Abencerragem: Antologia Improvável #124

07-07-2011
marcar artigo


Pátria não apenas símbolo mas substância
sempre verde em forte identidade
acorde ideal em nervos massacrados
música em surdina quando a fúria vulgar dos homens [levanta a voz obscena
Às vezes um vagabundo toca uma melodia numa guitarra [ou num búzio
ou um amolador num dia de outono à chuva
extrai três notas da sua pequena gaita
É então que a pátria canta anónima e esparsa
quando a vida é o ramerrão dos dias em que nada [acontece

Só nalguns se gera a consciência desta pátria
mas esses são virtualmente todos a virtualidade viva
e são eles que lançam as linhas ideais
que irão libertá-la da compressão tirânica
e dar-lhe o amplo espaço em que respire inteira

Pátria Soberana seguido de Nova Ficção


Pátria não apenas símbolo mas substância
sempre verde em forte identidade
acorde ideal em nervos massacrados
música em surdina quando a fúria vulgar dos homens [levanta a voz obscena
Às vezes um vagabundo toca uma melodia numa guitarra [ou num búzio
ou um amolador num dia de outono à chuva
extrai três notas da sua pequena gaita
É então que a pátria canta anónima e esparsa
quando a vida é o ramerrão dos dias em que nada [acontece

Só nalguns se gera a consciência desta pátria
mas esses são virtualmente todos a virtualidade viva
e são eles que lançam as linhas ideais
que irão libertá-la da compressão tirânica
e dar-lhe o amplo espaço em que respire inteira

Pátria Soberana seguido de Nova Ficção

marcar artigo