PSICANÁLISES

22-01-2012
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BIN THE BINGostava de séries americanas e desejava Whitney Houston de "forma intensa"Quando tinhamos sexo ele gostava de se "pedrar"... quando tudo terminava, desligava a música, caía na religião e ia rezar, conta Kola Boof... que... por revelar ... Laden de forma tão surpreendente recebeu ameaças de morte. in jornal português de distribuição gratuíta.PerversõesJá noutra ocasião escrevi que a estrutura psiquíca do perverso é rígida e pouco mutável. Por isso as comunidades humanas devem estar preparadas para se defrontarem, e se defenderem, das "grandes perversões", que são aquelas que colocam em causa a liberdade, a integralidade emocional, e mesmo a existência física do "outro".Sem dúvida que o cariz cultural determina a maneira como as perversões são encaradas. Se numa determinada comunidade determinado tipo de comportamento não é considerado "desviante", noutra poderá sê-lo: daí a dificuldade com que nos deparamos quando se fala, abstractamente, de perversões. Independentemente das nuances culturais, parece claro que num mundo cada vez mais globalizado tende a criar-se uma certa homogeneidade cultural que, ainda que temperada pelas diferenças, tenderá a criar um "corpus" de valores que progressivamente se apresentarão como "absolutos". Digamos que como Freud, e posteriormente Lacan baseado no trabalho dos antropólogos, muito especialmente Levi-Strauss, demonstrou que a proibição do incesto é uma "lei universal" no que toca ás comunidades humanas (exceptuando os "incestos régios" entre irmãos no antigo Egipto, por exemplo), outros valores tenderão a sê-lo com a mesma pertinência. Refiro-me à vida em geral e à vida humana em particular, à liberdade de expressão, à emancipação das mulheres e à integridade física e psíquica dos seres humanos, nomeadamente.Será face a este "corpus central" de valores, que será comum a todas as culturas independentemente dos seus timbres e colorações, que as perversões passarão a ser definidas e posicionadas em termos sociais, culturais e jurídicos.Perversões que passaram a ser consideradas social e culturalmente como um comportamento "normal" (a homossexualidade no início do século passado era vista e tratada como sendo uma perversão), poderão integrar-se na "normalidade" humana desde que não belisquem o "corpus" de valores acima referido.Não me parece que seja o caso do assassino em série ou do pedófilo. Se em relação ao primeiro a situação é, aparentemente, transparente, em relação ao segundo pode variar de acordo com as idades definidas legalmente e que variam de cultura para cultura. Provavelmente tender-se-á, também a este nível, para uma uniformização jurídica que impeça que o pedófilo se aproveite da heterogeneidade legislativa para manter uma prática que causa danos profundos na estrutura do "outro" que ele utiliza para seu "gozo" pessoal. A terminologia utilizada é lacaniana porque é aquela que nos permite objectivar algo que à partida não é suficientemente claro devido quer ás nuances culturais, quer ás legais. Ao contrário daquele que mata repetidamente por compulsão (é importante compreender-se que a compulsão é fundamentalmente um acto de procura do "Gozo"), situação que em nenhuma comunidade humana actual pode ser considerada "aceitável" (exceptuem-se situações de guerra, nomeadamente, em que um perverso pode dar azo à sua patologia e, eventualmente, ser considerado um herói*), o pedófilo pode estar relativamente a salvo em algumas culturas. Ainda que se tenda para uma generalização da condenação do acto pedófilo, as disposições jurídicas, no que diz respeito ás idades das crianças e jovens, são díspares. Trata-se de um problema de efectiva complexidade.O "osso" de uma perversão è exatamente a "quantidade", a "concentração de gozo", de "excitação", que o sujeito experimenta quando passa ao acto. Não é a causa da perversão que é relevante mas sim a força da "pulsão" que condiciona a "passagem ao acto". Como a "medida", a percepção dessa "quantidade" de gozo só aparece, sob o discurso, no decurso de uma análise; como é sabido que os perversos não procuram nem necessitam da psicanálise desde que mantenham o exercício impune do seu gozo ou da procura dele; as comunidades humanas têm de criar regras, mesmo "artificiais", que imponham os limites que a estrutura psíquica do perverso não foi capaz de auto-regular. E isso só é possível, efectivamente, sob a forma de coacção. Caso contrário o perverso, que é capaz de