Sampaio da Nóvoa arranca com volta a Portugal

09-10-2015
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Ouvir as pessoas e “trazê-las para a vida política”. É este o objetivo da pré-campanha de Sampaio da Nóvoa que, a partir de dia 16, arranca com uma volta a Portugal que o levará de Trás-os-Montes ao Algarve. Durante um mês, o candidato quer testar os motores e acabar com a ideia de que é “aquele senhor que ninguém conhece”. O aparelho socialista acompanha-o e, hoje mesmo, Nóvoa marcará presença na Convenção Nacional do PS. Mas, para não ficar refém de um único apoio partidário, Nóvoa confia que a “proximidade” o vai ajudar a trazer outros protagonista para a sua corrida.

Começa a jogar em casa. No dia 16, Sampaio da Nóvoa estará no Minho, onde nasceu, e faz questão de marcar este “regresso às origens” como ponto de partida para o seu primeiro tour pelo país. Estará três dias em Braga, depois segue para Vila real, Bragança e Viseu, antes de descer para Setúbal e depois, para o Alentejo, com presenças já garantidas em Portalegre e Beja. A campanha prevê uma estada sempre de curta duração em cada cidade — sempre cerca de três dias — e uma agenda onde a palavra de ordem é “ouvir as pessoas” e onde não haverá comícios, nem jantares convívio ou arruadas. O lema é juntar grupos pequenos de pessoas para um diálogo direto e sem filtros com o candidato, que defende que o abstencionismo e o desinteresse pela política é filho da distância entre protagonistas e eleitorado.

O percurso do candidato a Presidente não inclui, por agora, o Algarve ou as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Mas, constarão de uma segunda volta a Portugal. Ficarão para uma segunda fase, em princípio, depois da pausa para as férias de verão. Nóvoa tenciona fechar a agenda de eventos pelo menos em agosto. Para já, não tem agendamentos a partir de meados de julho.

“Não sou um iluminado”

“De mangas arregaçadas e bloco de notas na mão”, Sampaio da Nóvoa acredita que é assim que se faz o caminho para Belém. A ideia é dada por responsáveis da sua campanha, mas o candidato faz questão de o sublinhar em direto e ao vivo. “Esta é uma candidatura feita em nome de muita gente, que não está concentrada em lado nenhum”, explicou, esta semana, num encontro com gente da cultura. Na assistência, rostos conhecidos do PS marcaram presença, desde Elza Pais a Elísio Summavielle. O apoio socialista, ainda que ainda não tenha sido formalmente declarado, não passa despercebido. Nóvoa não o enjeita, mas também quer ir além do eleitorado do PS e abrir espaço para a conquista do eleitorado descontente com os partidos do arco da governação e, claro, dos partidos à esquerda, como o PCP e o Bloco.

“A candidatura vai ganhar-se, ou perder-se, na sua capacidade de chamar pessoas e grupos improváveis”, disse o candidato. A manutenção do lema de uma campanha “cidadã”, “livre” e “independente” passa por aqui. A equação é difícil: manter o PS na linha da frente e, simultaneamente, alargar o espaço político de apoio. Mas Nóvoa não desiste e acha que encontrou a fórmula mágica: “por agora, é tempo de ouvir e não de falar”.

“Não sou eu que vou construir o discurso. Não sou um iluminado. A iluminação passar por ouvir as pessoas e por não ouvir sempre os mesmos”, disse. A plateia — e também os “mesmos do costume” — aplaudiu de imediato. Nóvoa acha que é preciso mudar a política, “fazer diferente” e até mesmo que “precisamos de arriscar”. Como? Não sabe. Mas, como faz questão de sublinhar, não tem as respostas todas e até devolve as perguntas a quem tem pela frente. Perante a plateia de agentes culturais, Sampaio da Nóvoa pediu ajuda para perceber “como é que se faz uma campanha de uma maneira diferente”. O candidato garante não querer “outdoors com a minha cara por toda a parte” e até admite “ir de bicicleta para Belém”, prescindindo dos tradicionais “carrões” com que os políticos se apresentam. A assistência riu-se, os assessores baixaram os olhos. A campanha está só mesmo a começar.

