Zita Seabra explica porque faltou à votação

03-10-2015
marcar artigo

Redação / CP

A deputada do PSD Zita Seabra explicou que saiu da sala na sexta-feira, no momento da votação do projecto do CDS-PP que recomendava a suspensão da avaliação de professores, por não querer votar a favor.Zita Seabra deu esta justificação e, por outro lado, questionou a estratégia do PSD no que respeita à avaliação dos professores, na reunião desta quinta-feira do grupo parlamentar social-democrata, disseram à Lusa deputados do partido.Sublinhando que é «completamente a favor da avaliação dos professores», Zita Seabra disse que estava presente nas votações de sexta-feira, que saiu quando o projecto do CDS-PP foi a votos «para não votar esse ponto» e que depois voltou a entrar.A social-democrata perguntou por que é que há liberdade de voto em questões ditas fracturantes, enquanto noutras questões, como a avaliação dos professores, é imposta a disciplina de voto, defendendo que a disciplina deveria ser «a excepção».Ainda segundo os mesmos relatos, a ex-comunista considerou que, no que respeita à avaliação dos professores, o PSD deixou centrar em si as atenções que antes estavam centradas na ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.Zita Seabra argumentou que o PSD é «um partido de Governo» e manifestou dúvidas de que ganhe votos ao ficar «no centro de uma luta política» como esta. «Dará tantos votos a nós como deu ao Mário Nogueira», terá observado, recordando que o secretário-geral da FENPROF foi o cabeça-de-lista pela CDU em Coimbra nas últimas legislativas e não foi eleito.A seguir, Emídio Guerreiro lembrou que Zita Seabra fez parte da anterior direcção do PSD, liderada por Luís Filipe Menezes, que também defendeu a suspensão do modelo de avaliação dos professores.Por outro lado, o deputado Guilherme Silva defendeu que a Constituição, ao estabelecer a independência dos deputados, impede os partidos de os sancionarem pelas faltas e que a única eventual sanção é «uma sanção política, por parte do eleitorado».O social-democrata eleito pela Madeira respondeu à questão da eventual desmotivação da bancada do PSD dizendo que para quem está desmotivado, em qualquer grupo parlamentar, «há duas saídas: ou pede a suspensão, se a desmotivação é conjuntural, ou renuncia ao mandato, se é estrutural».Ainda de acordo com deputados do PSD, Guilherme Silva reiterou a sua opinião pessoal, que referiu não ser «politicamente correcta», de que não deveria haver reuniões plenárias à sexta-feira, porque o Parlamento tem deputados de todo o país e das regiões autónomas.Na reunião ouviram-se algumas críticas à condução do processo por parte do PSD na sequência das faltas de sexta-feira e também houve quem criticasse a comunicação social, sustentando que não é isenta.

Redação / CP

A deputada do PSD Zita Seabra explicou que saiu da sala na sexta-feira, no momento da votação do projecto do CDS-PP que recomendava a suspensão da avaliação de professores, por não querer votar a favor.Zita Seabra deu esta justificação e, por outro lado, questionou a estratégia do PSD no que respeita à avaliação dos professores, na reunião desta quinta-feira do grupo parlamentar social-democrata, disseram à Lusa deputados do partido.Sublinhando que é «completamente a favor da avaliação dos professores», Zita Seabra disse que estava presente nas votações de sexta-feira, que saiu quando o projecto do CDS-PP foi a votos «para não votar esse ponto» e que depois voltou a entrar.A social-democrata perguntou por que é que há liberdade de voto em questões ditas fracturantes, enquanto noutras questões, como a avaliação dos professores, é imposta a disciplina de voto, defendendo que a disciplina deveria ser «a excepção».Ainda segundo os mesmos relatos, a ex-comunista considerou que, no que respeita à avaliação dos professores, o PSD deixou centrar em si as atenções que antes estavam centradas na ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.Zita Seabra argumentou que o PSD é «um partido de Governo» e manifestou dúvidas de que ganhe votos ao ficar «no centro de uma luta política» como esta. «Dará tantos votos a nós como deu ao Mário Nogueira», terá observado, recordando que o secretário-geral da FENPROF foi o cabeça-de-lista pela CDU em Coimbra nas últimas legislativas e não foi eleito.A seguir, Emídio Guerreiro lembrou que Zita Seabra fez parte da anterior direcção do PSD, liderada por Luís Filipe Menezes, que também defendeu a suspensão do modelo de avaliação dos professores.Por outro lado, o deputado Guilherme Silva defendeu que a Constituição, ao estabelecer a independência dos deputados, impede os partidos de os sancionarem pelas faltas e que a única eventual sanção é «uma sanção política, por parte do eleitorado».O social-democrata eleito pela Madeira respondeu à questão da eventual desmotivação da bancada do PSD dizendo que para quem está desmotivado, em qualquer grupo parlamentar, «há duas saídas: ou pede a suspensão, se a desmotivação é conjuntural, ou renuncia ao mandato, se é estrutural».Ainda de acordo com deputados do PSD, Guilherme Silva reiterou a sua opinião pessoal, que referiu não ser «politicamente correcta», de que não deveria haver reuniões plenárias à sexta-feira, porque o Parlamento tem deputados de todo o país e das regiões autónomas.Na reunião ouviram-se algumas críticas à condução do processo por parte do PSD na sequência das faltas de sexta-feira e também houve quem criticasse a comunicação social, sustentando que não é isenta.

marcar artigo