se fazer passar pelo melhor cidadão do mundo, manterá e ampliará as suas práticas com uma intensidade exponêncial à impunidade com que põe em acto as suas práticas. Isto porque a satisfação imaginária estará cada vez mais aquém daquilo que experimenta, o que o levará a procurar "o Gozo", "o Prazer", com uma intensidade cada vez maior.Não é de admirar por isso que o assassino vá a pé ao santuário de Fátima depois de cometer mais um acto de "purificação" ao crucificar mais uma jovem "impura", "pecaminosa" e "pecadora". Frequentemente os "serial killers" são místicos e acreditam estarem incumbidos de uma "missão" importante, normalmente "purificadora". Isto é não só uma máscara perante ele mesmo (ao pretender esconder de si mesmo que aquilo que o impulsiona é simplesmente o gozo, ou a procura dele, e a excitação que experimenta no acto de estrangular as suas vítimas), como faz parte da vertente psicótica da "grande perversão". É fácil de compreender que este tipo de patologia não tem retorno, isto é, não tem "cura". O seu hipotético arrependimento funcionará sempre no registo de auto-convencimento de que se errou, errou na sua busca de ser um ser paradigmático... Da mesma forma que o pedófilo diz não ter violentado as crianças mas ter praticado actos de amor... Por isso, no caso muito particular do assassino em série, uma legislação que permita a sua libertação, mesmo num futuro longínquo, é uma legislação que não salvaguarda minimamente o direito à vida e à integridade física de todas as potênciais vítimas que sirvam a sua procura de gozo, que há-de re-aparecer sempre revestida pelo papel delirante do "justiceiro", do "íntegro" e do "moralista". Também no caso do "pró-assassino" juvenil, mesmo actuando em "mancha" sob o efeito de uma solidariedade (patológica) de grupo, para quem a tortura e agressão é já uma fonte de prazer, não acredito que haja grande retorno depois de ter (em) passado ao acto. Juridicamente pode-se inventar o que se quiser. Na prática estamos confrontados com uma estrutura perversa. AST* George Devereux falava em sociedades ou culturas patológicas. O nazismo, que foi uma cultura de massas, é um exemplo típico de uma sociedade patológica que, como toda a psicose, seja individual seja generalizada, procurava fundar-se sobre "mitologias antigas" e sobre o culto do "indivíduo paradigmático", representante de uma suposta "raça autêntica". Socorrendo-se de mitigadas mitologias e, muito frequentemente, de dados e conhecimentos pseudo-ciêntíficos, o psicótico vai inventar toda uma trama onde ele, finalmente, surge como o redentor. Oui, vous avez raison, il y a trois structures, la névrose, la psychose et la perversion. Quand nous avons travaillé la question de trois temps de l'Oedipe dans le séminaire les formations de l'inconscient nous avons vu qu'il y a un second temps où le père doit intervenir pour d'une part interdire à la mère littéralement de "réintègrer son produit" en l'occurrence son enfant, et donc d'en faire purement et simplement son objet phallique, d'autre part chasser l'enfant de cette position, lui interdire de se complaire dans cette position d'objet de la mère. C'est là que prennent naissance ces trois structures, lorsque cet interdit ne fonctionne pas bien. Liliane Fainsilber em grupo de trabalho sobre as sobre "as cinco psicanálises". O Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO) do Conselho da Europa analisou o combate ao crime económico em Portugal e ficou desanimado. Mas acima de tudo, os membros do GRECO ficaram espantados com as somas insignificantes apreendidas em processos por corrupção. ... os corruptos não se atingem com campanhas de prevenção e educação.João Paulo Guerra in Diário Económico de 29 de Maio, pag 42A confirmarem-se as suspeitas da Polícia, o novo "serial killer" português, será, como os anteriores, um moralista, um "dono da moral e dos bons costumes". idem in Diário Económico, 27 de Junho, pag 36Fontes da Polícia Judiciária (PJ) garantem que os homicídios passionais têm vindo a diminuir. Mas, ainda assim, esta força de segurança registou, em 2005, 33 homicídios e 27 tentativas, em que as mulheres são vítimas dos respectivos companheiros. Este ano, até Maio, já estão registados 12 homicídios e nove tentativas - com a mesma tipologia. Recorde-se que o relatório da Amnistia Internacional, relativamente ao ano passado, denunciava em Portugal o assassínio de 33 mulheres às mãos dos respectivos maridos ou ex-maridos.Estima-se, aliás, que no País aconteçam cinco homicídios