mas ainda é muito cedo para estas atitudes, pois estão a esquecer-se que as eleições Legislativas são por Círculos Eleitorais e o número de deputados que irão formar o novo Parlamento serão encontrados pelo Método de Hondt. Vejam o quadro em anexo (Legislativas de 2019).

Faltam 10 dias para as Legislativas2022

Eu não sou portuense de nascimento, mas sou PORTUENSE DE CORAÇÃO, pois embora tenha nascido na Praia da Granja e vivido parte da minha juventude em Espinho, a verdade é que foi na Cidade Invicta que fiz os meus estudos liceais (Liceu Alexandre Herculano) e de formação no Setor da Hotelaria e Turismo (Escola de Hotelaria e Turismo do Porto), cidade onde casei e criei duas filhas e onde vivo vai para mais de quatro décadas. Penso eu que isto dá direito a considerar-me PORTUENSE… e numa altura de eleições dou comigo a pensar que era tempo dos diferentes candidatos pelo círculo eleitoral do Porto nos dizerem o que pretendem para a Cidade, para a Área Metropolitana do Porto e para a Região Norte. Eu irei votar no dia 30 deste mês e votarei em consciência, mas numa negativa total à situação a que chegamos nos últimos tempos. Se esta notícia da SIC tem algo de verdade, para mim está tudo dito... e poderá pesar forte na hora de "botar" o papelinho na urna.

Nuno Solla Lacerda - Só com alguma imaginação fértil se poderá assumir essa leitura do que o RR disse. Mas como para se criar parangonas há que criar notícias, todas as interpretações jornalísticas servem.

João Pedro Maia - �... Voto e Votarei IL...

David Ribeiro - Pois eu, caro João Pedro Maia, enquanto a IL não se definir sobre a Regionalização, terei uma linha vermelha para este partido.

João Pedro Maia - David Ribeiro, no distrito do Porto é consensual! Para mim, é facto q tem de se realizar. Será inimaginável isso n acontecer. PSD a subir, PS a descer, diz a tracking poll da CNN Portugal (trabalho de campo da Pitagórica).

O PAN é um "Cavalo de Troia"

Digam lá, mas sinceramente e sem "clubite" partidária, esta Geringonçazinha tem pernas para andar? Para mim o PAN não passa de um "Cavalo de Troia"... entrou devagarinho e com uma filosofia "fofinha" de amor aos animais e depois foi o que se viu. Sondagens conhecidas neste mês de janeiro2022 Todas as sondagens, apesar de serem unicamente o que são, me levam a acreditar que a maioria absoluta, tão desejada por António Costa, é muito pouco provável. Mas parece estar a desenhar-se uma “Geringonça 2.0”. Mas não nos esqueçamos que além de "maioria absoluta" ou "Geringonça 2.0" também temos "alianças pontuais", uma das soluções apontadas por António Costa no debate com Rui Rio - um Governo "à Guterres", com negociação diploma a diploma.

Debate eleitoral do tudo ou nada

O secretário-geral do PS e atual Primeiro-Ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, encontraram-se ontem no cineteatro Capitólio, em Lisboa, para o mais importante debate desta campanha eleitoral para as Legislativas2022, com transmissão nas três televisões generalistas e moderação de João Adelino Faria (RTP), Clara de Sousa (SIC) e Sara Pinto (TVI). Coisas importantes do debate

Rio diz que fez oposição “civilizada” mas com “alternativas”, Costa critica propostas “perigosas” de Rio.

Costa admite Governo à Guterres ou opção com o PAN. O líder do PS admitiu governar "diploma a diploma" caso vença as legislativas sem maioria absoluta, tal como chegou a fazer António Guterres, embora tenha admitido que essa é uma solução "difícil".

Impostos. Costa promete reduzir IRS “já”, Rio diz que isso é “insistir nos erros do passado” e lembra percurso de Costa nos governos de Sócrates e Guterres.

Salário mínimo. Rio diz que quer aumentar pela inflação e Costa promete pelo menos 900 euros.

Saúde. SNS "falhou", acusa Rio. Costa acusa Rio de querer SNS só para pobres e classe média a pagar. Rio diz que se deve distinguir “os que podem pagar e os que não podem”.

Costa diz que programa do PSD na justiça é “perigoso” por querer “subordinar a justiça ao poder político. Rio diz que Costa é como Ventura e acusa-o de populismo.

TAP. “Indecente, gravíssimo”, diz Rio, quer quer privatizar o quanto antes. Costa confia no plano de reestruturação. "Não há razões para plano da TAP falhar, Há outras companhias interessadas em comprar 50%", assegura Costa.

Costa termina o debate a dizer que Rio recorre a "malandrices habituais" para negar crescimento da economia. Quem esteve melhor no debate entre António Costa e Rui Rio

Para mim foi este o melhor comentário sobre o debate de ontem

Ontem… a ver o debate. (Roubei esta linda foto à Chloe Pairel, que a publicou na página “Amis qui aiment Levrier whippet”)

Como seria o processo de Regionalização em Portugal

Bases para um processo de Regionalização em Portugal, apresentadas em 2019 por uma Comissão Independente para Descentralização, liderada pelo ministro socialista João Cravinho e em que eu participei, com muito interesse, em alguns destes trabalhos. Conferência "Regionalização: Agora ou Nunca"

