Alhos Vedros ao Poder !: A Galeria dos Monos Nacionais IV

07-07-2011
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Um exemplo maior de génio do pensamento político-social cósmico a que só o injusto atraso de um século e tal no nascimento retirou maior protagonismo é o de Boaventura Sousa Santos.Vanguardista do pensamento do senso-comum, detractor da ciência como fonte de obscurantismo, inventor do “paradigma emergente”, BSS é o infeliz revolucionário sem revolução à mão. Como se o Lenine tivesse nascido no mês passado ou o Savonarola fosse filho de um dos cardeais tridentinos, BSS foi traído pela sua época.O mais que se arranjou foi um Fórum Social Mundial, à falta da Revolução Social. Tivesse ele vivido entre finais do século XIX e início do século XX e a face da Terra não seria a mesma. Teríamos metade do mundo à imagem da Albânia ou mesmo da Coreia do Norte. Certamente que não teríamos problemas ecológicos, pois ainda andaríamos todos de bicicleta e de arco e flecha, à moda do bom selvagem amazónico.A isto chama-se visão prospectiva regressiva pré-ecológica emergente.Na falta de uma época à sua medida, BSS vive amargamente de bastos subsídios para investigar esta, do alto de um Observatório que desmerece uma personalidade a que só milhares de estátuas monumentais espalhadas por todo o Hemisfério Norte (e Sul, já agora) poderiam fazer devida justiça – em fato de passeio, saudando o povo, de sorriso aberto no rosto e escopeta ao ombro.Apesar disso, BSS ainda tenta converter as almas com aquelas prosas que fazem lembrar o pior daquele tipo de esquerda latino-americana terceiro-mundista que se dá muito bem com discursos mas muito mal com a prática política.Nos intervalos das suas reflexões, este espírito audaz ainda tem tempo para se aventurar pelo campo da poesia, produzindo peças de fino recorte lírico com reminiscências de outros tempos, como uma visionária Ode à Infância, de que se reproduz o seguinte excerto:" ...nas ruínas do ciclone de quarentatrabalhos manuais sem mestre nem montraentram chefes guerras caracóistesouras e pauzinhosnas rachas das meninasna catequese é em coroe em filasno escuro dos intervalosmedem-se as pilasBoaventura tens quebrantodois te puseram três te hão de tirarse eles quiserem bem podemsão as três pessoas da Santíssima Trindade..."Palavras para quê ? É um epistemólogo português !Quem não acreditar na “pousia” citada, pode sempre ler o que sobre ela escreveu Maria Filomena Mónica, num dos seus dias bons.


Um exemplo maior de génio do pensamento político-social cósmico a que só o injusto atraso de um século e tal no nascimento retirou maior protagonismo é o de Boaventura Sousa Santos.Vanguardista do pensamento do senso-comum, detractor da ciência como fonte de obscurantismo, inventor do “paradigma emergente”, BSS é o infeliz revolucionário sem revolução à mão. Como se o Lenine tivesse nascido no mês passado ou o Savonarola fosse filho de um dos cardeais tridentinos, BSS foi traído pela sua época.O mais que se arranjou foi um Fórum Social Mundial, à falta da Revolução Social. Tivesse ele vivido entre finais do século XIX e início do século XX e a face da Terra não seria a mesma. Teríamos metade do mundo à imagem da Albânia ou mesmo da Coreia do Norte. Certamente que não teríamos problemas ecológicos, pois ainda andaríamos todos de bicicleta e de arco e flecha, à moda do bom selvagem amazónico.A isto chama-se visão prospectiva regressiva pré-ecológica emergente.Na falta de uma época à sua medida, BSS vive amargamente de bastos subsídios para investigar esta, do alto de um Observatório que desmerece uma personalidade a que só milhares de estátuas monumentais espalhadas por todo o Hemisfério Norte (e Sul, já agora) poderiam fazer devida justiça – em fato de passeio, saudando o povo, de sorriso aberto no rosto e escopeta ao ombro.Apesar disso, BSS ainda tenta converter as almas com aquelas prosas que fazem lembrar o pior daquele tipo de esquerda latino-americana terceiro-mundista que se dá muito bem com discursos mas muito mal com a prática política.Nos intervalos das suas reflexões, este espírito audaz ainda tem tempo para se aventurar pelo campo da poesia, produzindo peças de fino recorte lírico com reminiscências de outros tempos, como uma visionária Ode à Infância, de que se reproduz o seguinte excerto:" ...nas ruínas do ciclone de quarentatrabalhos manuais sem mestre nem montraentram chefes guerras caracóistesouras e pauzinhosnas rachas das meninasna catequese é em coroe em filasno escuro dos intervalosmedem-se as pilasBoaventura tens quebrantodois te puseram três te hão de tirarse eles quiserem bem podemsão as três pessoas da Santíssima Trindade..."Palavras para quê ? É um epistemólogo português !Quem não acreditar na “pousia” citada, pode sempre ler o que sobre ela escreveu Maria Filomena Mónica, num dos seus dias bons.

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