conjugais por mês - a maioria sobre mulheres -, alerta a presidente da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres, Elza Pais. Segundo esta socióloga, 83% dos homicídios conjugais, na década de 90, eram praticados por homens sobre esposas e companheiras. E este estereótipo tende a manter-se, de acordo com os dados da Judiciária, quando cruzados, também, com a actividade da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), que, em 2005, registou 3442 crimes de violência doméstica....Os autores da maioria dos crimes passionais são imputáveis. Ou seja, são raros os casos de inconsciência por causas patológicas. Para Marlene Matos, o crime passional está relacionado, sobretudo, com estereótipos do papel do género - na família, no emprego, em todas as situações. "A mulher é ainda vista como subalterna do homem", diz esta psicoterapeuta da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça da Universidade do Minho.Esta docente realizou um estudo junto de estudantes do ensino superior e concluiu que o estereótipo mantém-se entre os jovens namorados. "Eles continuam a exercer pressões psicológicas sobre elas, tendo-se registado, inclusive, casos de violência física. E elas resignam-se", explicou....Sofia Neves alerta: "A violência contra as mulheres continua a ser matéria de saúde pública, de direitos humanos e de democracia." in http://dn.sapo.pt (2006/08/21)Os portugueses são, infelizmente, assim. Abusam do poder, confundem poder com autoridade, acham - como os romanos achavam do direito de propriedade - que é no abuso que se revela no seu explendor o poder de que usufrui. E depois admiram-se que ninguém os respeite, que todos os desprezem... José Miguel Júdice in Público, 28 de Julho de 2006, pag 11 ... o grande problema de Portugal são os portugueses, onde se incluem, como é evidente, os detentores dos cargos públicos. São eles, com os vícios culturais que marcam a sociedade portuguesa, que impedem que as coisas mudem para melhor. ... vai-se esquecendo (o ministro das finanças) de mandar os serviços do seu ministério saber de onde veio o dinheiro para a compra de casas fabulosas, que se vêem por todo o lado.... o difícil, em Portugal, é não resolver o problema, tal é a sua evidência! Hélio Bernardo Lopes in Jornal do Norte, 04/09/2006, pag 7 A Realidade Ultrapassa a FicçãoRicardina Pires Carvalho Alfaia, professora em Cabo Verde, aposentada com 27 euros e 62 cêntimos por mês....O que não vale a pena é perder tempo a tentar perceber por que razão Manuel Alegre Melo Duarte, o poeta, deputado e líder do movimento para restaurar a honestidade na vida pública, se reforma com 3 219 euros por ter sido durante três meses, há 40 anos, funcionário da RDP. José Júdice in Metro - Portugal, 26 de Julho de 2006, pag 06Heidegger calla . He ahí su complicidad. Lo demás, y estoy de acuerdo con Lacoue-Labarthe, con Lyotard y con Gerardo de la Fuente, es menos relevante y hasta puede ser atribuido a un error político como quiere Walter Biemel y tantos otros; lo que no puede obviarse es su silencio posterior, ante esto yo tampoco tengo palabras. Esto, por supuesto, es evadir o falsear lo obvio. Los pronunciamientos de Heidegger sobre el Verjudung, la “infección del judaísmo” en la vida espiritual alemana, son anteriores a la ascensión de Hitler al poder. Los discursos que pronunció en 1933 y 1934 elogiando al nuevo régimen, su trascendente legitimidad y la misión del Führer, perduran en la ignominia, así como la decisión de Heidegger de reimprimirlos —orgulloso de su integridad— en una edición de 1953 de su Introducción a la metafísica, la famosa definición de los altos ideales del nacionalsocialismo. Otra máxima, aún más célebre, ocurrió en una de las lecturas que Heidegger pronunció en Bremen en 1949. Ahí, Heidegger equipara la masacre de seres humanos (Heidegger evade tímidamente la palabra “judíos”) con la agricultura en serie y la tecnología moderna. Como la entrevista publicada por Der Spiegel en 1966 deja en claro, Heidegger simplemente no estaba dispuesto a expresar cualquier opinión directa sobre el Holocausto o sobre el papel que él desempeñó en la miasma retórica y espiritual del nazismo. El de él era un silencio formidablemente astuto. Permitió a Lacan declarar que el pensamiento de Heidegger era “el más encumbrado del mundo” e hizo posible que Foucault basara su modelo de la “muerte del individuo” en el “post humanismo” heideggeriano. in "Heidegger y el nazismo" por Alberto Constante (www.psikeba.com.ar/articulos)English Translation