Joaquim Oliveira Martins, ex-chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Regional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), defendeu na conferência "Regionalização: Agora ou Nunca” organizada pelo JN, DN e TSF no Cinema São Jorge, em Lisboa: Regionalização é reforma que "leva tempo" a implementar e "não é de um Governo" só. Após garantir não haver evidência de que esta reforma traga mais despesa e emprego públicos, e de recordar que Portugal é dos mais centralizados e menos desenvolvidos da OCDE, alertou que "a falta de capacidades pode ser o maior bloqueio da descentralização". E defendeu o atual mapa de cinco regiões. Joaquim Oliveira Martins começou por desmontar algumas ideias preconcebidas sobre descentralização e regionalização. Desde logo, contestou os "mitos" de que a regionalização não se justifica num país pequeno, dando o exemplo da Dinamarca, país ainda mais pequeno mas o mais descentralizado. E recordou que Portugal é um dos mais centralizados da OCDE, no sexto lugar de uma tabela de 35, e ao mesmo tempo está entre os menos desenvolvidos. Outros mitos que quis contrariar é, por exemplo, a ideia de que a descentralização pode aumentar as oportunidades para corrupção e de que não se pode descentralizar porque não há capacidades ao nível local. Do mesmo modo, garantiu não haver qualquer evidência de que a regionalização pode aumentar a despesa pública e o emprego público ou pode desagregar o país. Ou seja, garante não haver uma relação comprovada estatisticamente. "Pode acontecer mas também exatamente o contrário", disse a propósito da despesa. Tudo "depende da qualidade dos processos" de descentralização e regionalização, ressalvou. "A parte dos governos subnacionais no investimento público na OCDE é de aproximadamente 60%", destacou ainda o especialista. E a parte no investimento público para gerir a transição energética ronda os 65% na OCDE.

Programas Eleitorais para as Legislativas2022

Ainda não consegui encontrar o Programa Eleitoral do Partido Socialista (na NET dá sempre erro)... mas gosto do que diz esta notícia do Público.

No passado sábado a Iniciativa Liberal apresentou em Guimarães o seu Programa Eleitoral. E quem é que tem tempo de ler isto tudo até às Eleições?

O Programa Eleitoral do PSD tem 165 páginas e ainda não as li todas… mas isto agradou-me.

Para mim Descentralização é muito pouco... o que quero é Regionalização. (Na imagem pág. 4 do sumário do Programa Eleitoral 2022 da Iniciativa Liberal)

Eu não vou esquecer esta promessa do Partido Socialista... é que gato escaldado da água fria tem medo.

Nós, Cidadãos! defende um Governo que aposte nas regiões e deixe de ser centrado na Capital.

As sondagens são o que são e sempre assim foi, mas hoje estão bastante descredibilizadas. Acresce que agora, além de se saber quem ganha as eleições, é também necessário equacionar quais as configurações que se poderão criar no Parlamento para uma solução governativa. A vida não está fácil para quem manda “bitaites”. (No gráfico as sondagens conhecidas nos dois últimos meses, comparadas com o resultado das Legislativas2019)

Debates televisivos para as Legislativas2022

António Costa disse que uma solução estável "só é possível com uma maioria do PS". Rui Rio garantiu que "é impossível haver uma coligação com o Chega". Já tenho dois motivos para votar PSD… e, politicamente falando, nem morro de amores por Rui Rio.

Nuno Matos Pereira - Mas o David vota num representante que defenda o seu distrito ou vota num primeiro ministro para o governo?

João Simões - Não sabia que o David agora votava diretamente no PM. Nem sabia que tinha gostado da governação de Rio, no Porto.

David Ribeiro - Eu voto para um Parlamento donde sairá um Governo. Obviamente que me terei de identificar politicamente com quem integra as listas em que votarei. Debate André Ventura x Rui Rio - 03jan2022

Ventura continua a garantir que só apoia o PSD se entrar no Governo. Rio não acredita nas ameaças e diz que Chega tem de escolher se viabiliza um Governo de direita ou se faz o frete aos socialistas.

Questionado se prefere entregar o poder ao PS a fazer um entendimento com o Chega, Rio contrapôs com um desafio a André Ventura. "Se o PSD apresentar um programa de Governo na Assembleia da República - não é votado, mas podem meter uma moção de censura - aí naturalmente o dr. André Ventura tem de decidir se quer chumbar o Governo do PSD e abrir portas à esquerda", afirmou. Confrontado com esta questão, o líder do Chega reiterou as suas condições para essa viabilização: "O Chega só aceita um Governo de direita em que possa fazer transformações e isso implica presença no Governo", disse. Pois é!... Mas eu não quero uma "Geringonça 2.0"

Debate António Costa x Jerónimo de Sousa - 04jan2022

Debate Cotrim Figueiredo x Rodrigues dos Santos - 05jan2022

Com o debate de hoje entre IL e CDS fiquei a perceber porque é que a Iniciativa Liberal cresce e o CDS minga... eu já desconfiava mas hoje tive a confirmação que Cotrim Figueiredo sabe ser um líder partidário, ao contrário do Xicão que até me faz lembrar o André Ventura na forma como debate política.

David Ribeiro - O que mais me irritou neste debate foram as graçolas de mau gosto que o Xicão usou para tentar fazer valer os seus parcos argumentos. Nisto até conseguiu superar o André Ventura. E é nestas pequenas (grandes) coisas que se faz a opinião.

Debate Rui Rio x Catarina Martins - 05jan2022

Para mim uma coisa ficou clara neste debate: Rui Rio é um social democrata e Catarina Martins está muito longe de o ser.

David Ribeiro - Mas uma coisa também é certa... Rui Rio continua a ser o "casmurro" que sempre foi e já era tempo de ouvir os seus conselheiros (se é que os tem) e saber falar para audiências. Continua um mau comunicador.

Paulo Jorge Teixeira - David Ribeiro e insiste no erro. Quem prepara o homem para os debates deve vir de uma agência de publicidade do Burkina Faso pedindo desculpa desde já ao país pela comparação.

Será desta?... Duvido

Porque será que tudo isto me cheira a muito requentado?... É que nunca esquecerei ter sido o PS de António Guterres (juntamente com Marcelo Rebelo de Sousa, o atual Presidente da República) que tornou praticamente inviável de ser implementada a REGIONALIÇÃO à luz da Constituição. E isto não podemos esquecer.

