LÍNGUA PORTUGUESAÚltima flor do Lácio, inculta e bela,és, a um tempo, esplendor e sepultura:ouro nativo, que na ganga impuraa bruta mina entre os cascalhos vela...Amo-te assim, desconhecida e obscura,tuba de alto clangor, lira singela,que tens o trom e o silvo da procela,e o arrôlo da saudade e da ternura!Amo o teu viço agreste e o teu aromade virgens selvas e de oceano largo!Amo-te, ó rude e doloroso idioma,em que da voz materna ouvi: "meu filho!"E em que Camões chorou, no exílio amargo,o gênio sem ventura e o amor sem brilho!Tarde
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LÍNGUA PORTUGUESAÚltima flor do Lácio, inculta e bela,és, a um tempo, esplendor e sepultura:ouro nativo, que na ganga impuraa bruta mina entre os cascalhos vela...Amo-te assim, desconhecida e obscura,tuba de alto clangor, lira singela,que tens o trom e o silvo da procela,e o arrôlo da saudade e da ternura!Amo o teu viço agreste e o teu aromade virgens selvas e de oceano largo!Amo-te, ó rude e doloroso idioma,em que da voz materna ouvi: "meu filho!"E em que Camões chorou, no exílio amargo,o gênio sem ventura e o amor sem brilho!Tarde