BIN THE BINGostava de séries americanas e desejava Whitney Houston de "forma intensa"Quando tinhamos sexo ele gostava de se "pedrar"... quando tudo terminava, desligava a música, caía na religião e ia rezar, conta Kola Boof... que... por revelar ... Laden de forma tão surpreendente recebeu ameaças de morte. in jornal português de distribuição gratuíta.PerversõesJá noutra ocasião escrevi que a estrutura psiquíca do perverso é rígida e pouco mutável. Por isso as comunidades humanas devem estar preparadas para se defrontarem, e se defenderem, das "grandes perversões", que são aquelas que colocam em causa a liberdade, a integralidade emocional, e mesmo a existência física do "outro".Sem dúvida que o cariz cultural determina a maneira como as perversões são encaradas. Se numa determinada comunidade determinado tipo de comportamento não é considerado "desviante", noutra poderá sê-lo: daí a dificuldade com que nos deparamos quando se fala, abstractamente, de perversões. Independentemente das nuances culturais, parece claro que num mundo cada vez mais globalizado tende a criar-se uma certa homogeneidade cultural que, ainda que temperada pelas diferenças, tenderá a criar um "corpus" de valores que progressivamente se apresentarão como "absolutos". Digamos que como Freud, e posteriormente Lacan baseado no trabalho dos antropólogos, muito especialmente Levi-Strauss, demonstrou que a proibição do incesto é uma "lei universal" no que toca ás comunidades humanas (exceptuando os "incestos régios" entre irmãos no antigo Egipto, por exemplo), outros valores tenderão a sê-lo com a mesma pertinência. Refiro-me à vida em geral e à vida humana em particular, à liberdade de expressão, à emancipação das mulheres e à integridade física e psíquica dos seres humanos, nomeadamente.Será face a este "corpus central" de valores, que será comum a todas as culturas independentemente dos seus timbres e colorações, que as perversões passarão a ser definidas e posicionadas em termos sociais, culturais e jurídicos.Perversões que passaram a ser consideradas social e culturalmente como um comportamento "normal" (a homossexualidade no início do século passado era vista e tratada como sendo uma perversão), poderão integrar-se na "normalidade" humana desde que não belisquem o "corpus" de valores acima referido.Não me parece que seja o caso do assassino em série ou do pedófilo. Se em relação ao primeiro a situação é, aparentemente, transparente, em relação ao segundo pode variar de acordo com as idades definidas legalmente e que variam de cultura para cultura. Provavelmente tender-se-á, também a este nível, para uma uniformização jurídica que impeça que o pedófilo se aproveite da heterogeneidade legislativa para manter uma prática que causa danos profundos na estrutura do "outro" que ele utiliza para seu "gozo" pessoal. A terminologia utilizada é lacaniana porque é aquela que nos permite objectivar algo que à partida não é suficientemente claro devido quer ás nuances culturais, quer ás legais. Ao contrário daquele que mata repetidamente por compulsão (é importante compreender-se que a compulsão é fundamentalmente um acto de procura do "Gozo"), situação que em nenhuma comunidade humana actual pode ser considerada "aceitável" (exceptuem-se situações de guerra, nomeadamente, em que um perverso pode dar azo à sua patologia e, eventualmente, ser considerado um herói*), o pedófilo pode estar relativamente a salvo em algumas culturas. Ainda que se tenda para uma generalização da condenação do acto pedófilo, as disposições jurídicas, no que diz respeito ás idades das crianças e jovens, são díspares. Trata-se de um problema de efectiva complexidade.O "osso" de uma perversão è exatamente a "quantidade", a "concentração de gozo", de "excitação", que o sujeito experimenta quando passa ao acto. Não é a causa da perversão que é relevante mas sim a força da "pulsão" que condiciona a "passagem ao acto". Como a "medida", a percepção dessa "quantidade" de gozo só aparece, sob o discurso, no decurso de uma análise; como é sabido que os perversos não procuram nem necessitam da psicanálise desde que mantenham o exercício impune do seu gozo ou da procura dele; as comunidades humanas têm de criar regras, mesmo "artificiais", que imponham os limites que a estrutura psíquica do perverso não foi capaz de auto-regular. E isso só é possível, efectivamente, sob a forma de coacção. Caso contrário o perverso, que é capaz de se fazer passar pelo melhor cidadão do mundo, manterá e