22 de Abril de 2020 | por Público
Ana Catarina Mendes, do PS, assinala a importância deste Conselho Europeu, por se viver "uma crise sanitária e inevitável crise económica e social" e não uma crise criada por um qualquer Estado europeu e defende a criação de um fundo de recuperação "robusto".
"Não precisamos de somar uma crise política europeia que poderia pôr em causa o projecto europeu", considera. A líder parlamentar da bancada socialista assinala os apoios já anunciados pela União Europeia. "Se não ignoramos estas conquistas, não ignoramos o esforço do Banco Central Europeu", dizendo que, há dez anos, "não se respondeu com esta celeridade", ainda que defenda que a resposta europeia "pode e deve ir mais longe".
Já do lado do PSD, Isabel Meireles, pediu "mais respostas do Conselho Europeu e do Eurogrupo", lembrando que "as centenas de milhares de euros anunciados pelo Eurogrupo são apenas empréstimos". "Não há dinheiro fresco", lamentou, antes de perguntar se António Costa iria insistir noutras formas de financiamento, como os coronabonds.
Pedro Filipe Soares, do BE, lamenta que Mário Centeno tenha cantado "vitória" sem nada para celebrar. "Era apenas austeridade encapotada, para amanhã nos cair em cima". O líder parlamentar quer saber quanto dinheiro é que há e quando é que estará disponível.
Do PCP, Bruno Dias, afirmou que "a urgência de recuperação de instrumentos de soberania" deve ser a questão central, apelando a um programa de renegociação de dívida pública, para que Portugal não fique "refém da União Europeia".
Cecília Meireles, do CDS, afirmou-se "desapontada" com o resultado da última reunião do Eurogrupo, considerando que foi apenas "uma reciclagem" de medidas que já tinham sido anunciadas, como é o caso de uma linha de apoio ao emprego. A deputada do CDS pergunta ao primeiro-ministro o que irá propor em relação ao fundo de recuperação e de onde é que virá esse financiamento e como será aplicado. "Gostava de entender se este dinheiro irá ou não à dívida nacional e também saber se forma avaliados outros mecanismos de política monetária e que estão a ser usados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido".
André Silva, do PAN, aponta o dedo à Holanda, "um país que defende o rigor no que toca à ajuda de países europeus, mas que ignora esse rigor quando actua como um verdadeiro paraíso fiscal, que consome recursos que deviam ficar nos seus países de origem". O deputado do PAN lembra que Portugal perde 236 milhões de euros por ano em impostos para a Holanda. "É crucial que esta imoral fuga seja travada", diz.
Do PEV, José Luís Ferreira diz que aquilo que se assiste é a um "salve-se quem puder, no Reino do Vale-Tudo", criticando, também, as propostas que saíram do Eurogrupo. "As soluções da Europa vêm aprisionar ainda mais as economias mais frágeis e mais dependentes da ditadura da dívida. E o que se segue já se adivinha, porque já vimos este filme", afirma. Também o PEV insiste nos milhões de euros desviados pelas "grandes empresas" para a Holanda.
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22 de Abril de 2020 | por Público
Ana Catarina Mendes, do PS, assinala a importância deste Conselho Europeu, por se viver "uma crise sanitária e inevitável crise económica e social" e não uma crise criada por um qualquer Estado europeu e defende a criação de um fundo de recuperação "robusto".
"Não precisamos de somar uma crise política europeia que poderia pôr em causa o projecto europeu", considera. A líder parlamentar da bancada socialista assinala os apoios já anunciados pela União Europeia. "Se não ignoramos estas conquistas, não ignoramos o esforço do Banco Central Europeu", dizendo que, há dez anos, "não se respondeu com esta celeridade", ainda que defenda que a resposta europeia "pode e deve ir mais longe".
Já do lado do PSD, Isabel Meireles, pediu "mais respostas do Conselho Europeu e do Eurogrupo", lembrando que "as centenas de milhares de euros anunciados pelo Eurogrupo são apenas empréstimos". "Não há dinheiro fresco", lamentou, antes de perguntar se António Costa iria insistir noutras formas de financiamento, como os coronabonds.
Pedro Filipe Soares, do BE, lamenta que Mário Centeno tenha cantado "vitória" sem nada para celebrar. "Era apenas austeridade encapotada, para amanhã nos cair em cima". O líder parlamentar quer saber quanto dinheiro é que há e quando é que estará disponível.
Do PCP, Bruno Dias, afirmou que "a urgência de recuperação de instrumentos de soberania" deve ser a questão central, apelando a um programa de renegociação de dívida pública, para que Portugal não fique "refém da União Europeia".
Cecília Meireles, do CDS, afirmou-se "desapontada" com o resultado da última reunião do Eurogrupo, considerando que foi apenas "uma reciclagem" de medidas que já tinham sido anunciadas, como é o caso de uma linha de apoio ao emprego. A deputada do CDS pergunta ao primeiro-ministro o que irá propor em relação ao fundo de recuperação e de onde é que virá esse financiamento e como será aplicado. "Gostava de entender se este dinheiro irá ou não à dívida nacional e também saber se forma avaliados outros mecanismos de política monetária e que estão a ser usados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido".
André Silva, do PAN, aponta o dedo à Holanda, "um país que defende o rigor no que toca à ajuda de países europeus, mas que ignora esse rigor quando actua como um verdadeiro paraíso fiscal, que consome recursos que deviam ficar nos seus países de origem". O deputado do PAN lembra que Portugal perde 236 milhões de euros por ano em impostos para a Holanda. "É crucial que esta imoral fuga seja travada", diz.
Do PEV, José Luís Ferreira diz que aquilo que se assiste é a um "salve-se quem puder, no Reino do Vale-Tudo", criticando, também, as propostas que saíram do Eurogrupo. "As soluções da Europa vêm aprisionar ainda mais as economias mais frágeis e mais dependentes da ditadura da dívida. E o que se segue já se adivinha, porque já vimos este filme", afirma. Também o PEV insiste nos milhões de euros desviados pelas "grandes empresas" para a Holanda.