Polícia britânica acusada de ter dado contactos ao "News of the World"

28-07-2011
marcar artigo

Um grupo de sobreviventes dos atentados pediu já o apoio de advogados e da Survivor’s Coalition Foundation para investigar estas alegações, foi ontem avançado pelo "Observer". Beverli Rhodes, directora daquela organização e antiga consultora de segurança, confirmou a suspeita de que detalhes sobre os seus contactos pessoais e de outros sobreviventes dos ataques – números de telemóvel, telefones fixos e endereços residenciais – foram dados ou “vendidos” por agentes da polícia metropolitana a jornalistas do "NoW".

“A Scotland Yard tinha a lista completa com os contactos detalhados de todos os sobreviventes. E estou profundamente convicta que foi desta forma que o "News of the World" obteve a morada de minha casa, para onde me tinha mudado apenas umas três ou quatro semanas antes de os jornalistas [do tablóide] lá terem aparecido”, sublinhou Rhodes.

Ainda segundo esta fonte ouvida pelo "Observer", vários sobreviventes dos ataques foram abordados por jornalistas do tablóide, pouco após o escândalo ter rebentado há cerca de três semanas, com “histórias falsas” sobre onde o "NoW" tinha obtido os contactos. “Disseram-lhes que tinha sido através de mim. Estes jornalistas tinham informações muitíssimo detalhadas [sobre as vítimas do 7 de Julho] e fizeram perguntas muito específicas”, descreveu Rhodes, para consubstanciar a tese de que a origem da fuga esteve na polícia. Com o propósito de confirmar tais suspeitas, a directora da Survivor’s Coalition Foundation e outros sobreviventes do 7 de Julho contraram a empresa de advogados McCue and Partners, que apresentou já um requerimento oficial de informações à polícia metropolitana de Londres.

A Scotland Yard notificara sobreviventes e familiares de vítimas dos ataques de Londres, familiares de soldados mortos no Afeganistão e Iraque e também de vítimas de crimes violentos que os seus telefones teriam sido interceptados por um detective privado a soldo do "NoW".

Estas novas relevações agravam mais ainda o caso que levou já ao encerramento do tablóide e abalou o império de media do magnata Rupert Murdoch – dono do jornal – e chegou mesmo a embaraçar o primeiro-ministro, David Cameron, que teve ao seu serviço o antigo director do "NoW", Andy Coulson, suspeito de ter autorizado as escutas ilegais.

Ontem, foi também confirmado que um agente da polícia de Surrey, no Sudoeste de Londres, fora afastado da investigação ao homicídio da jovem Milly Dowler, ainda em 2002, cujo telemóvel foi interceptado pelo tablóide depois de a vítima ter desaparecido. Segundo a BBC o afastamento do agente foi justificado oficialmente por o polícia ter falado sobre o caso a “um amigo reformado da polícia”, sem ser feita então qualquer menção ao "NoW".

Um grupo de sobreviventes dos atentados pediu já o apoio de advogados e da Survivor’s Coalition Foundation para investigar estas alegações, foi ontem avançado pelo "Observer". Beverli Rhodes, directora daquela organização e antiga consultora de segurança, confirmou a suspeita de que detalhes sobre os seus contactos pessoais e de outros sobreviventes dos ataques – números de telemóvel, telefones fixos e endereços residenciais – foram dados ou “vendidos” por agentes da polícia metropolitana a jornalistas do "NoW".

“A Scotland Yard tinha a lista completa com os contactos detalhados de todos os sobreviventes. E estou profundamente convicta que foi desta forma que o "News of the World" obteve a morada de minha casa, para onde me tinha mudado apenas umas três ou quatro semanas antes de os jornalistas [do tablóide] lá terem aparecido”, sublinhou Rhodes.

Ainda segundo esta fonte ouvida pelo "Observer", vários sobreviventes dos ataques foram abordados por jornalistas do tablóide, pouco após o escândalo ter rebentado há cerca de três semanas, com “histórias falsas” sobre onde o "NoW" tinha obtido os contactos. “Disseram-lhes que tinha sido através de mim. Estes jornalistas tinham informações muitíssimo detalhadas [sobre as vítimas do 7 de Julho] e fizeram perguntas muito específicas”, descreveu Rhodes, para consubstanciar a tese de que a origem da fuga esteve na polícia. Com o propósito de confirmar tais suspeitas, a directora da Survivor’s Coalition Foundation e outros sobreviventes do 7 de Julho contraram a empresa de advogados McCue and Partners, que apresentou já um requerimento oficial de informações à polícia metropolitana de Londres.

A Scotland Yard notificara sobreviventes e familiares de vítimas dos ataques de Londres, familiares de soldados mortos no Afeganistão e Iraque e também de vítimas de crimes violentos que os seus telefones teriam sido interceptados por um detective privado a soldo do "NoW".

Estas novas relevações agravam mais ainda o caso que levou já ao encerramento do tablóide e abalou o império de media do magnata Rupert Murdoch – dono do jornal – e chegou mesmo a embaraçar o primeiro-ministro, David Cameron, que teve ao seu serviço o antigo director do "NoW", Andy Coulson, suspeito de ter autorizado as escutas ilegais.

Ontem, foi também confirmado que um agente da polícia de Surrey, no Sudoeste de Londres, fora afastado da investigação ao homicídio da jovem Milly Dowler, ainda em 2002, cujo telemóvel foi interceptado pelo tablóide depois de a vítima ter desaparecido. Segundo a BBC o afastamento do agente foi justificado oficialmente por o polícia ter falado sobre o caso a “um amigo reformado da polícia”, sem ser feita então qualquer menção ao "NoW".

marcar artigo