Não chamem a isto Descentralização

Na sessão da ultima segunda-feira da Assembleia Municipal do Porto foi aprovada por maioria (9 votos contra dos deputados do PS) a não aceitação de competências em matéria de ação social para o ano 2021. Como bem disse o deputado Raul Almeida “não chamem a isto Descentralização”. Infelizmente os deputados municipais do PS-Porto mais parecem "comissários políticos" do Largo do Rato. Nesta sessão da Assembleia Municipal do Porto a única voz favorável à aceitação das competências foi a da deputada socialista Fernanda Rodrigues: “Na apreciação do que está em causa importará pensar na descentralização enquanto processo. Há toda uma negociação a desenvolver. O papel dos municípios é insubstituível e julgamos que o Município do Porto terá vantagem em aceitar a transferência de competências”, afirmou a eleita socialista. Um estudo da Universidade do Minho, desenvolvido pela equipa técnica coordenada por Linda Veiga, diz-nos que “o aumento estimado nas despesas decorrentes da transferência de competências na área da ação social situa-se um pouco acima dos 8,8 milhões de euros. Este valor é manifestamente superior à verba prevista pela Administração Central. Daqui resulta uma insuficiência de financiamento na ordem dos 6,9 milhões de euros que preocupa todos os municípios”.

Adao Fernando Batista Bastos - Tenho muitas dúvidas e certamente quem vota sim ou sopas sem conhecer os documentos e suas implicações também deveria ter. De resto o estudo, creio que da Universidade Católica , ditando que os custos serão maiores que os benefícios poderão induzir a ideia de que a Regionalização também ficará cara. Ora o que estará em causa é a maior capacidade para os municípios intervierem em tempo oportuno e com maioria de conhecimento. Ficam as minhas reticências.

David Ribeiro - O presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, ilustre presidente de uma Câmara socialista, também recusou este "presente envenenado". Gostaria que me explicassem como é que as pequenas Câmaras Municipais, sempre com a tesouraria no negativo, irão aguentar isto.

Se as Legislativas fossem hoje... com Rio ou Rangel

Muito interessante a sondagem da Pitagórica para a TVI e CNN Portugal que nos mostra, se as eleições legislativas fossem hoje, existir uma diferença notória no caso de Rui Rio ser o líder à frente dos sociais-democratas ou menos abonatório para Paulo Rangel se fosse eleito presidente do PSD.

David Almeida - Quer num caso, quer no outro, vê-se o partido 'CHEGA' como terceira força política no Parlamento... �

David Ribeiro - Uma outra coisa que merece reflexão é o caso do CDS que com Rui Rio na liderança do PSD não passa de 0,8% e com Paulo Rangel vai aos 2,4%.

Jorge De Freitas Monteiro - Em relação a Rangel Rio “rouba“ votos a todos os outros partidos. Como fotografia do momento parece credível: à esquerda Rio tem menos anti corpos que Rangel; à direita beneficia de um efeito voto útil.

Júlio Gouveia - Pois... quem pode acreditar neste individuo, que entre outras parvoíces põe o partido à frente do país... tal como outros fazem, mas que deveriam ser severamente punidos pelo povo Neste meu gráfico podemos comparar os resultados da Legislativas2019 com as sondagens do último mês e também com a média truncada dos últimos três meses. (A média truncada é uma medida estatística de tendência central semelhante à média e à mediana. É calculada retirando uma determinada percentagem de observações, em partes iguais, de uma amostra ou distribuição de probabilidade, nos extremos superior e inferior)

As eleições antecipadas começaram hoje

Ainda o corpo quente da ‘geringonça’ jazia na sala do plenário e já Costa estava a avisar que queria ir pescar para o PS os votos da esquerda “frustrada” com este fim “inesperado”. Nas eleições, o PS vai dar o tudo por tudo na caça ao voto útil para conseguir uma maioria “reforçada, estável e duradoura”. As eleições antecipadas começaram hoje. (in Expresso) A caminho de eleições

Paulo Rangel quer PSD sozinho nas legislativas, mas promete diálogo com CDS e IL.

Salário mínimo pode subir na mesma em 2022, anuncia Tiago Antunes, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.

Duarte Cordeiro já ensaia discurso do PS em campanha: “Não existem soluções de governabilidade à direita sem extrema-direita”.

Do Bloco, um recado a Santos Silva: "Onde esteve em 2019?". Estamos numa crise, não há dúvida. À direita há regozijo pela queda da Geringonça e à esquerda parece ninguém querer assumir a culpa. Mas a culpa é de todos, até porque os deputados são os representantes do Povo no Parlamento e tudo o que eles decidirem, goste-se ou não, é o Povo a decidir. Além disso todos teremos que fazer o 'mea culpa' por se ter chegado a esta situação. Ninguém está inocente neste caso, nem eu, que sou ambidestro.

Antero Braga - PR e partidos ficam como figurantes de uma realidade que construíram e prejudicaram o povo português. Não basta parecer é preciso ser bom português.

Presidente da República ouve Parceiros Sociais, Partidos Políticos e Conselho de Estado (28 de outubro de 2021) Depois de ter reunido ontem à noite com o Presidente da Assembleia da República, bem como com o Primeiro-Ministro, que mantém o exercício das suas funções, o Presidente da República vai receber amanhã os Parceiros Sociais, no sábado os Partidos Políticos com representação parlamentar e reunirá o Conselho de Estado na quarta-feira, de acordo com o calendário abaixo indicado. O Presidente da República mantém a sua agenda prevista para os próximos dias, em tudo o que não colida com estas audições. Sexta-feira, 29 de outubro

14h00 - Recebe conjuntamente as Confederações patronais: CAP, CCP, CIP e CTP

17h30 - Recebe a CGTP-IN

18h30 - Recebe a UGT

19h30 - Recebe o Presidente do Conselho Económico e Social (CES) Sábado, 30 de outubro

Audiências aos Partidos Políticos representados na Assembleia da República, nos termos do art.º 133, e) da Constituição:

14h00 - Iniciativa Liberal (IL)

14h30 - Chega (CH)

15h00 - Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV)

15h30 - Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

16h30 - CDS - Partido Popular (CDS-PP)

17h45 - Partido Comunista Português (PCP)

18h30 - Bloco de Esquerda (B.E.)