ampliará as suas práticas com uma intensidade exponêncial à impunidade com que põe em acto as suas práticas. Isto porque a satisfação imaginária estará cada vez mais aquém daquilo que experimenta, o que o levará a procurar "o Gozo", "o Prazer", com uma intensidade cada vez maior.Não é de admirar por isso que o assassino vá a pé ao santuário de Fátima depois de cometer mais um acto de "purificação" ao crucificar mais uma jovem "impura", "pecaminosa" e "pecadora". Frequentemente os "serial killers" são místicos e acreditam estarem incumbidos de uma "missão" importante, normalmente "purificadora". Isto é não só uma máscara perante ele mesmo (ao pretender esconder de si mesmo que aquilo que o impulsiona é simplesmente o gozo, ou a procura dele, e a excitação que experimenta no acto de estrangular as suas vítimas), como faz parte da vertente psicótica da "grande perversão". É fácil de compreender que este tipo de patologia não tem retorno, isto é, não tem "cura". O seu hipotético arrependimento funcionará sempre no registo de auto-convencimento de que se errou, errou na sua busca de ser um ser paradigmático... Da mesma forma que o pedófilo diz não ter violentado as crianças mas ter praticado actos de amor... Por isso, no caso muito particular do assassino em série, uma legislação que permita a sua libertação, mesmo num futuro longínquo, é uma legislação que não salvaguarda minimamente o direito à vida e à integridade física de todas as potênciais vítimas que sirvam a sua procura de gozo, que há-de re-aparecer sempre revestida pelo papel delirante do "justiceiro", do "íntegro" e do "moralista". Também no caso do "pró-assassino" juvenil, mesmo actuando em "mancha" sob o efeito de uma solidariedade (patológica) de grupo, para quem a tortura e agressão é já uma fonte de prazer, não acredito que haja grande retorno depois de ter (em) passado ao acto. Juridicamente pode-se inventar o que se quiser. Na prática estamos confrontados com uma estrutura perversa. AST* George Devereux falava em sociedades ou culturas patológicas. O nazismo, que foi uma cultura de massas, é um exemplo típico de uma sociedade patológica que, como toda a psicose, seja individual seja generalizada, procurava fundar-se sobre "mitologias antigas" e sobre o culto do "indivíduo paradigmático", representante de uma suposta "raça autêntica". Socorrendo-se de mitigadas mitologias e, muito frequentemente, de dados e conhecimentos pseudo-ciêntíficos, o psicótico vai inventar toda uma trama onde ele, finalmente, surge como o redentor. Oui, vous avez raison, il y a trois structures, la névrose, la psychose et la perversion. Quand nous avons travaillé la question de trois temps de l'Oedipe dans le séminaire les formations de l'inconscient nous avons vu qu'il y a un second temps où le père doit intervenir pour d'une part interdire à la mère littéralement de "réintègrer son produit" en l'occurrence son enfant, et donc d'en faire purement et simplement son objet phallique, d'autre part chasser l'enfant de cette position, lui interdire de se complaire dans cette position d'objet de la mère. C'est là que prennent naissance ces trois structures, lorsque cet interdit ne fonctionne pas bien. Liliane Fainsilber em grupo de trabalho sobre as sobre "as cinco psicanálises". O Grupo de Estados contra a Corrupção (GRECO) do Conselho da Europa analisou o combate ao crime económico em Portugal e ficou desanimado. Mas acima de tudo, os membros do GRECO ficaram espantados com as somas insignificantes apreendidas em processos por corrupção. ... os corruptos não se atingem com campanhas de prevenção e educação.João Paulo Guerra in Diário Económico de 29 de Maio, pag 42A confirmarem-se as suspeitas da Polícia, o novo "serial killer" português, será, como os anteriores, um moralista, um "dono da moral e dos bons costumes". idem in Diário Económico, 27 de Junho, pag 36Fontes da Polícia Judiciária (PJ) garantem que os homicídios passionais têm vindo a diminuir. Mas, ainda assim, esta força de segurança registou, em 2005, 33 homicídios e 27 tentativas, em que as mulheres são vítimas dos respectivos companheiros. Este ano, até Maio, já estão registados 12 homicídios e nove tentativas - com a mesma tipologia. Recorde-se que o relatório da Amnistia Internacional, relativamente ao ano passado, denunciava em Portugal o assassínio de 33 mulheres às mãos dos respectivos maridos ou ex-maridos.Estima-se, aliás, que no País aconteçam cinco homicídios conjugais por mês - a maioria sobre mulheres -, alerta a presidente