Ouvir as pessoas e “trazê-las para a vida política”. É este o objetivo da pré-campanha de Sampaio da Nóvoa que, a partir de dia 16, arranca com uma volta a Portugal que o levará de Trás-os-Montes ao Algarve. Durante um mês, o candidato quer testar os motores e acabar com a ideia de que é “aquele senhor que ninguém conhece”. O aparelho socialista acompanha-o e, hoje mesmo, Nóvoa marcará presença na Convenção Nacional do PS. Mas, para não ficar refém de um único apoio partidário, Nóvoa confia que a “proximidade” o vai ajudar a trazer outros protagonista para a sua corrida.

Começa a jogar em casa. No dia 16, Sampaio da Nóvoa estará no Minho, onde nasceu, e faz questão de marcar este “regresso às origens” como ponto de partida para o seu primeiro tour pelo país. Estará três dias em Braga, depois segue para Vila real, Bragança e Viseu, antes de descer para Setúbal e depois, para o Alentejo, com presenças já garantidas em Portalegre e Beja. A campanha prevê uma estada sempre de curta duração em cada cidade — sempre cerca de três dias — e uma agenda onde a palavra de ordem é “ouvir as pessoas” e onde não haverá comícios, nem jantares convívio ou arruadas. O lema é juntar grupos pequenos de pessoas para um diálogo direto e sem filtros com o candidato, que defende que o abstencionismo e o desinteresse pela política é filho da distância entre protagonistas e eleitorado.

O percurso do candidato a Presidente não inclui, por agora, o Algarve ou as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Mas, constarão de uma segunda volta a Portugal. Ficarão para uma segunda fase, em princípio, depois da pausa para as férias de verão. Nóvoa tenciona fechar a agenda de eventos pelo menos em agosto. Para já, não tem agendamentos a partir de meados de julho.

“Não sou um iluminado”

“De mangas arregaçadas e bloco de notas na mão”, Sampaio da Nóvoa acredita que é assim que se faz o caminho para Belém. A ideia é dada por responsáveis da sua campanha, mas o candidato faz questão de o sublinhar em direto e ao vivo. “Esta é uma candidatura feita em nome de muita gente, que não está concentrada em lado nenhum”, explicou, esta semana, num encontro com gente da cultura. Na assistência, rostos conhecidos do PS marcaram presença, desde Elza Pais a Elísio Summavielle. O apoio socialista, ainda que ainda não tenha sido formalmente declarado, não passa despercebido. Nóvoa não o enjeita, mas também quer ir além do eleitorado do PS e abrir espaço para a conquista do eleitorado descontente com os partidos do arco da governação e, claro, dos partidos à esquerda, como o PCP e o Bloco.

“A candidatura vai ganhar-se, ou perder-se, na sua capacidade de chamar pessoas e grupos improváveis”, disse o candidato. A manutenção do lema de uma campanha “cidadã”, “livre” e “independente” passa por aqui. A equação é difícil: manter o PS na linha da frente e, simultaneamente, alargar o espaço político de apoio. Mas Nóvoa não desiste e acha que encontrou a fórmula mágica: “por agora, é tempo de ouvir e não de falar”.

“Não sou eu que vou construir o discurso. Não sou um iluminado. A iluminação passar por ouvir as pessoas e por não ouvir sempre os mesmos”, disse. A plateia — e também os “mesmos do costume” — aplaudiu de imediato. Nóvoa acha que é preciso mudar a política, “fazer diferente” e até mesmo que “precisamos de arriscar”. Como? Não sabe. Mas, como faz questão de sublinhar, não tem as respostas todas e até devolve as perguntas a quem tem pela frente. Perante a plateia de agentes culturais, Sampaio da Nóvoa pediu ajuda para perceber “como é que se faz uma campanha de uma maneira diferente”. O candidato garante não querer “outdoors com a minha cara por toda a parte” e até admite “ir de bicicleta para Belém”, prescindindo dos tradicionais “carrões” com que os políticos se apresentam. A assistência riu-se, os assessores baixaram os olhos. A campanha está só mesmo a começar.

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