19h30 - Partido Social Democrata (PPD/PSD)

20h30 - Partido Socialista (PS) Quarta-feira, 3 de novembro

14h00 - Preside, no Palácio da Cidadela, à reunião do Conselho de Estado com a Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde (marcado há bastante tempo, sobre as perspetivas económicas e financeiras na Europa, em particular na Zona Euro, e seus reflexos em Portugal)

17h00 - Preside, no Palácio da Cidadela, à reunião do Conselho de Estado, nos termos dos artigos 133.º e) e 145.º a) da Constituição

A crise política está aberta

"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

O dia seguinte às Legislativas2022

A vitória do PS não me surpreendeu, mas não contava com uma maioria absoluta. Esperemos que António Costa a saiba usar para o bem dos portugueses. Rui Rio, por quem nunca tive simpatia política, não conseguiu que o PSD se afirmasse como alternativa ao Governo. Está provado que o País não é a cidade do Porto onde foi presidente por 12 anos. Chega é, sem dúvida, o partido dos “descontentes” e há muitos descontentes em Portugal. A Iniciativa Liberal foi um dos vencedores da “direita” nesta noite eleitoral. Mas tem ainda que sair das zonas urbanas e ir à conquista do país. O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português deram um trambolhão maior do que era esperado e vão ficar reduzidos a cinco e seis deputados, respetivamente. Contra o que eu esperava o Livre lá conseguiu eleger deputado o Rui Tavares, não parecendo ter acusado a rutura com Joacine Katar Moreira na legislatura anterior. O PAN, o “Cavalo de Troia” da política nacional, ainda conseguiu eleger Inês de Sousa Leal, mas não vai longe com este resultado. O CDS desapareceu, na minha opinião fruto da infantilidade política do Chicão. E pronto… siga para bingo.

João Geirinhas Rocha - Quem viesse de Marte e aqui aterrasse nos últimos dias ao ler o Facebook ficava convencido que o Costa era o politico mais odiado do país. E no entanto… A Liga dos Últimos

A iliteracia política nacional

A melhor explicação para se saber de quem é a culpa do resultado eleitoral de domingo: "...dos tradicionais malandros ex-abstencionistas que, desta vez, para baralhar as contas, decidiram ir votar". (roubado por aí)

Um dia "quente" no «Um novo norte para o Norte»

Ontem foi um dia "quente" no Grupo do Facebook "Um novo norte para o Norte". Ora vejam...

Desconhecia este "acontecimento"... mas diz muito sobre quem é Rui Rio. Paulo Moura na sua página do Facebook

Rio nos bastidores

Há uns anos, fiz, para o Público, uma grande entrevista a Rui Rio, quando ele era presidente da Câmara do Porto. Correu mal.

Em parte, a culpa foi minha: como, na altura, Rio se recusava a dar entrevistas, alegando que os jornalistas lhe deturpavam as declarações, eu propus mostrar-lhe o texto, antes da publicação, para ele confirmar que não havia declarações deturpadas ou colocadas fora de contexto.

Ele aceitou. Fui para o Porto, a entrevista durou várias horas e falámos de tudo, sem condições nem pedidos de “off”. Pelo menos um terço da conversa foi sobre o tema na ordem do dia: as relações tensas entre Rio e o Futebol Clube do Porto.

Regressei a Lisboa, transcrevi e editei o texto e enviei-o a Rio, como combinado.

Nem meia-hora depois, liga a secretária da presidência: o Sr Dr vai enviar correcções.

Quando chegaram, a entrevista estava irreconhecível. Toda a parte sobre o FCP tinha sido eliminada e as outras respostas completamente alteradas, reduzidas a frases vazias e pomposas.

Liguei a Rio lembrando-lhe que nenhuma restrição havia sido pedida quando ao tema do FCP. Se isso tivesse acontecido, aliás, eu ter-me-ia recusado a fazer entrevista, uma vez que se tratava do tema mais importante da conversa.

Rio respondeu não se ter apercebido previamente de que as afirmações dele agravariam ainda mais a crise com o FCP, pelo que decidira entretanto apagá-las da entrevista.

Quanto às outras respostas, perguntei-lhe se havia alguma incorrecção da minha parte. Disse que não. Estavam correctas, mas não poderiam ser apresentadas assim. “Eu não sou o Zé dos Anzóis”, explicou. “O presidente da Câmara da segunda cidade do país não fala assim”, disse ele, referindo-se à forma como realmente tinha falado, na entrevista. “O presidente tem de se expressar com uma certa formalidade”.

E com base neste argumento, adulterou por completo a entrevista, transformando-a num rol de declarações inócuas e ocas.

Ainda tentei um compromisso, suavizando algumas respostas, sem lhes alterar o sentido. Ele recusou, exigindo a alteração radical, eu declinei, numa série de telefonemas, cada vez menos cordais, pela noite dentro. Quando viu que não me convencia, Rui Rio começou a ser agressivo, insinuando ameaças. E quando lhe disse que o texto (inalterado) já seguira para a gráfica, tornou-se realmente grosseiro.

A entrevista seria o tema de capa da Pública, a revista de domingo do Público. Mas na sexta à noite a Direcção do jornal recebe um telefonema da redacção do Porto: “Está aqui um representante da Câmara, com dois advogados, a dizer que apresentaram uma providência cautelar ao tribunal, para que a revista não saia.”

