Share
O Messias anda hoje por terras de Otto von Bismarck. Porém, nem tudo correu como planeado para o candidato Democrata: foi-lhe recusado o discurso no portão de Brandemburgo, um dos mais conhecidos símbolos da Guerra-Fria e onde já discursou, entre outros, Ronald Reagan. No entanto, Barack Obama encontrou, desde logo, uma alternativa: a Coluna da Vitória, no parque Tiergarten.Não por isso se retirou o ânimo aos muitos admiradores de Obama na Europa que esperam, para hoje, um grande discurso de Barack Obama sobre as relações transatlânticas. A própria imprensa já especula que o discurso irá ser "fantástico" e que irão estar no parque Tiergarten milhares de pessoas. Para aqueles que não conseguíram deslocar-se ao parque, o discurso passará em directo em algumas estações de televisão Alemãs.Uma sondagem, revelada há dias, diz que 76% dos Alemães votariam em Obama caso fossem Norte-Americanos. Apenas 10% dos inquiridos afirmou que votaria em John McCain.A Europa anda profundamente iludida, seduzida e afectada pela febre Obama e pelo anti-Americanismo convulso. Os amores por Obama estão, entre outras coisas, relacionados com o sentimento fortemente anti-Americano na Europa, pela descrença nos valores que hoje nos guiam, pela retórica populisto-demagoga do candidato, pelo facto de pertencer a uma minoria, pelo facto de não ser Republicano, porque Bush o é.A deficitária (em qualidade, diga-se) cobertura às eleições Norte-Americanas, nomeadamente às políticas defendidas pelos dois principais candidatos, canalizou a popularidade de Obama para níveis estratosféricos um pouco por todo o Mundo. No entanto, basta uma análise razoável para se descobrir que o Barack Obama que nos aparece todos os dias nas televisões nacionais é substancialmente diferente do verdadeiro.Barack Obama já passou à acção. Mas as televisões ainda continuam nas primárias, onde o candidato Democrata apenas falava de "Hope", "Change" entre outras coisas do género. Agora que as coisas começam a ficar mais sérias, Barack Obama revelou-se tudo menos aquilo que a comunicação social estava à espera: já afirmou que Jerusalém deve permanecer capital indivisível de Israel, já afirmou que afinal é para continuar no Iraque por mais 18 meses, já afirmou que é preciso endurecer a Guerra contra os Talibans, no Afeganistão, reforçando o contingente Norte-Americano.A mudança parece estar afinal mais díficil. Obama continua a alimentar a propaganda da mudança mas, ao mesmo tempo, começa a jogar no campo do razoável. Inflectiu substancialmente ao centro, tentando ir buscar os votos de Hillary. Mas Obama corre muitos riscos nesta sua jogada: pode perder os eleitores da mudança, os liberais mais convictos, pode desiludir o Mundo.Pode, também, perder o apoio da comunicação social (algo muito difícil, porque McCain é um monstro). E é esta que, segundo os próprios Norte-Americanos, tem levado o fenómeno Obama um pouco por toda a parte: 60% dos Norte-Americanos diz que a imprensa está a beneficiar claramente Obama em detrimento de McCain. Apenas 10% diz o contrário.Passando a sondagens, as coisas continuam muito na mesma: corrida muito renhida, com empates técnicos em estados muito importantes. Ohio deu um salto significativo para o lado de McCain mas, ao mesmo tempo, Obama aproximou-se de McCain na Flórida. A nível nacional, McCain é visto cada vez mais de forma apreciativa (cerca de 60%) e Obama tido cada vez mais com candidato inexperiente para ser Presidente (45-50%).
Categorias
Entidades
Share
O Messias anda hoje por terras de Otto von Bismarck. Porém, nem tudo correu como planeado para o candidato Democrata: foi-lhe recusado o discurso no portão de Brandemburgo, um dos mais conhecidos símbolos da Guerra-Fria e onde já discursou, entre outros, Ronald Reagan. No entanto, Barack Obama encontrou, desde logo, uma alternativa: a Coluna da Vitória, no parque Tiergarten.Não por isso se retirou o ânimo aos muitos admiradores de Obama na Europa que esperam, para hoje, um grande discurso de Barack Obama sobre as relações transatlânticas. A própria imprensa já especula que o discurso irá ser "fantástico" e que irão estar no parque Tiergarten milhares de pessoas. Para aqueles que não conseguíram deslocar-se ao parque, o discurso passará em directo em algumas estações de televisão Alemãs.Uma sondagem, revelada há dias, diz que 76% dos Alemães votariam em Obama caso fossem Norte-Americanos. Apenas 10% dos inquiridos afirmou que votaria em John McCain.A Europa anda profundamente iludida, seduzida e afectada pela febre Obama e pelo anti-Americanismo convulso. Os amores por Obama estão, entre outras coisas, relacionados com o sentimento fortemente anti-Americano na Europa, pela descrença nos valores que hoje nos guiam, pela retórica populisto-demagoga do candidato, pelo facto de pertencer a uma minoria, pelo facto de não ser Republicano, porque Bush o é.A deficitária (em qualidade, diga-se) cobertura às eleições Norte-Americanas, nomeadamente às políticas defendidas pelos dois principais candidatos, canalizou a popularidade de Obama para níveis estratosféricos um pouco por todo o Mundo. No entanto, basta uma análise razoável para se descobrir que o Barack Obama que nos aparece todos os dias nas televisões nacionais é substancialmente diferente do verdadeiro.Barack Obama já passou à acção. Mas as televisões ainda continuam nas primárias, onde o candidato Democrata apenas falava de "Hope", "Change" entre outras coisas do género. Agora que as coisas começam a ficar mais sérias, Barack Obama revelou-se tudo menos aquilo que a comunicação social estava à espera: já afirmou que Jerusalém deve permanecer capital indivisível de Israel, já afirmou que afinal é para continuar no Iraque por mais 18 meses, já afirmou que é preciso endurecer a Guerra contra os Talibans, no Afeganistão, reforçando o contingente Norte-Americano.A mudança parece estar afinal mais díficil. Obama continua a alimentar a propaganda da mudança mas, ao mesmo tempo, começa a jogar no campo do razoável. Inflectiu substancialmente ao centro, tentando ir buscar os votos de Hillary. Mas Obama corre muitos riscos nesta sua jogada: pode perder os eleitores da mudança, os liberais mais convictos, pode desiludir o Mundo.Pode, também, perder o apoio da comunicação social (algo muito difícil, porque McCain é um monstro). E é esta que, segundo os próprios Norte-Americanos, tem levado o fenómeno Obama um pouco por toda a parte: 60% dos Norte-Americanos diz que a imprensa está a beneficiar claramente Obama em detrimento de McCain. Apenas 10% diz o contrário.Passando a sondagens, as coisas continuam muito na mesma: corrida muito renhida, com empates técnicos em estados muito importantes. Ohio deu um salto significativo para o lado de McCain mas, ao mesmo tempo, Obama aproximou-se de McCain na Flórida. A nível nacional, McCain é visto cada vez mais de forma apreciativa (cerca de 60%) e Obama tido cada vez mais com candidato inexperiente para ser Presidente (45-50%).