da Comissão para a Igualdade e os Direitos das Mulheres, Elza Pais. Segundo esta socióloga, 83% dos homicídios conjugais, na década de 90, eram praticados por homens sobre esposas e companheiras. E este estereótipo tende a manter-se, de acordo com os dados da Judiciária, quando cruzados, também, com a actividade da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), que, em 2005, registou 3442 crimes de violência doméstica....Os autores da maioria dos crimes passionais são imputáveis. Ou seja, são raros os casos de inconsciência por causas patológicas. Para Marlene Matos, o crime passional está relacionado, sobretudo, com estereótipos do papel do género - na família, no emprego, em todas as situações. "A mulher é ainda vista como subalterna do homem", diz esta psicoterapeuta da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça da Universidade do Minho.Esta docente realizou um estudo junto de estudantes do ensino superior e concluiu que o estereótipo mantém-se entre os jovens namorados. "Eles continuam a exercer pressões psicológicas sobre elas, tendo-se registado, inclusive, casos de violência física. E elas resignam-se", explicou....Sofia Neves alerta: "A violência contra as mulheres continua a ser matéria de saúde pública, de direitos humanos e de democracia." in http://dn.sapo.pt (2006/08/21)Os portugueses são, infelizmente, assim. Abusam do poder, confundem poder com autoridade, acham - como os romanos achavam do direito de propriedade - que é no abuso que se revela no seu explendor o poder de que usufrui. E depois admiram-se que ninguém os respeite, que todos os desprezem... José Miguel Júdice in Público, 28 de Julho de 2006, pag 11 ... o grande problema de Portugal são os portugueses, onde se incluem, como é evidente, os detentores dos cargos públicos. São eles, com os vícios culturais que marcam a sociedade portuguesa, que impedem que as coisas mudem para melhor. ... vai-se esquecendo (o ministro das finanças) de mandar os serviços do seu ministério saber de onde veio o dinheiro para a compra de casas fabulosas, que se vêem por todo o lado.... o difícil, em Portugal, é não resolver o problema, tal é a sua evidência! Hélio Bernardo Lopes in Jornal do Norte, 04/09/2006, pag 7 A Realidade Ultrapassa a FicçãoRicardina Pires Carvalho Alfaia, professora em Cabo Verde, aposentada com 27 euros e 62 cêntimos por mês....O que não vale a pena é perder tempo a tentar perceber por que razão Manuel Alegre Melo Duarte, o poeta, deputado e líder do movimento para restaurar a honestidade na vida pública, se reforma com 3 219 euros por ter sido durante três meses, há 40 anos, funcionário da RDP. José Júdice in Metro - Portugal, 26 de Julho de 2006, pag 06Heidegger calla . He ahí su complicidad. Lo demás, y estoy de acuerdo con Lacoue-Labarthe, con Lyotard y con Gerardo de la Fuente, es menos relevante y hasta puede ser atribuido a un error político como quiere Walter Biemel y tantos otros; lo que no puede obviarse es su silencio posterior, ante esto yo tampoco tengo palabras. Esto, por supuesto, es evadir o falsear lo obvio. Los pronunciamientos de Heidegger sobre el Verjudung, la “infección del judaísmo” en la vida espiritual alemana, son anteriores a la ascensión de Hitler al poder. Los discursos que pronunció en 1933 y 1934 elogiando al nuevo régimen, su trascendente legitimidad y la misión del Führer, perduran en la ignominia, así como la decisión de Heidegger de reimprimirlos —orgulloso de su integridad— en una edición de 1953 de su Introducción a la metafísica, la famosa definición de los altos ideales del nacionalsocialismo. Otra máxima, aún más célebre, ocurrió en una de las lecturas que Heidegger pronunció en Bremen en 1949. Ahí, Heidegger equipara la masacre de seres humanos (Heidegger evade tímidamente la palabra “judíos”) con la agricultura en serie y la tecnología moderna. Como la entrevista publicada por Der Spiegel en 1966 deja en claro, Heidegger simplemente no estaba dispuesto a expresar cualquier opinión directa sobre el Holocausto o sobre el papel que él desempeñó en la miasma retórica y espiritual del nazismo. El de él era un silencio formidablemente astuto. Permitió a Lacan declarar que el pensamiento de Heidegger era “el más encumbrado del mundo” e hizo posible que Foucault basara su modelo de la “muerte del individuo” en el “post humanismo” heideggeriano. in "Heidegger y el nazismo" por Alberto Constante (www.psikeba.com.ar/articulos)English Translation

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