Naquela altura, o Público vendia mais de 100 mil exemplares ao domingo. A apreensão de todos os exemplares significaria um rombo financeiro muito sério para o jornal.

Felizmente, o juiz não reconheceu mérito às razões da Câmara, e recusou a providência cautelar. A entrevista saiu, inalterada.

Publicamente, Rui Rio não se queixou.

(A foto é do Fernando Veludo) Muitos foram os membros deste Grupo que desde a manhã de hoje me têm vindo a "puxar as orelhas" por eu ter publicado um post em que partilhava a notícia de Paulo Moura com o título "Rio nos bastidores". Agora quero ver o que aqui se dirá por partilhar isto.

E já agora: A dias de “botar o papelinho na caixa” só sei perfeitamente em quem não vou votar. Nuno Costa Santos na sua página do Facebook

Vale a pena ler esta análise com a qual concordo inteiramente. O que mais me espanta é chegarmos aos anos 20 deste século e vermos supostos spin-doctors da treta a fazer campanhas como algumas que temos visto e políticos inteligentes deixarem-se cair nas suas patranhas incompetentes. Campanhas baseadas em mentiras e soundbites, que descaracterizam os personagens e achando que se bastam pela imbecilidade do eleitorado e sem qualquer ideia de futuro. As pessoas não votam no passado nem na obra feita. Nem na mercearia de supostas traições políticas e orçamentais. Votam naquilo que cada um tem para lhes oferecer e se atrás disso houver credibilidade. Destruir o carácter de cada candidato, transformando-os em autómatos arrogantes e zangados, que se limitam à gabarolice da contabilidade do que fiz no verão passado ou no mandato que está a acabar, é um erro que julgava ser tão evidente que não pudesse já ser cometido por ninguém. Costa é melhor do que isto e, mesmo que o diretor do Público hoje venha escrever que Rio é pior do que tem mostrado, os buracos nos sapatos do líder do PS já lá estão bem cravados. E depois de dar tiros nos pés tão consecutivamente, é muito difícil corrigir. Alguém deveria ter aprendido as lições das autárquicas, mas pelos vistos, com todos esses erros, fizeram um manual que tão bem a Maria João Marques explica no Público. Pois eu até concordo na generalidade com o programa do PSD, mas não tenho nenhuma confiança em Rui Rio. Por outro lado, a malta do Largo do Rato tenho-a cada vez mais como perigosa, principalmente se António Costa “se reformar da política nacional” e o barco ficar entregue a Pedro Nuno Santos. Sou capaz desta vez, pela primeira vez desde que voto, ir colocar a cruzinha para tentar eleger Deputado da Nação pelo meu círculo eleitoral alguém por quem tenho grande simpatia, apreço e consideração. Nem sempre estamos de acordo no que à política diz respeito, mas sabemos conversar e até nos entendemos em muitas coisas. Acho bem... não só porque uma maioria na Assembleia da República de “180,190 ou 200 deputados” é o que as sondagens apontam para PS e PSD, ganhe quem ganhar, mas também porque assim se evitaria uma "Geringonça 2.0".

No final deste dia foram conhecidas dois estudos de mercado para as Legislaitvas2022: a Tracking Poll (trabalho de campo da Pitagórica) para a TVI e CNNPortugal; mais uma sondagem do do ISCTE-ICS para o Expresso e SIC. No gráfico todas as sondagens conhecidas nestes últimos dez dias antes das eleições.

As últimas da Tracking Poll para as Legislativas2022

Houve quem lançasse foguetes antes do tempo... até ao próximo domingo ainda muito se verá. Valores da Tracking Poll de 23jan2022

PS- 35,30%

PSD - 31,40%

Chega - 6,90%

BE - 6,10%

CDU - 4,90%

I.Liberal - 4,70%

CDS - 1,60%

PAN - 1,60%

Livre - 0,80%

Tracking Poll - PSD ultrapassa PS

Pelo andar da carruagem tudo leva a crer que o PS vai perder estas eleições e a culpa só pode ser atribuída a António Costa. Uma campanha desastrosa, praticamente só apoiada num pedido de “maioria absoluta”, coisa que estava mesmo a ver-se não ser do agrado dos portugueses. Ainda não sei o que irá sair do novo Parlamento, mas tendo em conta uma natural subida do número de deputados da Iniciativa Liberal e do Chega, seguramente nada será como dantes.

Está explicada a subida da direita nas sondagens

Já sei em quem vou votar!...

Quando ontem se soube o resultado da última "Tracking Poll" da TVI/CNNPortugal (21jan2022 - trabalho de campo da Pitagórica) muita gente rasgou as vestes e outros deitaram foguetes e abriram garrafas de champanhe. Mas ainda é muito cedo para estas atitudes, pois estão a esquecer-se que as eleições Legislativas são por Círculos Eleitorais e o número de deputados que irão formar o novo Parlamento serão encontrados pelo Método de Hondt. Vejam o quadro em anexo (Legislativas de 2019).

Faltam 10 dias para as Legislativas2022

Eu não sou portuense de nascimento, mas sou PORTUENSE DE CORAÇÃO, pois embora tenha nascido na Praia da Granja e vivido parte da minha juventude em Espinho, a verdade é que foi na Cidade Invicta que fiz os meus estudos liceais (Liceu Alexandre Herculano) e de formação no Setor da Hotelaria e Turismo (Escola de Hotelaria e Turismo do Porto), cidade onde casei e criei duas filhas e onde vivo vai para mais de quatro décadas. Penso eu que isto dá direito a considerar-me PORTUENSE… e numa altura de eleições dou comigo a pensar que era tempo dos diferentes candidatos pelo círculo eleitoral do Porto nos dizerem o que pretendem para a Cidade, para a Área Metropolitana do Porto e para a Região Norte. Eu irei votar no dia 30 deste mês e votarei em consciência, mas numa negativa total à situação a que chegamos nos últimos tempos. Se esta notícia da SIC tem algo de verdade, para mim está tudo dito... e poderá pesar forte na hora de "botar" o papelinho na urna.

