A B S O R T O: IR PELA SUA MÃO

26-01-2012
marcar artigo


Fotografia de Om Namah Shivaya Em memória de meu paiIr pela sua mão era caminharpara um paraíso sem nome,sonhar uma aventura ternasabendo de cor o caminhode regresso a casa a pésem guia nem vertigensIr pela sua mão abertaà ternura de mão solitáriaera saborear um enganosem mácula, sobrevivere nada dever aos outrosque se não pudesse devolverIr pela sua mão desarmadanão deixava rasto no chãoe a minha cabeça voava à rodado meu coração que batiacomo agora quando me escapoà rotina do bater do diaIr pela sua mão lembra-mesempre o dobrar dos dias,homens tristes de ombrospostos nas esquinas luzidiasesperando taciturnos perdero sentido do seu próprio corpoIr pela sua mão seria partirdo nada ao especial feito,rasgar um caminho incertode mágoas, uma alegria banal,sagradas confidências guardadasentre nós que se não confiamIr pela sua mão dava acessoao mundo, mas ninguém soubedas suas amantes que eu vi,nem dos gritos do seu olharque se abria dolente para mimpedindo em silêncio aceitaçãoEu tudo lhe dei sempre sem pedirnada em troca, somente por vezesa sua mão para ir nela confianteem busca de um caminho qualquerque não sabia onde levava nemisso de verdade nada interessava.(In "Ir pela sua mão" - Maio 2003 - Editora Ausência. Um poema meu, a título excepcional, suscitado pela referência amável do JPN no Respirar o Mesmo Ar)


Fotografia de Om Namah Shivaya Em memória de meu paiIr pela sua mão era caminharpara um paraíso sem nome,sonhar uma aventura ternasabendo de cor o caminhode regresso a casa a pésem guia nem vertigensIr pela sua mão abertaà ternura de mão solitáriaera saborear um enganosem mácula, sobrevivere nada dever aos outrosque se não pudesse devolverIr pela sua mão desarmadanão deixava rasto no chãoe a minha cabeça voava à rodado meu coração que batiacomo agora quando me escapoà rotina do bater do diaIr pela sua mão lembra-mesempre o dobrar dos dias,homens tristes de ombrospostos nas esquinas luzidiasesperando taciturnos perdero sentido do seu próprio corpoIr pela sua mão seria partirdo nada ao especial feito,rasgar um caminho incertode mágoas, uma alegria banal,sagradas confidências guardadasentre nós que se não confiamIr pela sua mão dava acessoao mundo, mas ninguém soubedas suas amantes que eu vi,nem dos gritos do seu olharque se abria dolente para mimpedindo em silêncio aceitaçãoEu tudo lhe dei sempre sem pedirnada em troca, somente por vezesa sua mão para ir nela confianteem busca de um caminho qualquerque não sabia onde levava nemisso de verdade nada interessava.(In "Ir pela sua mão" - Maio 2003 - Editora Ausência. Um poema meu, a título excepcional, suscitado pela referência amável do JPN no Respirar o Mesmo Ar)

marcar artigo