Nuno Solla Lacerda - Só com alguma imaginação fértil se poderá assumir essa leitura do que o RR disse. Mas como para se criar parangonas há que criar notícias, todas as interpretações jornalísticas servem.

João Pedro Maia - �... Voto e Votarei IL...

David Ribeiro - Pois eu, caro João Pedro Maia, enquanto a IL não se definir sobre a Regionalização, terei uma linha vermelha para este partido.

João Pedro Maia - David Ribeiro, no distrito do Porto é consensual! Para mim, é facto q tem de se realizar. Será inimaginável isso n acontecer. PSD a subir, PS a descer, diz a tracking poll da CNN Portugal (trabalho de campo da Pitagórica).

O PAN é um "Cavalo de Troia"

Digam lá, mas sinceramente e sem "clubite" partidária, esta Geringonçazinha tem pernas para andar? Para mim o PAN não passa de um "Cavalo de Troia"... entrou devagarinho e com uma filosofia "fofinha" de amor aos animais e depois foi o que se viu. Sondagens conhecidas neste mês de janeiro2022 Todas as sondagens, apesar de serem unicamente o que são, me levam a acreditar que a maioria absoluta, tão desejada por António Costa, é muito pouco provável. Mas parece estar a desenhar-se uma “Geringonça 2.0”. Mas não nos esqueçamos que além de "maioria absoluta" ou "Geringonça 2.0" também temos "alianças pontuais", uma das soluções apontadas por António Costa no debate com Rui Rio - um Governo "à Guterres", com negociação diploma a diploma.

Debate eleitoral do tudo ou nada

O secretário-geral do PS e atual Primeiro-Ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, encontraram-se ontem no cineteatro Capitólio, em Lisboa, para o mais importante debate desta campanha eleitoral para as Legislativas2022, com transmissão nas três televisões generalistas e moderação de João Adelino Faria (RTP), Clara de Sousa (SIC) e Sara Pinto (TVI). Coisas importantes do debate

Rio diz que fez oposição “civilizada” mas com “alternativas”, Costa critica propostas “perigosas” de Rio.

Costa admite Governo à Guterres ou opção com o PAN. O líder do PS admitiu governar "diploma a diploma" caso vença as legislativas sem maioria absoluta, tal como chegou a fazer António Guterres, embora tenha admitido que essa é uma solução "difícil".

Impostos. Costa promete reduzir IRS “já”, Rio diz que isso é “insistir nos erros do passado” e lembra percurso de Costa nos governos de Sócrates e Guterres.

Salário mínimo. Rio diz que quer aumentar pela inflação e Costa promete pelo menos 900 euros.

Saúde. SNS "falhou", acusa Rio. Costa acusa Rio de querer SNS só para pobres e classe média a pagar. Rio diz que se deve distinguir “os que podem pagar e os que não podem”.

Costa diz que programa do PSD na justiça é “perigoso” por querer “subordinar a justiça ao poder político. Rio diz que Costa é como Ventura e acusa-o de populismo.

TAP. “Indecente, gravíssimo”, diz Rio, quer quer privatizar o quanto antes. Costa confia no plano de reestruturação. "Não há razões para plano da TAP falhar, Há outras companhias interessadas em comprar 50%", assegura Costa.

Costa termina o debate a dizer que Rio recorre a "malandrices habituais" para negar crescimento da economia. Quem esteve melhor no debate entre António Costa e Rui Rio

Para mim foi este o melhor comentário sobre o debate de ontem

Ontem… a ver o debate. (Roubei esta linda foto à Chloe Pairel, que a publicou na página “Amis qui aiment Levrier whippet”)

Como seria o processo de Regionalização em Portugal

Bases para um processo de Regionalização em Portugal, apresentadas em 2019 por uma Comissão Independente para Descentralização, liderada pelo ministro socialista João Cravinho e em que eu participei, com muito interesse, em alguns destes trabalhos. Conferência "Regionalização: Agora ou Nunca"

Joaquim Oliveira Martins, ex-chefe da Divisão de Política e Desenvolvimento Regional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), defendeu na conferência "Regionalização: Agora ou Nunca” organizada pelo JN, DN e TSF no Cinema São Jorge, em Lisboa: Regionalização é reforma que "leva tempo" a implementar e "não é de um Governo" só. Após garantir não haver evidência de que esta reforma traga mais despesa e emprego públicos, e de recordar que Portugal é dos mais centralizados e menos desenvolvidos da OCDE, alertou que "a falta de capacidades pode ser o maior bloqueio da descentralização". E defendeu o atual mapa de cinco regiões. Joaquim Oliveira Martins começou por desmontar algumas ideias preconcebidas sobre descentralização e regionalização. Desde logo, contestou os "mitos" de que a regionalização não se justifica num país pequeno, dando o exemplo da Dinamarca, país ainda mais pequeno mas o mais descentralizado. E recordou que Portugal é um dos mais centralizados da OCDE, no sexto lugar de uma tabela de 35, e ao mesmo tempo está entre os menos desenvolvidos. Outros mitos que quis contrariar é, por exemplo, a ideia de que a descentralização pode aumentar as oportunidades para corrupção e de que não se pode descentralizar porque não há capacidades ao nível local. Do mesmo modo, garantiu não haver qualquer evidência de que a regionalização pode aumentar a despesa pública e o emprego público ou pode desagregar o país. Ou seja, garante não haver uma relação comprovada estatisticamente. "Pode acontecer mas também exatamente o contrário", disse a propósito da despesa. Tudo "depende da qualidade dos processos" de descentralização e regionalização, ressalvou. "A parte dos governos subnacionais no investimento público na OCDE é de aproximadamente 60%", destacou ainda o especialista. E a parte no investimento público para gerir a transição energética ronda os 65% na OCDE.

Programas Eleitorais para as Legislativas2022

Ainda não consegui encontrar o Programa Eleitoral do Partido Socialista (na NET dá sempre erro)... mas gosto do que diz esta notícia do Público.

No passado sábado a Iniciativa Liberal apresentou em Guimarães o seu Programa Eleitoral. E quem é que tem tempo de ler isto tudo até às Eleições?

O Programa Eleitoral do PSD tem 165 páginas e ainda não as li todas… mas isto agradou-me.

Para mim Descentralização é muito pouco... o que quero é Regionalização. (Na imagem pág. 4 do sumário do Programa Eleitoral 2022 da Iniciativa Liberal)

Eu não vou esquecer esta promessa do Partido Socialista... é que gato escaldado da água fria tem medo.

Nós, Cidadãos! defende um Governo que aposte nas regiões e deixe de ser centrado na Capital.

As sondagens são o que são e sempre assim foi, mas hoje estão bastante descredibilizadas. Acresce que agora, além de se saber quem ganha as eleições, é também necessário equacionar quais as configurações que se poderão criar no Parlamento para uma solução governativa. A vida não está fácil para quem manda “bitaites”. (No gráfico as sondagens conhecidas nos dois últimos meses, comparadas com o resultado das Legislativas2019)

Debates televisivos para as Legislativas2022

António Costa disse que uma solução estável "só é possível com uma maioria do PS". Rui Rio garantiu que "é impossível haver uma coligação com o Chega". Já tenho dois motivos para votar PSD… e, politicamente falando, nem morro de amores por Rui Rio.

Nuno Matos Pereira - Mas o David vota num representante que defenda o seu distrito ou vota num primeiro ministro para o governo?

João Simões - Não sabia que o David agora votava diretamente no PM. Nem sabia que tinha gostado da governação de Rio, no Porto.

David Ribeiro - Eu voto para um Parlamento donde sairá um Governo. Obviamente que me terei de identificar politicamente com quem integra as listas em que votarei. Debate André Ventura x Rui Rio - 03jan2022

Ventura continua a garantir que só apoia o PSD se entrar no Governo. Rio não acredita nas ameaças e diz que Chega tem de escolher se viabiliza um Governo de direita ou se faz o frete aos socialistas.

Questionado se prefere entregar o poder ao PS a fazer um entendimento com o Chega, Rio contrapôs com um desafio a André Ventura. "Se o PSD apresentar um programa de Governo na Assembleia da República - não é votado, mas podem meter uma moção de censura - aí naturalmente o dr. André Ventura tem de decidir se quer chumbar o Governo do PSD e abrir portas à esquerda", afirmou. Confrontado com esta questão, o líder do Chega reiterou as suas condições para essa viabilização: "O Chega só aceita um Governo de direita em que possa fazer transformações e isso implica presença no Governo", disse. Pois é!... Mas eu não quero uma "Geringonça 2.0"

Debate António Costa x Jerónimo de Sousa - 04jan2022

Debate Cotrim Figueiredo x Rodrigues dos Santos - 05jan2022

Com o debate de hoje entre IL e CDS fiquei a perceber porque é que a Iniciativa Liberal cresce e o CDS minga... eu já desconfiava mas hoje tive a confirmação que Cotrim Figueiredo sabe ser um líder partidário, ao contrário do Xicão que até me faz lembrar o André Ventura na forma como debate política.

David Ribeiro - O que mais me irritou neste debate foram as graçolas de mau gosto que o Xicão usou para tentar fazer valer os seus parcos argumentos. Nisto até conseguiu superar o André Ventura. E é nestas pequenas (grandes) coisas que se faz a opinião.

Debate Rui Rio x Catarina Martins - 05jan2022

Para mim uma coisa ficou clara neste debate: Rui Rio é um social democrata e Catarina Martins está muito longe de o ser.

David Ribeiro - Mas uma coisa também é certa... Rui Rio continua a ser o "casmurro" que sempre foi e já era tempo de ouvir os seus conselheiros (se é que os tem) e saber falar para audiências. Continua um mau comunicador.

Paulo Jorge Teixeira - David Ribeiro e insiste no erro. Quem prepara o homem para os debates deve vir de uma agência de publicidade do Burkina Faso pedindo desculpa desde já ao país pela comparação.

Será desta?... Duvido

Porque será que tudo isto me cheira a muito requentado?... É que nunca esquecerei ter sido o PS de António Guterres (juntamente com Marcelo Rebelo de Sousa, o atual Presidente da República) que tornou praticamente inviável de ser implementada a REGIONALIÇÃO à luz da Constituição. E isto não podemos esquecer.

Não chamem a isto Descentralização

Na sessão da ultima segunda-feira da Assembleia Municipal do Porto foi aprovada por maioria (9 votos contra dos deputados do PS) a não aceitação de competências em matéria de ação social para o ano 2021. Como bem disse o deputado Raul Almeida “não chamem a isto Descentralização”. Infelizmente os deputados municipais do PS-Porto mais parecem "comissários políticos" do Largo do Rato. Nesta sessão da Assembleia Municipal do Porto a única voz favorável à aceitação das competências foi a da deputada socialista Fernanda Rodrigues: “Na apreciação do que está em causa importará pensar na descentralização enquanto processo. Há toda uma negociação a desenvolver. O papel dos municípios é insubstituível e julgamos que o Município do Porto terá vantagem em aceitar a transferência de competências”, afirmou a eleita socialista. Um estudo da Universidade do Minho, desenvolvido pela equipa técnica coordenada por Linda Veiga, diz-nos que “o aumento estimado nas despesas decorrentes da transferência de competências na área da ação social situa-se um pouco acima dos 8,8 milhões de euros. Este valor é manifestamente superior à verba prevista pela Administração Central. Daqui resulta uma insuficiência de financiamento na ordem dos 6,9 milhões de euros que preocupa todos os municípios”.

Adao Fernando Batista Bastos - Tenho muitas dúvidas e certamente quem vota sim ou sopas sem conhecer os documentos e suas implicações também deveria ter. De resto o estudo, creio que da Universidade Católica , ditando que os custos serão maiores que os benefícios poderão induzir a ideia de que a Regionalização também ficará cara. Ora o que estará em causa é a maior capacidade para os municípios intervierem em tempo oportuno e com maioria de conhecimento. Ficam as minhas reticências.

David Ribeiro - O presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, ilustre presidente de uma Câmara socialista, também recusou este "presente envenenado". Gostaria que me explicassem como é que as pequenas Câmaras Municipais, sempre com a tesouraria no negativo, irão aguentar isto.

Se as Legislativas fossem hoje... com Rio ou Rangel

Muito interessante a sondagem da Pitagórica para a TVI e CNN Portugal que nos mostra, se as eleições legislativas fossem hoje, existir uma diferença notória no caso de Rui Rio ser o líder à frente dos sociais-democratas ou menos abonatório para Paulo Rangel se fosse eleito presidente do PSD.

David Almeida - Quer num caso, quer no outro, vê-se o partido 'CHEGA' como terceira força política no Parlamento... �

David Ribeiro - Uma outra coisa que merece reflexão é o caso do CDS que com Rui Rio na liderança do PSD não passa de 0,8% e com Paulo Rangel vai aos 2,4%.

Jorge De Freitas Monteiro - Em relação a Rangel Rio “rouba“ votos a todos os outros partidos. Como fotografia do momento parece credível: à esquerda Rio tem menos anti corpos que Rangel; à direita beneficia de um efeito voto útil.

Júlio Gouveia - Pois... quem pode acreditar neste individuo, que entre outras parvoíces põe o partido à frente do país... tal como outros fazem, mas que deveriam ser severamente punidos pelo povo Neste meu gráfico podemos comparar os resultados da Legislativas2019 com as sondagens do último mês e também com a média truncada dos últimos três meses. (A média truncada é uma medida estatística de tendência central semelhante à média e à mediana. É calculada retirando uma determinada percentagem de observações, em partes iguais, de uma amostra ou distribuição de probabilidade, nos extremos superior e inferior)

As eleições antecipadas começaram hoje

Ainda o corpo quente da ‘geringonça’ jazia na sala do plenário e já Costa estava a avisar que queria ir pescar para o PS os votos da esquerda “frustrada” com este fim “inesperado”. Nas eleições, o PS vai dar o tudo por tudo na caça ao voto útil para conseguir uma maioria “reforçada, estável e duradoura”. As eleições antecipadas começaram hoje. (in Expresso) A caminho de eleições

Paulo Rangel quer PSD sozinho nas legislativas, mas promete diálogo com CDS e IL.

Salário mínimo pode subir na mesma em 2022, anuncia Tiago Antunes, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.

Duarte Cordeiro já ensaia discurso do PS em campanha: “Não existem soluções de governabilidade à direita sem extrema-direita”.

Do Bloco, um recado a Santos Silva: "Onde esteve em 2019?". Estamos numa crise, não há dúvida. À direita há regozijo pela queda da Geringonça e à esquerda parece ninguém querer assumir a culpa. Mas a culpa é de todos, até porque os deputados são os representantes do Povo no Parlamento e tudo o que eles decidirem, goste-se ou não, é o Povo a decidir. Além disso todos teremos que fazer o 'mea culpa' por se ter chegado a esta situação. Ninguém está inocente neste caso, nem eu, que sou ambidestro.

Antero Braga - PR e partidos ficam como figurantes de uma realidade que construíram e prejudicaram o povo português. Não basta parecer é preciso ser bom português.

Presidente da República ouve Parceiros Sociais, Partidos Políticos e Conselho de Estado (28 de outubro de 2021) Depois de ter reunido ontem à noite com o Presidente da Assembleia da República, bem como com o Primeiro-Ministro, que mantém o exercício das suas funções, o Presidente da República vai receber amanhã os Parceiros Sociais, no sábado os Partidos Políticos com representação parlamentar e reunirá o Conselho de Estado na quarta-feira, de acordo com o calendário abaixo indicado. O Presidente da República mantém a sua agenda prevista para os próximos dias, em tudo o que não colida com estas audições. Sexta-feira, 29 de outubro

14h00 - Recebe conjuntamente as Confederações patronais: CAP, CCP, CIP e CTP

17h30 - Recebe a CGTP-IN

18h30 - Recebe a UGT

19h30 - Recebe o Presidente do Conselho Económico e Social (CES) Sábado, 30 de outubro

Audiências aos Partidos Políticos representados na Assembleia da República, nos termos do art.º 133, e) da Constituição:

14h00 - Iniciativa Liberal (IL)

14h30 - Chega (CH)

15h00 - Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV)

15h30 - Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

16h30 - CDS - Partido Popular (CDS-PP)

17h45 - Partido Comunista Português (PCP)

18h30 - Bloco de Esquerda (B.E.)

19h30 - Partido Social Democrata (PPD/PSD)

20h30 - Partido Socialista (PS) Quarta-feira, 3 de novembro

14h00 - Preside, no Palácio da Cidadela, à reunião do Conselho de Estado com a Presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde (marcado há bastante tempo, sobre as perspetivas económicas e financeiras na Europa, em particular na Zona Euro, e seus reflexos em Portugal)

17h00 - Preside, no Palácio da Cidadela, à reunião do Conselho de Estado, nos termos dos artigos 133.º e) e 145.º a) da Constituição

A crise política está aberta

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